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5,. 67 v.12, n° 1/2, 1999 PDF

98 Pages·2011·4.44 MB·Spanish
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TABELA III - Sistema de abastecimento de água por residência e população no Mosqueiro - período de 1993 a 1996 ANO RESIDÊNCIAS POPULAÇÃO ABASTECIDA 1993 3 609 18 049 1994 _ (cid:9) 3 758 18 790 5,. -- - (cid:9) 1995 3 909 19 545 fiai 1996 4 067 20 334 FONTE: SAAEB, 1997 TABELA IV Estabelecimento de saúde e leitos, segundo os distrito administrativo, no Município de Belém 1996 - - DISTRITO ESTABELECIMENTO LEITOS LEITOS POR 1000 ADMINISTRATIVO DE SAÚDE HABITANTES Damos c 28 13,5 o Daout c 2 0,3 n Daico C 31 0,35 1n DDaabeennt ,I- I, 1894 01,60,32 - Dasac C 51 0,2 O DDaabgeula .1- (cid:9) Lr).1- 2 827655 170,,17 Total CO 1— 3445 FONTE: SESPA/SESMA,1996 TABELA V - Programas de saúde Implementados na UMS Maracajá / 98 A SAÚDE DA CRIANÇA A SAÚDE DA MULHER À DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Crescimento e Desenvolvimento Prevenção do Câncer do Colo Uterino Mal de Hansen Assistência Integral a Doenças Pré- natal Tuberculose Prevalentes da Infância Planejamento Familiar* Doenças Sexualmente Transmissíveis. Programa de Aleitamento Materno Acompanhamento à Puerpera Imunização Imunização Programa do Leite FONTE: GERÉNCIA DA UMS MARACAJÁ/1998 TABELA VI- Quadro comparativo da produção e investimentos da SMS das unidades municipais de saúde, nos períodos de janeiro a junho de 1996 e 1997 PRODUÇÃO NVESTIMENTO UMS JANEIRO/ JANEIRO/ JANEIRO/ JANEIRO/ % INCREM. % INCREM. JUNHO 96 JUNHO 97 JUNHO 96 JUNHO 97 V. Barca 11 683 24 477 109,51 14 993,00 35 915,00 139,55 Benguí 48 087 87 328 81,60 74 469,00 129 541,00 73,95 Maracajá 40 358 56 925 41,05 44 374,00 81 422 83,49 Sacramenta 82 483 112 663 36,59 133 323,00 200 837,00 50,64 Carananduba 20 012 26 269 31,27 25 189,00 36 379,00 44,42 . Curió 47 666 59 935 25,74 68 479,00 88 131,00 28,70 Telégrafo 62 672 78 009 24 47 107 534,00 120 131,00 11 71 Outeiro 37 545 45 578 21 40 61 535,00 71 746,00 16 59 Cotijuba 9 382 10 997 17 21 14 511,00 18 305,00 26 15 Icoaraci 55 481 64 816 16 83 78 732,00 106 784,00 35 63 Pratinha 33 422 38 122 14 06 52 712,00 67 612,00 28 27 Cabanagem 16 052 17 649 9 95 23 092,00 22 793,00 (-1 31) Fátima 28 994 30 908 6 60 38 657,00 44 828,00 15 96 Baia do sol 15 097 14 904 (-1 29) 18 101,00 19 439,00 7 39 fonte: Coordenadoria Opercional da SMS/Belém (cid:9) 67 14+4 441,4, v.12, n° 1/2, 1999 Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. TABELA VII - Comparação de investimentos em medicamentos pela SMS entre as unidades municipais de saúde e UMS Maracajá, no período de janeiro a setembro de 1998 _ ... MESES/1998 MARACAJÁ UMS TOTAL % MARACAJÁ JANEIRO 6 166,63 85 885,81 92 052,44 6,70 FEVEREIRO 9 515,42 100 842,46 110 357,88 8,62 MARÇO 6 621,00 101 569,80 108 190,80 6,12 ABRIL 7 063,46 98 924,07 105 987,53 6,66 MAIO 6 742,42 94 117,58 100 860,00 6,68 JUNHO 5 601,45 95 054,03 100 655,48 5,56 JULHO 6 392,80 103 978,33 110 371,13 5,79 AGOSTO 6 839,12 103 674,15 110 513,27 6,19 SETEMBRO 4 609,75 98 878,07 103 487,82 4,45 TOTAL 59 552,05 882 924,30 942 476,35 6,32 FONTE: SISTEMA DE APURAÇÃO E ANÁLISES DE CUSTO DA SMS/BELÉM Gráfico 1 - Principais doenças prevalentes na unidade municipal de saúde Maracajá, registradas no período de janeiro a junho de 1998 Doeric-as do aparelho respiratório em Doenças infecciosas e parasitárias Lesões e envenenamento [2:1 Sintomas, sinais e afecções mal definidas GRÁFICO 2 - Demonstrativo das principais doenças prevalentes registradas na UMS Maracajá, de acordo com a faixa etária, período janeiro a junho de 1998. 20 15 <1 a (cid:9) 1-9 a >50 a E GRIPE (cid:127) AM IGDALJTE AGUDA El ASMA q NASOFARINGITE AGUDA O Gráfico 3 - Demonstrativo da demanda não atendida das principais classes terapêuticas prescritas na UMS Maracajá - 2° Semestre de 1998 la Antimicrobianos E Antiinflamatórios El Antiparasitários O Outros Gráfico 4 - Demonstrativo das classes terapêuticas mais prescritos na UMS Maracajá no período de agosto 1998. n Antibióticos (cid:9) Analgésicos (cid:9) q Antiparasitários (cid:9) q Fatia 4 (cid:9) 68 (444~4, v.13, n° 1/2, Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. História da Farmácia Brasileira ; Extraído de: http://orbita.starmedia.com/—rnara danusa/ - (cid:9) - 4 Os primeiros povoadores, ná- "Em nós outros tem médicos, boti- ufragos, degredados, aventureiros e cários ou enfermeiros..." "Nossa colonos aqui deixados por Martim casa é botica de todos; poucos mo- Afonso tiveram de valer-se de recur- mentos está quieta a campainha da sos da natureza para combater as portaria...". "... todavia, fiz-lhe eu doenças, curar ferimentos e neutrali- os remédios que pude..." zar picadas de insetos. Para comba- A princípio, os medicamentos vi- ter a agressividade do ambiente e a nham do Reino já preparados. Mas a hostilidade de algumas tribos indíge- pirataria do século XVI e as dificul- nas, os