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A comunicação científica na Universidade Federal da Bahia: caminhos entrelaçados PDF

79 Pages·0.567 MB·Portuguese
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9 FLÁVIA GOULART MOTA GARCIA ROSA A comunicação científica na Universidade Federal da Bahia Caminhos entrelaçados UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Reitor João Carlos Salles Pires da Silva Vice-reitor Paulo Cesar Miguez de Oliveira 9 FLÁVIA GOULART MOTA GARCIA ROSA A comunicação científica na Universidade Federal da Bahia Caminhos entrelaçados Salvador UFBA 2022 2022, Flávia Goulart Mota Garcia Rosa. Grafia atualizada conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, em vigor no Brasil desde 2009. Capa e projeto gráfico Gabriel Cayres Editoração e arte final Larissa Vieira de Oliveira Ribeiro Revisão e normalização Mariana Rios Sandra Batista Sistema Universitário de Bibliotecas – UFBA R788 Rosa, Flávia Goulart Mota Garcia A comunicação científica na Universidade Federal da Bahia: caminhos entrelaçados / Flávia Goulart Mota Garcia Rosa. - Salvador: UFBA: 2022. 74 p. ISBN: 978-65-5631-063-3 1. Comunicação na ciência. 2. Editoras universitárias. 3. Publicações científicas. 4. Universidade Federal da Bahia - Publicações. I. Título: caminhos entrelaçados. CDU: 001.92:378.1 Elaborada por Geovana Soares Lira CRB-5: BA-001975/O Sumário Sumário 7 Introdução 11 Breve síntese de uma trajetória 23 A Comunicação Científica na Universidade Federal da Bahia 26 Breve panorama histórico da editoração na Bahia 33 Papel da editora universitária 37 A editoração na Universidade Federal da Bahia 38 Trajetória histórica 59 Periódicos da UFBA 61 Circulação da Produção Universitária 64 Sistema de distribuição 67 Divulgação 69 Entrelaçando 71 Referências Introdução INTRODUÇÃO 7 Após 41 anos de dedicação exclusiva à Universidade Federal da Bahia (UFBA), através deste memorial, retomo e revivo a minha carreira acadêmica, grande parte dela como gestora, à frente da Editora da UFBA (Edufba) sem, no entanto, ter dei- xado de cumprir com os compromissos e objetivos iniciais a que me propus quando contratada como professora desta instituição. Optei por inserir a minha trajetória no tema “A comunicação científica na Universidade Federal da Bahia: caminhos entrelaçados” por ter plena consciência de que faço parte dessa história, como sujeito participativo que acompanhou, propôs, executou e introduziu mudanças no processo de disseminação da produção cientí- fica da UFBA, na busca de ampliar a visibilidade da universidade e reduzir o abismo entre o que é produzido e o que é de fato disseminado. Iniciar essa trajetória no final dos anos 1970 significa ter vivido, no período da graduação, ainda anos “duros”, desconfiança, cautela, sobretudo no curso de Comunicação, do qual faziam parte colegas como Emiliano José e Oldack Miranda, que tinham uma trajetória política marcante e com os quais tanto aprendi! Eu era realmente muito jovem, com 17 anos e apenas quatro anos de residência em Salvador, vinda de Maceió. Adaptei-me bem, tanto à cidade – que havia conhecido aos dez anos como turis- ta, bem como através dos livros de Jorge Amado – quanto à universidade, esse outro mundo muito diferente do Colégio Antônio Vieira, onde estudei até ingressar na UFBA após o vestibular, convicta desde os 13 anos que queria cursar Comunicação (Jornalismo). flávia goulart mota garcia rosa Os livros e as artes sempre fizeram parte do meu cotidiano, desde muito cedo. A família materna era formada por artistas autodidatas. Ranulpho Goulart, meu bisavô, era escritor – poeta e contista –, pertencia à Academia Alagoana de Letras, tendo como patrono Guimarães Passos, e era também fotógrafo amador. Seus filhos eram: Alzira, pianista e compositora; Arthur, pintor (pintura a óleo e bico de pena); Armia, pintora e compositora; e Arnaldo, meu avô, fotógrafo, ilustrador e designer. Não tinha mais que oito anos quando ganhei minha primeira máquina fotográfi- ca. Era uma Kodak. Meu avô Arnaldo seria o meu primeiro “condutor” ao mundo da fotografia e da criação. Ela não foi simplesmente entregue como um presente qual- quer – as primeiras aulas de técnica fotográfica seriam complementadas no retorno da viagem de férias realizada com ele e minha avó para Recife. Eu mesma, com meu avô, revelaria o filme preto e branco no laboratório situado no quintal da casa, local 8 de brincadeiras e períodos inesquecíveis da minha infância. A entrada, no laboratório, só era permitida em companhia de meu avô. Era fas- cinante! Vidros de todos os tamanhos armazenavam as substâncias químicas usadas na revelação e fixação dos filmes. Havia ainda os equipamentos, como o ampliador, e outros utensílios, como medidores e bacias para revelação. Havia, no interior do laboratório, um quarto “escuro” com uma luz vermelha sobre a porta. Quando essa porta estava fechada e a luz vermelha acesa, respeito absoluto; ninguém deveria interromper. Compartilhei de muitos momentos nesse laboratório. Após a revelação das fotos, sentávamos na varanda, onde um gostoso lanche preparado por minha avó nos aguardava, e, então, recebia as críticas: “Faltou enquadramento”, “Por que cortou parte dessa imagem?”, “O que era mesmo que você queria fotografar?”, “Está fora de foco!”. Para uma criança de oito anos, tudo não passava de uma brincadeira, mas essas aulas ficaram para sempre registradas na minha memória. Aos 13 anos, ainda concluindo a oitava série, decidi que queria cursar Comunicação (Jornalismo) e, hoje, tenho certeza que meu avô Arnaldo construiu um alicerce forte que me conduziu a essa decisão. Foi dele também que ganhei um outro presente inesquecível. Uma “Tipografia” da Estrela – a famosa fábrica de brinquedos! Os tipos móveis, diferentes dos inventados por Gutenberg, eram de plástico e tinham um componedor no qual se montavam as linhas para serem impressas no papel. A tinta era de carimbo. Já naquela época, eu brincava de fazer jornal! Para, 20 anos depois, fazer livros... Costumo dizer que a arte de produzir livros nos torna realizadores de sonhos e, assim, eu me sinto inteiramente cumpridora do que a universidade me possibilitou como missão, por ter proporcionando a tantos a alegria do livro publicado. a comunicação científica na universidade federal da bahia A universidade me deu régua, compasso e felicidade. Hoje, num momento de tan- tas dificuldades e desafios, sinto-me reclusa, mas resistindo – e resistirei até o último livro... Tantos e tantos fizeram parte dessa história! É difícil listar todos, mas o meu coração é imenso e nele cabe cada um que passou pela minha vida! 9

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