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09 Fun. - ABD PDF

29 Pages·2014·3.53 MB·Portuguese
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CONCEITUAL 4 1 0 2 O R EI N A /J 3 1 0 2 #09 O R B M E Z E D f UN Referência Referência em romantismo. em gostosura. D&D. O maior e mais completo shopping de decoração e design da América Latina. Existem várias referências no mundo. E no mundo da decoração e do design existe o D&D Shopping. O D&D Shopping foi o primeiro a reunir em um único lugar o que há de melhor em decoração e design. São 90 lojas conceituadas e praça de alimentação com diversas opções gastronômicas. O D&D reúne as mais importantes marcas do segmento, tornando-se referência em sofisticação e bom gosto. Visite o D&D Shopping. Referência em Decoração e Design. Referência em carinho. www.ded.com.br ddshopping dedshopping Av. das Nações Unidas, 12.555. De segunda a sexta das 10 às 22h. Sábado das 10 às 20h. Domingo e feriados das 14 às 19h. DD2520_AF_Anuncio Institucional_42x28.indd 1 03/05/13 14:15 AF_AN_ER_PORT_42x28.pdf 1 10/2/13 4:35 PM 11-14 MARÇO 2014 SÃO PAULO C M Y EXPOREVESTIR.COM.BR CM MY CY CMY A FASHION WEEK K DA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO PROMOÇÃO APOIO EVENTOS CONJUNTOS ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO * EDITORIAL CONCEITUAL #09 DEzEMBRO 2013/JANEIRO 2014 Publishers André Poli e Roberta Queiroz Conselho Editorial Renata Amaral, Carolina Szabó, Jéthero Cardoso, Roberto Negrete, Alex Lipszyc Diretora Executiva ABD Maria Cecília Giacaglia Edição e Direção de Arte Marcos Guinoza Redação Marcella Aquila Colaboradores Amer Moussa, Bruno Moreschi, João Antonio Lourenço Revisão Luciana Sanches Jornalista Responsável Marcos Guinoza MTB 31683 Publicidade Diretor Comercial Marcelo Damado [email protected] VELVET EDITORA LTDA DEZEMBRO 2013/JANEIRO 2014 C#O09NCEITUAL 11 3082 4275 www.velveteditora.com.br * ABD Associação Brasileira de Designers de Interiores f UN www.abd.org.br Piero Fornasetti Receita de Ano Novo TRIÊNIO 2013/2015 Presidência: Renata Duarte Amaral “Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome/ você, meu caro, tem de merecê-lo...” (Carlos Drummond de Andrade) Vice-presidência: Marcia Regina de Souza Kalil, Ricardo Caminada, CAPA Design divertido, lúdico, Bianka Mugnatto, Jéthero Cardoso Miranda Amigos, radical é o tema da nona edição da ABD Conceitual. Conselho Deliberativo - Membros Efetivos: Carolina Szabó (SP), Carlos Alexandre O ano de 2013 está chegando ao fim. É época de re- Drummond! Sentido é o que mais damos; delicado e gentil aos Dumont (MG), Paula Neder de Lima (RJ), Francesca Alzati (SP), Silvana Carminati (SP), novação, de dar um tempo para refletir sobre nossas conquis- bem-vindos clientes e sua infinita ansiedade. Mauricio Peres Queiroz dos Santos (SP), Luiz Saldanha Marinho Filho (RJ), Alexander tas recentes e preparar o corpo e o espírito para as batalhas Drummond: “...para você ganhar um ano não apenas pin- Jonathan Lipszyc (SP), Renata Maria Florenzano (SP), Jaqueline Miranda Frauches do novo ano que começa. tado de novo... Mas novo nas sementinhas do vir-a-ser...”. (MG), Rosangela Larcipretti (SP), Joia Bérgamo (SP), Flavia Nogueira da Gama Chueire E, para terminá-lo de bem com a vida, esta edição da Minha interpretação: pintamos, e pintamos de novo, em (RJ), Lucy Amicón (SP), Elisa Gontijo (SP) ABD Conceitual vem recheada de alegria e surpresas. Sen- cada projeto, em cada solução trabalhada. Acreditamos, vibramos Conselho Deliberativo - Suplentes: Nicolau da Silva Nasser (SP), do assim, apropriei-me, com bom humor, de um poema de e, finalmente, lá está ela, às vezes menos, às vezes mais, a tão es- Paula Almeida (SP). Drummond, que elaborou uma “Receita de Ano Novo” a ser perada realização. Conselho Fiscal - Membros Efetivos: Fabianne Nodari Brandalise (PR), Catia Maria Bacellar (BA), Maria Fernanda Pitti (SP), Delma Morais Macedo (BA) lida e relida sempre. Drummond: “...