primeiros europeus tiveram dades da navegação impediam, com de contornar a adversidade com ama- freqüência, a vinda de navios de Por- bilidade e, com isso, foram aprenden- tugal. E era preciso reservar grandes do com os pajés a preparar os remé- provisões, como acontecia com São dios da terra para tratar seus própri- Vicente e São Paulo. Por estas ra- os males. zões, os jesuítas terminaram sendo Remédio da "civilização" só os primeiros boticários da nova terra apareciam, quando expedições portuguesas, france- e, nos seus colégios, as primeiras boticas onde o povo sas ou espanholas apareciam com suas esquadras, encontrava drogas e medicamentos vindos da me- em que sempre havia um cirurgião barbeiro ou al- trópole, bem como remédios preparados com plan- gum tripulante com urna botica portátil cheia de dro- tas medicinais nativas através da terapêutica dos pa- gas e medicamentos. jés. Importantes boticas sob a direção dos jesuítas As coisas ficam assim, até que a Coroa Portu- tiveram a Bahia, Olinda, Recife, Maranhão, Rio de guesa resolveu instituir, no Brasil, o Governo Geral e Janeiro e São Paulo. o primeiro a ser nomeado foi Thomé de Souza, que "Por muito tempo", diz o padre Serafim Leite, veio para a Colônia com uma armada de três naus, "as farmácias da Companhia foram as únicas exis- duas caravelas e um bergantim, trazendo autoridade, tentes em algumas cidades. E quando se estabelece- funcionários civis e militares, tropa de linha, diver- ram outras, as dos padres, pela sua notável experiên- sos oficiais, ao todo aproximadamente mil pessoas cia e longa tradição, mantiveram a primazia. O colé- que se instalaram, na Bahia. gio do Maranhão possuía uma farmácia flutuante, a Vieram também, nesta armada, seis jesuítas, Botica do Mar, bem provida, que abastecia de medi- quatro padres e dois irmãos, chefiados por Manuel camentos os lugares da costa, desde o Maranhão até da Nóbrega. O corpo sanitário da grande armada com- Belém do Pará". punha-se de apenas um boticário, Diogo de Castro, A botica mais importante dos jesuítas foi a da com função oficial e com salário. Não havia, nesta Bahia. Sua importância a tornou um centro distribui- armada, nenhum físico, denominação de médico na dor de medicamentos para as demais boticas dos época. O físico-mor só viria a ser instituído no se- vários colégios de norte a sul do País. Para isso - e gundo governo de Duarte da Costa. como a Bahia mantivesse maiores contatos com a Dentre os irmãos destinados ao sul do País, metrópole - os padres conservavam a botica bem estava a criatura humilde e doentia de nome José de sortida e aparelhada para o preparo de medicamen- Anchieta. Os jesuítas eram mais práticos e previden- tos, iniciando-se nela, inclusive, o aproveitamento das tes que os donatários e, até do que os próprios go- matérias primas indígenas. vernadores-gerais, e trataram, logo, de instituir en- Os jesuítas possuíam um receituário particu- fermarias e boticas em seus colégios, e colocando lar, onde se encontravam, não só as fórmulas dos um irmão para cuidar dos doentes e outro para pre- medicamentos, como seus processos de preparação. parar remédios. Em São Paulo, o irmão que prepara- Havia também método de obtenção de certos produ- va os remédios era José de Anchieta. Por isso, pode- tos químicos, como a pedra infernal (nitrato de pra- mos considerá-lo o primeiro boticário de Piratininga. ta). E o padre relata, em suas cartas aos jesuítas: O medicamento extraordinário, no entanto, a (cid:9) 14+)~, 69 v.12, n°1/2, 1999 Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. penicilina da época, era a Triaga Brasílica, que se delgado e, uma vez aprovados, o que geralmente acon- manipulava, mediante fórmula secreta. Essa triaga tecia, arvoravam-se a boticários, estabelecendo-se, se usava contra a mordedura de animais peçonhen- por conta própria ou associando-se a um capitalista tos, em várias doenças febris e, principalmente, como ou comerciante, normalmente do ramo de secos e antídoto e contraveneno ("exceto os corrosivos") molhados, que alimentava a expectativa dos bons lu- gozava de grande fama e era considerada tão boa cros no novo negócio. 4.uanto a de Veneza, pois agia pronta e rapidamente Em todas as cidades do Brasil, desde os pri- LE0111 a vantagem de, em sua composição, entrarem meiros tempos da colonização, foi hábito dos comer- várias drogas nacionais de comprovada eficiência. ciantes de secos e molhados negociarem com dro- Quando o Colégio dos Jesuítas da Bahia foi gas e medicamentos, não só para uso humano, como saqueado e seqüestrado, em julho de 1760, ordem para tratamento dos animais domésticos, aos cuida- dada pelo Marques de Pombal, o desembargador in- dos do alveitares (veterinários). Raras eram as boti- cumbido da ação judicial comunicava a seus superio- cas legalmente estabelecidas. res que, "tendo ele notícia da existência na Botica do O comércio das drogas e medicamentos era Colégio de algumas