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1932 - São Paulo em Armas! PDF

153 Pages·2013·1.43 MB·Portuguese
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2ª Edição em E-book Revista, corrigida e ampliada pelo autor. ÍNDICE INTRODUÇÃO PANORAMA DA SITUAÇÃO PRÉ 1930 OS PRINCIPAIS GRUPOS DE OPINIÃO A Revolução de 1930 e o seu desenrolar em São Paulo A Revolução de 30 em São Paulo A Revolução de 30: a Revolução Traída (Visão do P.D.) Revolução de 30: Invasão de São Paulo (Visão do P.R.P.) A REVOLUÇÃO DE 32: OS PRINCIPAIS EVENTOS O NOVE DE JULHO O DESDOBRAR DAS POSIÇÕES CONSTITUIÇÃO DITADURA FRENTE ÚNICA O MOVIMENTO DE 1932: DIFERENTES VISÕES VISÃO OPERÁRIA: ESQUERDAS VISÃO DAS OLIGARQUIAS FAVORÁVEIS À DITADURA A VISÃO DOS TENENTES A REVOLUÇÃO DE 1932: JUSTIFICATIVAS DA GUERRA A NOBREZA DE UM IDEAL A CRISE ECONÔMICA TRAZER O BRASIL NOVAMENTE À PAZ E À NORMALIDADE A LUTA DO BEM CONTRA O MAL OS TÓPICOS EM SI A QUESTÃO SEPARATISTA TRADIÇÃO BANDEIRANTE O DESDOBRAR DA ARGUMENTAÇÃO OS MEIOS DE DIVULGAÇÃO CONCLUSÃO INTRODUÇÃO Tendo passado mais de oitenta anos da chamada Revolução Constitucionalista, pouca gente sabe o que aconteceu em São Paulo naquele inverno de 1932. Hoje, a população paulista vê em suas cidades, ruas e avenidas marcos que remetem aos episódios de 1932. Que cidade do estado não possui uma rua 23 de maio ou uma avenida 9 de julho? Há alguns anos, o dia 9 de julho voltou a ser feriado em São Paulo. Que teria acontecido de tão importante nesta data? Neste livro, pretendemos apresentar a Revolução Constitucionalista, evidenciando suas causas, bem como o desdobrar dos seus acontecimentos. As diferentes visões sobre o movimento também serão abordadas. Espero que com a leitura deste livro, o leitor tenha mais elementos para analisar por que comemoramos o 9 de julho em São Paulo. PANORAMA DA SITUAÇÃO PRÉ 1930 Os anos que vão de 1889 (Proclamação da República) até 1930 (Revolução de Outubro), a chamada República Velha, foram marcados, entre outras coisas, pela predominância na política nacional dos interesses da oligarquia cafeeira. Neste período, São Paulo e Minas Gerais, os principais produtores de café no Brasil, alternavam-se a cada quatriênio no governo da República, fato que ficou conhecido como "Política do Café com Leite". Estados de menor expressão econômica apoiavam, por meio de seus representantes no Congresso, os atos do Presidente da República, que, em troca, comprometia-se a não interferir em questões políticas locais (Política dos Governadores). Voto aberto, fraudes eleitorais, adulterações de toda espécie e tipo, concorriam para que a chapa oficial fosse sempre vencedora nos pleitos. Com o apoio dos líderes políticos de um número de Estados suficiente para assegurar a maioria eleitoral, o candidato indicado, amparado pelo regime vigente, temia pouco a derrota. Tendo apoio assegurado no Congresso, o Presidente da República podia se dedicar à aplicação de seu plano de governo que, muitas vezes, não estava de acordo com os anseios da nação e do povo como um todo. Segundo Barbosa Lima Sobrinho, tal dissídio de interesses entre o governo e o povo se acentuaria entre os anos de 1922 e 1930.[1] Arthur Bernardes (1922-1926), que no processo de sucessão a Epitácio Pessoa teve seu nome vetado pelo Rio Grande do Sul, encontrando forte resistência popular à sua candidatura, acentuou em seu governo o descontentamento generalizado com relação ao status quo. O governo Bernardes foi marcado por medidas de caráter antipopular. Basta dizer que, no seu quatriênio, ele governou o Brasil sob estado de sítio por três anos. Além disso, promoveu a reforma constitucional no sentido da restrição de garantias jurídicas dos direitos individuais, bem como aconselhou a pena de morte, em declaração solene, nas mensagens presidenciais. Como sucessor de Arthur Bernardes, Washington Luís (1926-1930) tinha como um dos principais planos a reforma financeira. A ideia era manter o câmbio baixo. Estabilizar, e não valorizar, devia ser o lema brasileiro. No início de dezembro, 18 dias após a posse do Sr. Washington Luís, o projeto de reforma monetária dava entrada na Câmara dos Deputados, pela mão do Sr. Júlio Prestes, líder da maioria. Duas semanas foram suficientes para que o projeto recebesse a chancela do legislativo, convertendo-se na lei n° 5.108, de 18 de dezembro de 1926. A insistência em se manter a moeda brasileira sob uma taxa fixa de câmbio acabaria por descontentar parte dos cafeicultores, pois provocava no setor exportador uma receita decrescente, à medida que caíam os preços do café no exterior. Provocava-se, desta forma, uma divisão no seio do setor agrário-exportador, o qual não via com bons olhos a candidatura de Júlio Prestes. Como candidato oficial do governo, daria continuidade à política econômica do Sr. Washington Luís. As opiniões divergentes entre os cafeicultores, aliadas ao descontentamento generalizado do povo e parte do exército com a política dos últimos presidentes, foram fatores determinantes para o sucesso do movimento desencadeado em outubro de 1930.

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Após mais de 80 anos da chamada Revolução Constitucionalista, hoje quase ninguém sabe o que aconteceu em São Paulo naquele inverno de 1932. A população paulista vê em suas cidades ruas e avenidas que remetem aos episódios de 1932. Que cidade paulista não possui uma rua 23 de maio ou uma av
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