(a começar pelo seu interior)... Que de tão Conselho Fiscal - Suplente: Daniela Marim (SP). Vejam só o que ele sugere, por exemplo, para se ga- perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, Consultor: William Bennett nhar um belíssimo ano novo: se compreende, se trabalha...”. Drummond: “...você não precisa beber champanha Minha interpretação: viu como ele estava falando conos- ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber co, os designers de interiores? E ainda é solidário: diz que um Sugestões mensagens...”. trabalho tão bom nem se nota, pois é ali, lá, onde você tocou e [email protected] Minha interpretação: está nos dizendo para não encher fez a diferença, que nossa realização está, comovendo e dando a tanto a cara e gastar menos tempo nos e-mails e torpedos! certeza de um ano ainda melhor! Selo ulgação o tempoD rjáu mvivmidoon (dm: “a..l. Avnivoid noo tavolv esze mou c soemmp saerançtiãdoo )c..o.”.m todo Para todos, um feliz ano novo. Odos sa artuigtoorse ass es innãaod ores flseãtoe dme ae oxcpluinsiãivoa dreas rpeovnisstaab.ilidade oto Div Minha interpretação: “Sem sentido”, meu caro Renata Amaral, presidente da ABD f 6 ABD CONCEITUAL DEz 2013/JAN 2014 * SumáRIO A viagem começa quando Gabriel 11 3063-5603 Jardins 11 3885-9917 Moema 11 5505-3826 Lar Center 11 2252-3063 você c hega Giovanni Gronchi 11 3746-7044 E-commerce: espacotil.com.br em casa. 12 | PARECE, mAS NãO é 18 | VAI ChOVER PuRPuRINA Ilusão de óptica: a realidade e o sonho em O kitsch virou pop, virou cult e não disfarça, não [+] obras que iludem o olhar se preocupa com o julgamento alheio 10 | VITRINE Design cheio de graça: divertidos, estranhos, inusitados, incompreensíveis 36 | é PRECISO ESTAR ATENTO As propostas lúdicas e desobedientes do arquiteto japonês Sou Fujimoto 40 | A INVENçãO DA INfâNCIA Foi durante o século 20 que as crianças deixaram de ser tratadas como pequenos adultos e ganharam significado próprio 22 | ThE wAy yOu LIVE 26 | ALOhA! Amanda Talbot: “Estamos passando por um Decoração tropical, cultura tiki e a obra de cores 54 | fORmAS fEmININAS momento de anarquia residencial” vibrantes do californiano Casey Gray O fetiche pop do artista plástico britânico Allen Jones, criador da série de móveis- esculturas Chair, Table e Hat Stand 32 | INCLASSIfICáVEL 46 | ABREm-SE AS CORTINAS Piero Fornasetti: nem op, nem pop, nem A grandiosidade das casas de ópera registradas surrealista, mas tudo isso ao mesmo tempo pelo fotógrafo americano David Leventi D E C O R A Ç ÃO D O O R I E N T E E M U I T O M A I S . 8 ABD CONCEITUAL DEz 2013/JAN 2014 www.espacotil.com.br Você também encontra o Espaço Til no : www.facebook.com/espacotil TIL15692009-AnMuralhaChina_RevABD_21x28.indd 1 11/27/13 5:09 PM * VITRINE oh! 1 7 Design cheio De graça: DivertiDos, estranhos, inusitaDos, lúDicos, incoMPreensÍveis, surPreenDentes 8 2 9 10 11 O quE é, O quE é 1 Banco B085, Desfiacoco, madeira multilami- 3 nada, revestida com laca fosca e aplicação de grafismos, 42 L x 45 P x 45 H, na Estar Móveis 2 Aparador Diva, Ibride, de madeira, 76 H x 60 L x 25 P, na Benedixt 3 Estante Iron Joe, Ibride, de madeira laminada,155 H x 206 L x 86 P, na Bene- dixt 4 Estante de parede para livros Bel-Ami, MDF impresso, 66 x 48 x 14 cm, na Benedixt 5 Paliteiro Bunny, Alessi, de resina termoplástica, na Benedi- xt 6 Cadeira Her, Casamania, polietileno com pin- tura laqueada, 49,5 L x 61,5 D x 87 H, na Benedixt 7 Almofada A428, com enchimento de tecido Suede, estampado com gatos e cachorros, 43 L x 43 P, na Estar Móveis 8 Almofada A494, com ilustração vintage, forrada com fibra siliconada de poliéster, 30 L x 41 P x 10 E, na Estar Móveis 9 Porta-recado Pino, Matéria Amorim, aglomerado de cortiça,12 D x 22 H, na Benedixt 10 Cadeira Vintage, de madeira entalhada, 60 x 55 x 82 H, na Kcase 11 Mesa Bamileke Miçanga Leopardo, 35 x 35 x 35 H, madeira e miçanga, na Katmandu 12 Pufe A464, com estampa em pixel, que faz alu- são à pelagem do animal, na Estar Móveis 4 5 6 12 Endereços: Katmandu Rua 