receitas particulares, entre as privativo dos boticários, segundo o que estava nas quais a do antídoto ou Triaga Brazílica, havia feito "Ordenações", conjunto de leis portuguesas que re- as necessárias diligências para dele se apossar". Mas _ geram o Brasil, (cid:127)durante todo -o pédõ-do- cólonial, re- -a receita não apare-cal, na Botica, nem em lugar al- formada por D. Manuel e em vigor, desde o princípio gum, na Bahia. do século XVI, bem como por leis e decretos com- Somente mais tarde, foi ela encontrada, na Co- plementares. leção de Várias Receitas "e segredos particulares das Foi com base nesta legislação que o físico- principais boticas da nossa companhia de Portugal, mor do Reino, por intermédio de seu comissário de da Índia, de Macau e do Brasil, compostas e experi- São Paulo, ordenou o cumprimento integral do regi- mentadas pelos melhores médicos e boticários mais mento, baixado em maio de 1744. Com isto, intensi- célebres. Aumentada com alguns índices e notícias ficou-se a fiscalização do exercício dessa profissão, curiosas e necessárias para a boa direção, e acerto pois o regimento proibia terminantemente o comér- contra as enfermidades"., Roma 1766. cio ilegal das drogas e medicamentos, estabelecendo Outra botica que se assemelhava a dos padres pesadas multas e seqüestro dos respectivos estoques. era a da Misericórdia. De caráter semi público, tanto Houve busca e apreensões das mercadorias proibi- servia a seu próprio hospital, como à cidade. Frei das, que foram depositadas nas boticas locais. Foi Vicente de Salvador refere-se também à existência um "Deus nos acuda". de uma grande caixa de botica que os holandeses O Regimento foi feito, a partir de uma ordem possuíam, num forte baiano, e eram vinte e duas bo- do Conselho Ultramarino de dois anos antes. A or- ticas (caixas) da armada luso espanhola. dem fora dada ao Dr. Cypriano de Pinna Pestana, Já na primeira década do século passado, as físico-mor do reino, para que não desse comissão a boticas da capital baiana, segundo testemunho de Spix pessoa alguma, que no Brasil servisse por ele, esta e Martius, estavam "providas copiosamente de espe- comissão só poderia ser dada a um médico formado cíficos ingleses e remédios milagrosos". pela Universidade de Coimbra, e que mesmo físico- mor, faça um novo regimento da forma em que os As primeiras boticas do Brasil seus comissários deveriam proceder nas suas comis- sões e qual o salário que deveriam receber. "E que fizesse também um regimento para os boticários do As boticas só foram autorizados, como co- dito Estado com atenção às distâncias que ficam as mércio, em 1640; a sangria também foi legalmente terras litorâneas. Ficando advertido que tanto os gan- autorizada, naquele mesmo ano, e resultou em com- hos dos seus comissários, como os preços dos me- petição entre os barbeiros e os escravos sangrado- res. A partir deste ano, as boticas se multiplicaram, dicamentos nunca deveriam exceder o dobro dos de norte a sul, dirigidas por boticários aprovados, em preços praticados no Reino e que feito tal regimento Coimbra, pelo físico-mor, ou por seu delegado co- deveria ser remetido ao Conselho". missário na capital do Brasil, Salvador. Estes boticá- Quanto ao exame prestado pelos candidatos a rios, que obtinham com a máxima facilidade a sua boticários, bem como a inutilização das drogas even- "carta de aprovação" eram profissionais empíricos, tualmente deterioradas, desde a sua chegada aos por- às vezes, analfabetos, possuindo apenas conhecimen- tos, e a fiscalização das boticas, tudo se faria, de to de medicamentos corriqueiros. acordo com o regimento: legalização do profissional Por causa de toda essa "facilidade", muitas ve- responsável, existência de balança, pesos e medidas, zes, lavadores de vidros ou simples ajudantes de bo- estado de conservação das drogas vegetais, princi- tica requeriam exame perante o físico-mor ou seu palmente as importadas; medicamentos galênicos, 70 ~, v.13, n° 1/2, Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. (cid:9)(cid:9) produtos químicos, vasilhames e ocasionalmente, a O ópio, a escamonéia, a rosa, o sene, o mana- existência de alguns livros. As inspeções das boticas cá e a ipeca já faziam parte dos remédios necessários seriam rigorosas e realizadas a cada três anos. Este para funcionamento de uma botica. Pomadas e lini- regimento foi considerado modélar para a sua época. - -mentos tinham grande consumo, aliás, o produto mais Em completo atraso e carência de preparo, os consumido era a Pomada Alvíssima, além do Bálsa boticários de Portugal e das colônias portuguesas ti- mo Católico, de Copaíba, e a Água Vienense, que s nham como guia a obsoleta "Farmacopéia Ulissipo- entrou em desuso, no começo deste século. nense Galênica e Química" de Joan Vigier, data de As Boticas do Rio de Janeiro, no entanto, era 1716, e em 1735 aparecia a "Farmacopéia Tubalense adornadas "com estilo muito mais faustoso que o co - Química Galênica", teórica e prática, de Manoel Ro- mum das casas de comércio, isto é, de muito bom drigues Coelho, boticário da corte, que visava ter seu gosto. Em vez de balcão, como se costumava ter, trabalho autorizado pelo governo, o que não conse- tinham bem no meio uma espécie de altar, com a guiu. frente ornamentada com pinturas e dourados; o mo- Em 1772, apareceu a obra de Frei João de Je- tivo mais comum na pintura era alguma paisagem, sus Maria, monge beneditino e boticário do convento um naufrágio ou um simples ramalhete de flores. e, finalmente, publicada por ordem de D. Maria I. Acima, no altar, a balança, os pesos, dois ou três Em 7 de abril de 1794, foi mandada adotar a "Farma- livros velhos, oráculos, sem dúvida, da arte de cu- copéia Geral para o Reino de Portugal e Domínios", rar". de autoria de Francisco Tavares, professor da Uni- Os utensílios de laboratório sempre desperta- versidade de Coimbra, obra cujos preceitos não era ram no cliente um olhar respeitador, bem como mui- lícito ao profissional se afastar, mesmo quando o pró- ta curiosidade. Talvez, por suas formas angulares, prio autor a reconheceu insuficiente, sendo, por isso, tão diferente da maioria dos objetos corriqueiros, tal- o mesmo autor levado a escrever uma Farmacologia, vez por indicarem ao leigo de alguma forma, as trans- em 1809. formações que nestes locais se faziam. Na porta dos laboratórios, o aviso "Proibida a Entrada". Só entra- r- vam o boticário, vestido com sua bata branca, e os MAIKMACOÉEA auxiliares , geralmente moços, de manga de camisa. TUIALNIE GIIINIICOCALNICA. O freguês ficava à espera da receita, que levava, no ,r (cid:9) t.,UNO.‘ mínimo, uma hora para ser aviada, além da grade de madeira ou de ferro. n1 1. ; 5515 t (cid:127) n (cid:9)5 5 :5- (cid:127)5 ty n Início dos estudos de Farmácia Nc3 5 5..V5.4 (cid:9) i) C-CM ra (cid:127) Quando a Família Real portuguesa ruma para a colônia Brasil, o futuro País não tinha conseguido fazer chegar às suas terras qualquer dos avanços ci- entíficos que a Alemanha, França e Itália desfruta- vam. O Brasil era a colônia portuguesa esquecida pela rainha D. Maria I, "A Louca". Não havia faculdades, As Boticas do Brasil Colônia as ciências de uma maneira geral eram privilegio dos que podiam ir estudar em Lisboa, Paris ou Londres. A cidade de São Paulo, em 1765, tinha três Foi depois da vinda da Família Real (1803), boticários, Francisco Coelho Aires, estabelecimento que o País, ainda colônia, adquiriu o direito de acom- e moradia, na rua Direita, Sebastião Teixeira de Mi- panhar os movimentos culturais e científicos que randa, na atual Rua Alvares Penteado, e José Antônio aconteciam no velho continente, há mais de um sé- de Lacerda, na atual Praça da Sé. culo. A Real Botica de São Paulo estava instalada O primeiro passo largo rumo à modernidade onde, hoje, está o Vale do Anhangabaú, mais precisa- foi encabeçado pelo príncipe regente D. João VI, que mente onde está o prédio central dos Correios e Telé- admirava os estudos de história natural, bem como o grafos. O prédio para instalar esta primeira farmácia trabalho dos naturalistas. oficial da cidade foi construída, em 1796, e demolida Em 18 de fevereiro de 1808, instituiu os estu- em 1916. dos médicos no Hospital Militar da Bahia, por suges- No tempo da Real Botica, os remédios eram, tão do cirurgião-mor do Reino, Dr. José Correia Pin- na sua grande maioria, plantas medicinais. Porém, canço, futuro Barão de Goiana, com ensino de ana- desde de 1730, o brasileiro usava o mercúrio e o ar- tomia e cirurgia, porém o ensino de farmácia só se sênico importados da Europa. iniciou em 1824. A intenção de D. João VI era for- 71 14÷~ v.12, n°1/2, 1999 Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. mar médicos e cirurgiões para o exército e marinha, 2 7 estudantes, por ano, e, no curso de Farmácia, onde estava a elite econômica da época. cinco, enquanto o curso de direito tinha 80 alunos. No Rio de Janeiro, criou o curso de Medicina, A Escola de Farmácia de Porto Alegre surgiu, em 1809. Este curso era composto das cadeiras de em 1896, e a de São Paulo, em 1898. Se bem que a Medicina, Química, Matéria Médica e Farmácia. O idéia da instituição desta última constituísse, desde _primeiro livro desta faculdade foi escrito por José algum tempo, cogitação de ilustres profissionais que ; (' Maria Bontempo, primeiro professor de Farmácia do integravam a Sociedade Farmacêutica, coube, sem Brasil, e chamava-se "Compêndios de Matéria Médi- dúvida, ao Dr. Braulio Gomes, médico de renome e vasto currículo de relações sociais, a vitória na inici- c-a", e foi publicado, em 1814. ativa que culminou na fundação da Escola de Farmá- Em 1818, o farmacêutico português instala- cia de São Paulo em 12 de outubro de 1898. do, no Rio de Janeiro, José Caetano de Barros, abriu Em 1822, São Paulo não possuía nenhuma fa- o ensino gratuito a médicos, boticários e estudantes culdade, mas tinha sete médicos