“Balzac vai direto ao alvo. Agarra a sociedade moderna corpo a corpo. Arranca algo a todos: a uns, a ilusão, a outros, a esperança; a estes, um grito, àqueles, uma máscara. Apalpa o vício, disseca a paixão. Examina e sonda o homem, a alma, o coração, as entranhas, o cérebro, o abismo que cada um leva em si. E, por um dote de natureza livre e vigorosa, por um privilégio das inteligências do nosso tempo que, tendo visto as revoluções de perto, percebem melhor o objetivo da humanidade e compreendem melhor a providência, Balzac emerge risonho e sereno desses estudos temíveis que produziam melancolia em Molière e misantropia em Rousseau. Eis o que ele fez entre nós. Eis a obra que ele nos deixa, obra alta e sólida, robusto conglomerado de blocos de granito, monumento!” (Victor Hugo)