25 de Março, 509, Centro, São Paulo, tel. (11) 3322-1900 Estar Móveis Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.080, São Paulo, tel. (11) 3081-9036 Benedixt Rua Haddock Lobo, 1.584, São Paulo, tel. (11) 3081-5606 Kcase Al. Gabriel Monteiro da Silva, 271, São Paulo, tel. (11) 3081-6562 10 ABD CONCEITUAL DEz 2013/JAN 2014 * ILuSãO DE óPTICA PARECE, mAS NãO é a realiDaDe e o sonho eM obras que iluDeM o olhar PoR JOãO ANTONIO LOuRENçO yarte Dalston House | leandro erlich | Argentina Subindo pelas paredes Instalação convida o público a “escalar” a fachada de um prédio CONhECIDO POR BRINCAR com a ilusão de óptica em mente e refletida por um imenso espelho com inclinação de suas obras, Leandro Erlich é o artista argentino com maior 45 graus. O jornal britânico The Guardian comparou a experi- destaque internacional na atualidade. Virou artista por acaso. ência de o público poder “escalar” a fachada de Dalston House “Minha família nunca teve dinheiro, mas meus pais sempre com as peripécias do personagem homem-Aranha. me apoiaram. Na adolescência, fui para a Europa com meus Utilizando elementos da arquitetura de cada lugar, irmãos e isso abriu a minha cabeça. Quando voltei, mesmo a obra passou por Paris, Buenos Aires, Linz, entre outras sem saber o significado da minha escolha, decidi ser artista.” cidades. Erlich, com seu trabalho, diz que procura manter “as Desde então, Erlich já passou pelas bienais de Istam- pessoas acordadas”, sem delimitar caminhos. “O público não bul, Xangai, São Paulo e Veneza. Seus trabalhos pertencem a pode ser continuamente subestimado. Acredito em partici- diversas coleções, públicas e privadas. Obras que desafiam a pação, e busco engajar as pessoas em uma experiência que perspectiva do público são o seu forte. Pense em uma piscina seja interpretativa.” com água falsa (Piscine) ou em um sofá que, na verdade, é O artista constrói realidades alternativas, representa- um bolo que replica uma das mais importantes criações do ções de sonhos e desejos, e defende que “a realidade pode ser arquiteto alemão Mies van der Rohe (You Can’t Have Your pesada, mutável, subjetiva, objetiva, natural ou construída. Em Cake and Eat It Too). última análise, realidade é objeto de manipulação. Ela também O mais recente projeto de Erlich é a instalação Dalston pode ser tudo aquilo em que queremos acreditar.” House. A obra foi apresentada no Festival de Arquitetura de Dalston House não tem previsão para vir ao Brasil. Mas Londres de 2013, no qual foi exposta em um terreno abando- obras de Leandro Erlich, em sua terceira individual no país, nado desde a Segunda Guerra Mundial, no bairro de hackney. podem ser vistas na galeria Luciana Brito, em São Paulo, até a Dalston House é composta por uma fachada de casa no estilo primeira quinzena de janeiro de 2014. fo vitoriano, de três andares, que é instalada no chão horizontal- # leandroerlich.com.ar to gar Po w ell-evan s ydesign Coleção Canvas | naoki ono e Yuki Yamamoto | Japão Acrilic on canvas Poltronas ou telas? As duas coisas ao mesmo tempo NAOKI ONO E YUKI YAMAMOTO, formados em design espacial sionais é revestido por um tecido elástico esticado dentro de e industrial, conheceram-se por meio de um amigo em co- uma armação de alumínio e madeira. mum. Não demorou muito para o duo perceber que compar- Ao repensar a nova forma de consumo, o estúdio fotos Yasuko furukawa tilhava das mesmas ideias sobre design. Em 2011, seguindo o YOY explora os limites entre arte e design. “Estamos tentando conceito de criar uma nova linguagem entre espaço e objeto, criar modelos que permitam que as pessoas sintam alegria. abriram o estúdio YOY. “Como criadores, acreditamos que Em proporções diferentes, o design já faz parte de nossa vida toda informação precisa ser filtrada e questionada. Sentimos cotidiana, ele está deixando de ser considerado algo supérfluo. falta de um tempo em que sabíamos menos. O excesso de Portanto, gostamos de sugerir objetos que deixem a vida das tecnologia