e cirurgiões e conti- no laboratório de sua farmácia, sendo que as aulas de nuava tendo três boticários, sendo um deles Ereopa- botânica eram dadas pelo carmelita pernambucano gita da Mota, que tinha farmácia na então Rua do Frei Leandro do Sacramento, diretor do Jardim Bo- Rosário, atual 15 de Novembro, no coração da cida- tânico, e professor dessa disciplina na então Escola de. Já o Rio de Janeiro,. em 1843, tinha-78 farmácias, Médico Cirúrgica. As aulas de Frei Sacramento eram_ e em 1893, 210 farmácias e 34 drogarias. -ministradas no Pãs-seio Público daquela cidade. Dentre os discípulos de José Caetano de Bar- De boticário a farmacêutico ros, destacava-se Ezequiel Corrêa dos Santos, que veio a ser um dos pioneiros da Farmácia, no Brasil. Seu filho, também farmacêutico, tornou-se catedrá- Apesar das diversas instituições de ensino de tico de Farmácia na Faculdade de Medicina no Rio Farmácia pelo País, no século passado, a passagem do comércio de botica para farmácia não foi nada de Janeiro, entre 1859 e 1883. fácil. Afinal, o hábito, na cultura popular, dificulta Em 3 de outubro de 1832, foi criada a Facul- em muito as mudanças, por mais necessárias que elas dade de Medicina. Com isso, regulou-se o ensino de sejam. Farmácia. Um decreto imperial, sancionado em oito Assim, até a própria lei que regulamentava o de maio de 1835, transformou a Sociedade de Medi- efetivo exercício da profissão persistia em chamar cina em Academia Imperial e, nela, ficou instituída a os farmacêuticos de boticários. O Regimento da Junta seção de Farmácia, o que elevou a classe farmacêu- de Higiene Pública, aprovado pelo Decreto Imperial tica à hierarquia científica, colocando-a em igualda- n° 829, de 29 de setembro de 1851, documento que de aos demais ramos das ciências médicas. regulamentava a profissão, fazia menção ao técnico A consolidação do ensino de Farmácia, no en- da preparação dos medicamentos, através da palavra tanto, só aconteceu, em 1925, quando o curso passa "boticário", e não se pense que a expressão dissesse a ser Faculdade de Farmácia, filiada, como as ou- respeito a profissionais sem diploma, pois o artigo 28 tras, à Universidade do Rio de Janeiro. do referido regimento é claro: "Os médicos, cirurgi- A Assembléia Legislativa de Minas Gerais de- ões, boticários, dentistas e parteiras apresentarão seus cretou a Lei n° 140, sancionada pelo então conselhei- diplomas..." ro Bernardo Jacinto da Veiga, em quatro de abril de O hábito continuou, até surgir o Decreto 2055, 1839, criando duas Escolas de Farmácia, uma em de dezembro de 1857, em que ficou estabelecido as Ouro Preto e outra em São João Del Rei, destinada condições para que os farmacêuticos não habilitados ao ensino de Farmácia e da matéria médica brasileira. tivessem licença para continuar a ter suas boticas. A cidade do Rio de Janeiro abriu curso de Agricultu- Uma ironia bem própria da cultura brasileira, em que ra, em 1814, e o laboratório de química chegou à o farmacêuticos e boticários, habilitados ou não, ti- Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1818. nham pouca diferença para a média da população bem Os cursos superiores nasceram sob a imposi- como para os legisladores, normalmente leigos em ção de necessidades práticas imediatas, por isso, não questões de farmácia. acompanharam, no decorrer de nossa História, as O boticário dará definitivamente espaço ao far- exigências da sociedade brasileira. Em virtude do macêutico, depois de 1886. Isto, no entanto, não deve imediatismo, a pesquisa científica foi totalmente ne- significar que o País e suas faculdades de Farmácia gligenciada, durante todo o período do Império, vin- não produziram cientistas de nível nacional e interna- do a desenvolver-se timidamente, no começo do nos- cional. É o caso de Luís Antônio da Costa Matos, so século. Assim, não é de se estranhar que, em dez que obteve um princípio antifebril da amêndoa de caju; anos (1855 -1864), as escolas de Medicina das duas Joaquim de Almeida Pinto, pernambucano, que estu- províncias, Bahia e Rio de Janeiro, tivessem apenas dou espécies da nossa flora e organizou um dicioná- ~4, 1441 72 v.13, n° 1/2, Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. rio de botânica; Antônio Gonçalves de Araújo Penna, Em maio de 1841, aparecia, com grande êxi- paulista que se dedicou a farmácia homeopática, dan- to, o "Formulário do Dr. Pedro Luís Napoleão Cher- - do-lhe grande impulso e popularidade. Ezequiel Cor- noviz" e, no ano seguinte, o "Dicionário de Medicina reia dos Santos, fluminense, dedicou-se-ao estudo - - -Popular e das Ciências Acessórias", contendo a des- das plantas medicinais brasileiras, procurando isolar crição das doenças, sintomas e tratamento; as rece .