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20 poemas para o seu walkman PDF

48 Pages·2006·0.153 MB·Portuguese
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♣♥♦♠ coleção ás de colete Terceira Prova — 18/01/2007 Editor: Augusto Massi Composição: Ricardo Assis (Negrito) Marília Garcia 20 poemas para o seu walkman perguntas sobre a diferença entre Svetlana na véspera de sua partida para ny, emmanuel hocquard datilografa um poema de george oppen em sua máquina de escrever underwood n. 3. é como svetlana querendo voltar para barcelona aqui não fico mais nem um dia dizia no café com nome grego que lhe fazia falta ver as coisas invisíveis daquela cidade e seu marido na contramão carregando no braço o menino sem língua, tentando alcançar o que aparecia do outro lado do mar se alguém ainda viria para ajudá-los nesta época do ano a tormenta não costuma demorar (o poema era em inglês) e tinham medo de se perder, ela dizia, por isso a distância, ritmo de degrau seguindo cortado, por isso o modo de andar e o ziguezague do avião sempre que saíam juntos. tinham medo e todos os dias fazia algo para evitar. depois queria encontrá-lo na rua, perdido, como um acidente: cruza uma esquina e vê. desligou  a chamada na hora M.a. precisa, a voz cortada outra vez antes de seguir pelas ramblas. é como o perigoso encadeamento das coisas murmurou ao sair da sala. antes de filmar tudo observou a posição do sol naquela tarde com casas árabes e imaginou a seqüência dos diálogos em camadas. quase uma língua em curvas ou ficar parado no escuro. as duas diante da lente não se viam jamais: alternavam a posição (a de branco sorria sob o fundo de algas) depois enquadrou o deslocamento para hong kong num vôo atrasado. como seguir tentando um ângulo inverso se quando passam os dias tudo piora? como seguir o horário girado que adquirem depois de anos de escassez? sentou num dos bancos de frente para as duas (há algo que custa dizer e não sabe o que é, um peso geral de coisas talvez)   de onde vem o nome i. um filme patagônia? e os pingüins? como precisar a seqüência daquelas imagens? e como fazia para não sabe em que momento nadar tão perto das aconteceu [estava de preto] nem rochas? podia imaginar que a mecha armada sobre o rosto se tornaria qualquer coisa que não se nota depois de uns dias. a pergunta serve apenas para manter a horizontalidade das coisas (não crê que possa explicar como queria encontrar alguém assim: levanta com pressa e entrega o papel verde-musgo). leva tempo entender de onde vem tanta palavra e qual língua pode ser usada num momento de anóxia (o túnel estreito sempre em linha reta e depois o reflexo congelado na linha 14). 10 11 ii. rue de fleurus iii. liancourt  daquela janela, a placa no lado como fazer para voltar se não traz oposto da rua com as iniciais de g. o bilhete lilás nem a carte s. não ouve nada muito bem, mas ainda orange? conta duas portas deve esperar o frio muito fino, tomar o à direita e sobe a escada trem a chuva o meio- -caracol. fio contornar o jardim – e ali o vendedor uma parte de tudo é fixa de crepes tinha fechado o negócio. o livro começa e escapa do campo de visão com uma pergunta ao acaso sobre esta e escuta. como estar em praga cidade, mas o principal nem supõe – e entender o que dizem como chegar ao ponto de encontro [tout le monde laisse les com o filme começado. todas as vezes problèmes dans leur têtes perdia a estação e traçava rotas comme on dit là-bas] diversas (tentava explicar trocando de cabines e ligando diversas vezes por dia, em deslocamentos aéreos.) 12 13 iv. tout arrive v. na beira do canal (contando da banda terrorista “al fin no llego a saber si es deste país e das notas de grande o pequeño. es una svetlana sobre gràcia) cuestión de ocultamiento”. – a porta é verde, avisa, basta subir que os corredores dão no mesmo quarto. é uma questão de álgebra, dizia, é só mais uma questão (no vídeo chegava sempre tarde demais e ficava olhando: o elevador amarelo e a porta com o  e um cadeado.) ouvir o som de uma língua não quer dizer algo tão definitivo – o acento se encaixa na outra língua e asfixia o espaço daquelas palavras 14 15 Num dia branco Apêndice a Num dia branco (com Lise Sarfati) segura a borda da mesa com a cortina em ondas na o cabelo vermelho vamos sala, semicírculos de luz para a polônia que cobrem ver a neve o chão, pouco a pouco andava tão dispersa assim uma imagem recorrente: “dehors ele nunca conheceu a família com ganas maintenant...” mas não sabe, um de frio. sempre aquele pedaço de terra cravado naquele movimento oceano e viver ali: seu nome preciso ler outras não vem no lugar do destinatário não coisas a frase cortada mais de 100 quilômetros de no mesmo ponto fresta de luz escuta e a caixa do correio onde fala uma gargalhada quebrada pode deixar a assomada à janela quando o vê chave que o inquilino encontrará do outro lado da rua procurando o tem olheira e casaco azul castelo. os cabelos curtos, deitada no sofá cabelo curto, segura a ponta amarelo. todos falam alguma da mesa e mastiga as sílabas língua eslava (sabe que perdeu alguém em sua língua. para sempre). no fim do ano, vamos cruzar o estreito. andava tão dispersa assim pelo movimento ele nunca viu a neve 16 1 De dentro da caixa verde iii. sobre a mala a caixa de chá (não o desejo i. de contar os aviões partindo como o sulco da caligrafia na pista sobre o mar) na passagem tinha impresso chegando toda semana. como o retorno (temos os dias contados? para o pulôver vermelho onde vai? sua voz de que veste agora (não era neblina no escuro) a volta para casa, um consolo, nem a limusine negra veio buscá-la de outro poema) uma noite que se estende com os ruídos de um sono ausente — e se você levanta num entressonho, parece outra cidade, quando chega a luz do dia muito antes da hora — não sei em que mapa ficou leeds nem aquele passeio de mãos dubitativas em torno da praça. ii. de vestido amassado no pico da montanha (o ponteiro dos segundos rabisca o silêncio): — não sou felice, sorria com calma, de dedos trêmulos – é uma relação virtual, eu vibro como esta estrada – olhos de gato no escuro concreto, do banco da frente nem suspeitava da perseguição. nem suspeitava das vozes que vêm do oceano (algum barco ainda aguarda na enseada?) 1 1

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