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A conspitação contra a escola pública PDF

136 Pages·2020·0.673 MB·Portuguese
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s Florestan Fernandes, sem sombra de dúvidas, é um dos mais importantes e d intelectuais marxistas brasileiros do século XX. Filho de uma lavadeira que n a labutava diariamente para sobreviver, não conseguiu completar o Ensino n r A conspiração contra Médio. Viveu a tragédia educacional brasileira na pele, e depois de passar e F por muitas experiências em subtrabalhos desde a infância nas ruas de São n Paulo, se tornou professor na Universidade de São Paulo (USP). Lá teorizou a t s a escola pública as pequenas conquistas, as contradições e derrotas da República brasileira, e r que não formou um sistema educacional para as maiorias trabalhadoras. No o final dos anos 1950, se envolveu diretamente nas cruzadas em defesa da esco- Fl la pública, como parte das lutas do campo democrático e popular, que reunia liberais progressistas e socialistas, que teimavam em edificar a educação de qualidade para as massas. Todos sabemos que eles foram derrotados na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1961. “A conspiração contra a escola pública” desvenda as principais forças que jo- garam contra a formação da escola pública, laica, de qualidade e universal no Florestan Fernandes Brasil e narra o debate ao redor deste tema. Esses debates aconteceram nos anos que precederam a promulgação de LDB da educação de 1959 a 1961. a Faz também um histórico bastante preciso das conquistas, contradições e c i l limites da formação do sistema educacional num país de capitalismo depen- b ú dente e associado, que necessita manter o povo analfabeto e miserável, ou na p melhor das hipóteses, qualificar parcelas da classe trabalhadora para vender a a l sua força de trabalho na indústria e comércio. o c Nos anos 1980 ele vai sofisticar e enriquecer sua análise da particularidade s e educacional brasileira - depois de um longo acúmulo teórico marxista e ex- a periências vindas do período de exílio no Canadá. Florestan foi uma das ví- a timas da forte repressão provocada pelas imposições da ditadura empresarial, r t que endureceu em 1968. n o c JULIO OKUMURA | Doutorando - UNESP o ã HENRIQUE TAHAN NOVAES | UNESP ç a r i p Coleção: O pensamento educacional de Florestan Fernandes s n o c A LUTAS ANTICAPITAL A CONSPIRAÇÃO CONTRA A ESCOLA PÚBLICA Florestan Fernandes A CONSPIRAÇÃO CONTRA A ESCOLA PÚBLICA Florestan Fernandes Julio Okumura (org.) Henrique Tahan Novaes (org.) Fabiana de Cássia Rodrigues Marcelo Totti 1ª edição LUTAS ANTICAPITAL Marília -2020 Editora LUTAS ANTICAPITAL Editor: Julio Okumura Conselho Editorial: Andrés Ruggeri (Universidad de Buenos Aires - Argentina), Bruna Vasconcellos (UFABC), Candido Giraldez Vieitez (UNESP), Dario Azzellini (Cornell University – Estados Unidos), Édi Benini (UFT), Fabiana de Cássia Rodrigues (UNICAMP), Henrique Tahan Novaes (UNESP), Julio Cesar Torres (UNESP), Lais Fraga (UNICAMP), Mariana da Rocha Corrêa Silva, Maurício Sardá de Faria (UFRPE), Neusa Maria Dal Ri (UNESP), Paulo Alves de Lima Filho (FATEC), Renato Dagnino (UNICAMP), Rogério Fernandes Macedo (UFVJM), Tania Brabo (UNESP). Coordenador da Coleção “O pensamento educacional de Florestan Fernandes”: Julio Hideyshi Okumura Digitação: Julio Hideyshi Okumura e Larissa Francoti Projeto Gráfico e Diagramação: Mariana da Rocha Corrêa Silva e Renata Tahan Novaes Capa: Mariana da Rocha Corrêa Silva Impressão: Renovagraf Fernandes, Florestan, 1920-1995. F363c A conspiração contra a escola pública / Florestan Fernandes ; [comentários de] Julio Okumura (org.) ... [et al.] . – Marília : Lutas Anticapital, 2020. 135 p. Inclui bibliografia ISBN 978-65-86620-01-6 1. Professores – Formação. 2. Pesquisa educacional. 3. Educação – Brasil – História. I. Okumura, Julio. II. Novaes, Henrique Tahan. III. Rodrigues, Fabiana de Cássia. IV. Totti, Marcelo. V. Título. CDD 370.71 Ficha elaborada por André Sávio Craveiro Bueno CBR 8/8211 FFC – UNESP – Marília 1ª edição – maio de 2020 Editora Lutas anticapital Marília –SP [email protected] www.lutasanticapital.com.br Nota..........................................................................9 Nota do Coordenador da Coleção “O pensamento educacional de Florestan Fernandes” Julio Hideyshi Okumura..........................................15 As cruzadas de Florestan Fernandes em defesa da escola pública nos anos 1950-60 Julio Hideyshi Okumura Henrique Tahan Novaes...........................................21 Entre a academia e a militância: a trajetória de Florestan Fernandes na década de 1950 Marcelo Totti...........................................................51 Florestan Fernandes: a campanha em defesa da escola pública e os aprendizados sobre a formação social brasileira Fabiana de Cássia Rodrigues...................................71 A conspiração contra a escola pública Florestan Fernandes Capítulo 1 A educação popular no Brasil...................................87 Capítulo 2 Objetivos da Campanha em Defesa da Escola Pública...................................................................103 Capítulo 3 Objetivos da Campanha em Defesa da Escola Pública...................................................................111 9 Nota ______________________________________________________________________________________________ O Brasil vive um dos momentos mais difíceis da sua história. Como nos lembra Florestan Fernandes, o golpe fulminante de 1964, que completou 55 anos, se transfigurou nos anos 1980 em “institucionalização da ditadura”, pois houve uma transição lenta, gradual, segura, sem rupturas e acerto de contas com este período histórico. Fernando Collor de Melo e sua ira farsesca venceram a eleição de 1989, depois de uma grande manipulação da TV Globo no 2º turno. Fernando Henrique Cardoso aprofundou nosso neoliberalismo, com sua reforma do Estado e um grande ciclo de privatizações, aprimorando a ditadura do capital financeiro. Depois de um curto período de ascensão do lulismo, dentro de uma estratégia de conciliação de classes e algumas concessões à classe trabalhadora (política de melhoria do salário mínimo, geração de emprego, cotas, direito das empregadas domésticas, etc.) tivemos um golpe de novo tipo em 2016, e em 2018 a prisão política de Lula, que abriu espaço para eleição de um novo Collor, com suas soluções meteóricas de inspiração na ultradireita supostamente para “corrigir” os males o país.

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