= os princípios ativos e obtendo, em 1838, a pereirinha tas para cada doença; as plantas medicinais, as ali tht Seeeg 7 do Pau Pereira, com a colaboração dos farmacêuti- mentícias, as águas minerais do Brasil, Portugal e d 10 cos Soullié e Dourado. outros países. Esta obra tornou-se popular para xma.W123=-- Joaquim Correia de Mello, paulista, exerceu a efetivo exercício da Farmácia, durante todo o sécul ... profissão em Campinas, onde se popularizou pelo passado, e também era aceita como bibliografia de apelido de "Quinzinho da Botica". Sua vocação era a base para a reformulação da "'Farmacopéia Brasilei- botânica. Estudioso e modesto, aplicou-se profunda- ra", de Rodolpho Albino, em 1947. Foram sucessi- mente ao estudo da nossa flora, redigindo comunica- vas seis edições do Formulário, chegando a 1908; ções e memórias que foram publicadas nos anais da em dois volumes de cerca de 1500 páginas cada um. famosa "Linnean Society", de Londres, da qual era o Em 1900, o Dr. M.H.Lacronix, de Paris, a re- único sócio correspondente sul-americano. Pedro modelou, de acordo ao Codex, Farmacopéia France- Baptista de Andrade, mineiro, o "poeta da química", sa, sem deixar de transcrever também as fórmulas químico industrial e professor de farmácia; Christo- da Farmacopéia Lusitana. Reformulado, o formulá- vão Buarque de Hollanda, químico do Laboratório rio do Dr. Chernoviz, passou a ter descrição dos me- %Nacional de Análises e diretor da Farmácia do Estado dicamentos, as doses, e as doenças em que eram de São Paulo; José Frederico de Borba especializou- usadas. se em química toxicológica e bromatológica, tendo Foi através das informações deste formulário sido chefe do Laboratório do Estado e professor de que muitas das farmácias brasileiras do século pas- Farmácia. sado e começo deste século produziram seus remé- João Florestino Meira de Vasconcellos foi pro- dios. Afinal, o estudante de Farmácia tinha de deco- fessor da Santa Casa, de Farmácia, e escreveu "Ele- rar as formulações que estavam no Formulário do mentos de Farmácia", em dois volumes, São Paulo Dr. Chernoviz, para poder exercer a sua profissão. (1906). A primeira mulher que colou grau de farma- Outra razão para o sucesso deste Formulário cêutico, no período do Império, foi Maria Luíza Tor- está na forma didática das suas muitas descrições. reão de Seurville, nascida em Niterói, em 1865, di- Assim, para que o leitor saiba um pouco mais sobre a plomou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Ja- farmácia do passado, transcrevemos algumas cita- neiro, em 1888. Foi farmacêutica da Policlínica do ções do formulário do Dr. Chernoviz Hospital de São João Batista, em Niterói. Sua forma- tura foi um verdadeiro acontecimento social, pois aberrava os hábitos da época. Arte de Formular Farmacopéias e remédios ois do século XIX É aquela parte da ciência médica que pres- creve as regras para a preparação e administra- FOlIMULARIO ção dos medicamentos. E GUIA MEDICO CONTENDO Medicamento a deaertp0O aos Vedeiele111.0, "erltiVr221:::,',Z174.Z °4, -2:r "'"rIC0.0O0m1e.2m+ardlari ath2o2ra0p ouUeo É toda substância empregada pela medicina e Incito. informaWs(cid:127) atufa. para restabelecer a saúde. Os medicamentos são VLDI10 LUIZ NAPOLEA0 CIIERNOVIZ """ " (cid:9) "" oficinais, aqueles que devem achar-se prontos SÊT1.11A EDIÇÃO nas farmácias como xaropes, vinhos, extratos, Inly413,0A tOnr1..1(cid:127)(cid:127)(cid:127)11.12. ewillion(cid:127)Yet(cid:127)Ialnd VONI, (cid:127) rAel. U(cid:127). SeleiNe. tinturas, conservas, emplastos, ungüentos etc. "'"'"';220V1:::,'Ir:010710'r1::?CrjátjáC''árjaVdrrea?"" Magistrais ou extemporâneos, são aque- laarianVCM,elip3Zri:,7ar.); no lona., d‘We (cid:9)o2mr napDeOe(cid:127) tibaadlruea2r42te6.. 1Jdre: ruimn tseu=pp1l"e:m2en"to, (cid:9) 6 coro os les que são preparados segundo fórmulas de afalÉVIIVer.wrott,tretulfeuce:,.. cada médico; podem ser: porções, cozimentos, emulsões, pílulas, colírios, linimentos, cataplas- FARIS iivnAnin re A. n.ur.aut (cid:9) CIIERNOVIW. mas etc. (cid:9) 73 W(410, v.12, n° 1/2, 1999 Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. Formas farmacêuticas: Xarope de ipecacuanha Extrato de ipecacuanha, alcóolico lOgrs Tintura de essência ou Alcoolato de Ale- Água destilada 350grs ' crim (Espiritus de Alecrim, na antiga química Açúcar granuloso 650grs chamava-se espiritus, os medicamentos líqui- Trate o extrato pela água, filtre, e dissolva o ' dos resultantes da destilação do álcool com uma açúcar a calor brando. Dê 15grs para as ou mais substâncias aromáticas, de vegetal ou crianças 30-60grs para adultos, como vo- animal; eram as vezes simples dissolução de ál- mitivo. cool de diversos princípios medicamentosos e sobre tudo de princípios aromáticos. O espiri- Xarope de Tamarindos tus do vinho é o álcool que resulta da distilação Tamarindos lkg Água de flores de laranjei- do vinho) ra 60grs Óleo volátil de Alecrim 2grs / álcool a 90° = Açúcar 5kg 98grs Ferva os tamarindos com a quantidade de Misture e filtre. Da mesma maneira prepa- água suficiente, coe, com o decocto e o ram-se todas as outras labiadas ou plantas úcariaça -xarope elarificad-o—cUrr-iVai.a— _aromáticas, -- de ovo. Ajunte o hidrolato quando o xarope tiver resfriado. Alcoolato de essência de Hortelã (Espiritus de Hortelã) Óleo volátil de Hortelã pimenta 2grs / álcool A teoria na prática do balcão a 90° = 98grs (cid:9) (cid:127) Misture e filtre. Da mesma maneira prepa- A Farmácia, no Brasil, teve de vencer muitos ra-se os alcoolatos ou tinturas de óleo volátil de obstáculos para se firmar enquanto profissão. Não tangerina, cidra, limão e laranja. era só o número de alunos reduzido nas faculdades, mas também a concorrência profissional dos quími- Alcoolaturas: cos, botânicos, médicos, curandeiros, benzedeiras, Alcolatura de limão ou laranja comerciantes de seco e molhados e principalmente Casca exterior recente de laranja ou limão da pouca ou nenhuma escolaridade da grande maio- 1 parte / álcool a 80° 2 partes ria da população por vários séculos. Aliado a isso, a Macere por 8 dias, coe e filtre. necessidade de desenvolvimento científico nunca fez A alcolatura de limão, na dose de 5/100, parte da cultura nativa. comunica as limonadas um aroma muito Foi uma luta composta por diversas batalhas agradável. para que a profissão de farmacêutico ganhasse o di- reito a exclusividade na produção e manipulação de Emplastro contra calos (Baudot) medicamentos. O mercado de trabalho era pequeno Cera branca 4 grs Acetato de cobre 2grs e normalmente vinculado aos hospitais militares ou Emplastro de pez 2grs Essência de tereben- as Santas Casas. tina 0,25 centigramas Para que a indústria farmacêutica se estabele- Galbano 2grs Creosota 0,50 cesse, foi outra batalha contra a ignorância dos polí- Derreta as 3 primeiras substâncias; coe e ticos da época sobre o exercício da profissão e a ajunte as outras três. concorrência desigual dos produtos importados, nem sempre de boa qualidade, além da falta de confiança Tinturas de ipecacuanha na capacidade profissional e científica dos profissio- 100grs de ipeca / álcool a 90°; 500grs nais brasileiros. Macere em vaso tapado por dez dias, me- É certo que o farmacêutico do século passado xendo de vez em quando, coe por expres- e de boa parte deste século tinha tempo para exercer são e filtre. outras funções sociais importantes, como juiz de paz, vereador, prefeito, deputado, senador, etc., sem dei- Vinho de Ipecacuanha xar de atender no seu estabelecimento, afinal o mais Ipecacuanha em pó grosso 50grs / Vinho importante era formular o remédio e isso acontecia, do Porto 1 litro uma vez ao dia, às vezes, de dois em dois dias. Macere 10 dias, coe espremendo, e filtre - Às vezes, também, acontecia de ter de formu- Tomar de 30 a 60grs por dia. lar, à noite, dependendo do caso, era acordado altas horas da madrugada por causa de uma dor de dente 144~4, 74 v.13, n° 1/2, Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. ou de uma febre. Em algumas cidades, exercia tam- bém a função de médico, já que determinava a doen- Thermometro ça e receitava o remédio. Aliás, era mais fácil que os habitantes do- interior fossem a farmácia do_que. ao _ médico. Quando o farmacêutico formulava, tinha de anotar no livro de farmácia o nome do paciente, a prescrição, a data e o nome do médico. O investimento para exercer a sua profissão também não era pouco, afinal precisava de um nú- mero bastante respeitável em medicamentos simples e composto, para efetivamente exercer a sua profis- são. Algumas Drogas Simples das Farmácias do Passado (cid:127) Casca de laranja (cid:9) Noz vômica n Castoreo (cid:9) Ópio (cid:127) Cato (cid:9) Oregão Centaurea menor (cid:9) Papoula Therrnometre C13. .—Thermfenle:ro Centeio espigado (cid:9) Passas iro roem modelo. (cid:9) ...Alia. Pinhett.r. Cera (cid:9) Ponta de veado Cevada mandada (cid:9) Quassia A "Farmacopéia", de Cevadinha (cid:9) Quina amarela Rodolpho Albino Dias da Silva Chá da índia (cid:9) Quina cinza China (cid:9) Quina rubra Rodolpho Albino Dias da Silva, fluminense, quí- Cicuta (cid:9) Ratania mico do Laboratório Nacional de Análise e professor Coentro (cid:9) Ruibarbo da China Cola de peixe (cid:9) Rosa rubra de farmácia, trabalhou intensamente, por mais de dez Colophonia (cid:9) Sabugueiro anos, para concluir o "Código Farmacêutico Brasi- Coloquintida (cid:9) Sagapeno leiro". Ao concluí-lo, o pouco conhecido Rodolpho Cominhos (cid:9) Sagú Albino Dias da Silva, em 1924, pode apresentar seu Congossa maior (cid:9) Salsaparrilha projeto de "Farmacopéia Brasileira" ao Dr. Carlos Consolda maior (cid:9) Salva Chagas, Diretor Geral do Departamento Nacional de (cid:127) Copaíba (cid:9) Sangue de drago Saúde Pública. Cubebas (cid:9) Saponaria Para julgar o trabalho apresentado, o Dr. Cha- Curcuma (cid:9) Sene gas nomeou uma comissão constituída pelos profes- Cusso (cid:9) Tabaco sores doutores Antônio Pacheco Leão, Renato de Tamarindos Souza Lopes e Antidônio Pamplona e os farmacêuti- cos Alfredo da Silva Moreira, José Malhado Filho e Não havia necessidade de grandes maquinis- Isaac Wernewck da Silva Santos. Após exame minu- mos, mas o indispensável não era barato. Balança, cioso da obra, essa comissão resolveu aceitá-la, soli- vidros, termômetro, conta-gotas, prensa, filtros, cáp- citando ao governo a sua oficialização como "Código sula, cadinho, cortador de raiz, almofariz, mão de Nacional Farmacêutico", com a supressão, porém, almofariz, caçarola, tacho, terrina, espátula, seringa, de certos artigos por eles considerados de uso restri- apertador de rolha entre tantos outros. to para serem oficializados, os quais vêm enumera- dos, no prefácio da primeira edição da "Farmacopéia Brasileira". Em quatro de novembro de 1926, pelo Decre- to 17.509, assinado pelo presidente da República, Dr. Arthur Bernardes, e pelo ministro do Interior e da Justiça, Dr. Affonso Penna Jr., nos termos do artigo 252 do Decretol6.300, de 31 de dezembro de 1923, foi aprovada e adotada como "Código Farmacêutico Brasileiro" a "Farmacopéia Brasileira", elaborada por Rodolpho Albino Dias da Silva, com as emendas da comissão revisora. O código entraria em vigor, em 75 14.‘~-4, v.12, n°1/2, 1999 Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025. 60 dias, depois da publicação da primeira edição ofi- formidade com as normas estabelecidas nas farma- cial, ficando sua execução a cargo do Departamento copéias estrangeiras ou nos farmulário" que abaixo Nacional de Saúde Pública. Afinal, depois de mais de seguem: Dorvault - "L'Officine"ou "Répertoire Gé- (cid:127) WO anos de luta, tinha o Brasil sua Farmacopéia, obra néral de Pharmacie Pratique" Chernoviz - "Formulá- (cid:127) t) Élé um só homem, que, no julgamento de eminentes rio e Guia Médico" Medicamenta - "Guia Teórico- farmacólogos do mundo, um dos mais adiantados e Prático para farmacêuticos, médicos e veterinários"- atualizados códigos farmacêuticos do seu tempo. Cooperativa Farmacêutica de Milão. "Nuevo Receta- Não é exagero chamar esta primeira farmaco- rio de Farmácia" - Dieterich "Formula'rio Oficinal péia brasileira de "Farmacopéia Verde", já que ela é a Magistral"- Pires de Almeida Farmacopéia America e única onde estão 183 espécies de plantas medicinais Inglesa brasileiras, com as suas descrições macro e micros- A "Farmacopéia Brasileira" se descaracterizou, cópicas da droga, vanguarda absoluta comparada após o corte substancial das plantas medicinais nati- com outras farmacopéias da mesma época. vas. A razão da formação de uma segunda comissão Quatro fórmulas para se preparar extratos flu- para a revisão objetivava exatamente a retirada, após ídos das plantas medicinais brasileiras e tantas outras a revisão, das plantas medicinais brasileiras. Tanto informações essenciais para os farmacêuticos do assim, que os revisores da segunda comissão se pro- passado. Mas como tantas outros trabalhos científi- punham a fazer uma farmacopéia de fitoterápicos, cos formulado por brasileiros -teve vida -útil-curta. - após o termino da revisão -da "Farmacopéia Brasilei- , A descoberta da penicilina, como substituto ra". A presença de plantas medicinais na segunda mais do que satisfatório das quinas, bem como o de- edição, "ampliada e atualizada", é insignificante. O senvolvimento da indústria farmacêutica de remédi- que resta da identidade do remédio brasileiro, plantas os feitos à base de petróleo, exigiu a revisão da "Far- medicinais, tinturas, extrato fluído, ungüentos, for- macopéia Brasileira", iniciada, em 1936. Formou-se mulações, também, é insignificante. Com esta mu- uma comissão de farmacêuticos para que a atualiza- dança, rápida e radical, o que ficou da nossa pouca ção resultasse em transformação dos princípios que identidade medicinal e farmacêutica é quase nada. até então norteavam o exercício da farmácia no País. Levamos mais de 100 anos para ter uma "Far- Esta primeira comissão formada inclusive pelo macopéia Brasileira", a de Rodolpho Albino, porém químico farmacêutico de tradição fitoterápica, Wal- levamos apenas 20 anos para destruir a pouca identi- demar Peckolt, foi dissolvida, em 1943, exatamente dade cultural que este farmacêutico nos deixou. por causa do corte substancial no número de plantas medicinais brasileiras que existia na primeira farma- Bibliografia: copéia. Segundo a opinião dos profissionais de van- guarda da época "as mudanças tecnológicas e quími- cas exigiam mudanças radicais na farmácia brasilei- 1. Breve História da Farmácia Brasileira - Philippe ra, restando pouco espaço aos medicamentos tradi- Guédon — 1965 cionais". Forma-se a segunda comissão que estabe- 2. Revista de Farmácia e Odontologia - 1943/45 lece através da Portaria número 52, de março de 1945, 3. Revista Brasileira de Farmácia - 1940/46 a seguinte bibliografia para a produção de produtos 4. Apontamentos Históricos da Escola de Farmá- oficinais, "para que possam ser fabricados de con- cia de Ouro Preto - 1961 76 tin.e.14~, v.13, n° 1/2, Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 53105025.

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