diminuiu a sensibilidade dos sentidos.” pessoas mais leve e divertida.” Soluções simples e lúdicas, como prateleiras invisíveis Podendo ser utilizada tanto como mobiliário funcional em forma de papel A4 e cadeiras que imitam telas de pintura, quanto arte decorativa, a coleção Canvas ilude, subvertendo a representam o DNA da dupla. realidade que, segundo a dupla, “pode ser moldada de acordo As cadeiras, apresentadas no último Salão de Design com as nossas vontades”. Disponível em três formatos – ca- de Milão, constituem a coleção Canvas. “Sempre pensamos deira, poltrona e sofá – a coleção tem previsão de chegar ao em algo entre duas coisas distintas, como ficção e realidade. mercado no primeiro semestre de 2014. Canvas surgiu da necessidade de uma cadeira que ficasse Lá no Japão, mais especificamente na inquieta Tóquio, entre o 2D e o 3D. Queríamos um objeto que não fosse des- Naoki e Yuki seguem rabiscando ideias que brincam com a vendado no primeiro olhar.” O conjunto de peças bidimen- percepção de realidade. # yoy-idea.jp yurbanismo mark’s house | two islands | Inglaterra Casa flutuante Espaço homenageia famílias americanas que perderam suas casas na crise de 2008 O COLETIVO LONDRINO TWO ISLANDS surgiu da escassez gem ao morador fictício, Mark Flint, cuja família perdeu tudo de soluções criativas para os problemas urbanos. Iniciado para o banco.” em 2012, pelos amigos William Villalobos e Cesc Massanas, o Para passar a impressão de leveza, Mark’s house fica grupo, que ainda tem o engenheiro ambiental Tomas Selva, suspensa no topo de um pedestal espelhado. A fachada, defende o design funcional. “Fomos treinados como desig- revestida de painéis reflexivos, alterna-se com as mudanças ners e arquitetos. Não nos consideramos artistas. No entanto, de temperatura e luz. Para aliviar o clima seco da cidade, o tentamos fugir do convencional. Design deve tocar os nervos pavilhão flutuante também conta com uma estrutura com e criar novos diálogos. Deve ser mais do que algo bonito. É um 1.500 litros de água, que se transformam em spray para refri- processo de estimulação.” gerar o ambiente. “Não estávamos interessados somente em Apesar do pouco tempo de existência, o Two Islands criar uma boa ilusão de óptica. As superfícies refletoras, por já propôs conceitos arquitetônicos e urbanos para grandes exemplo, serviram para mostrar que toda casa é um reflexo centros, como Londres e Cidade do México. Mark’s house, da cidade ao seu redor. Mark’s house ‘flutua’ para lembrar a o último projeto do coletivo, venceu a competição de lotes importância de ter algo pairando sobre sua cabeça.” públicos do governo de Michigan, nos Estados Unidos. O ob- Durante o último verão americano, a casa em estilo jetivo do projeto foi oferecer um espaço dinâmico e agradável, Tudor de 28 metros de altura ficou em exposição no centro promover o turismo e, também, a revitalização urbana da antigo de Flint. Após finalizarem esse projeto, os integrantes pequena Flint, cidade do meio-oeste americano. do coletivo concluíram que é necessário mais parcerias Após a crise financeira de 2008, essa região ficou entre designers e governos. “Políticos, em sua maioria, são desvalorizada. Apenas em Flint, mais de 2 mil residências treinados apenas para ver números e seguir regras. Falta perderam seus donos. “Mark’s house representa perda, aban- uma visão ampla do bem-estar da sociedade. Ou seja, essas dono e a importância do conforto. Conhecemos cidades que parceiras poderiam colaborar para uma sociedade estetica- passaram por situações semelhantes. Não demorou muito mente mais agradável.” para dar início aos rabiscos. O nome da casa é uma homena- # twoislands.net fo to s Divu lgação * KITSCh David LaChapelle: Death by hamburger, 2001. Na página ao lado, All You yDAVID LACHAPELLE Can Eat, 2002. Imagens publicadas no livro LaChapelle: heaven to hell I, 2006 , 344 páginas, editora Taschen (taschen.com) Alguns costumam chamar esse fotógrafo norte-americano de “Fellini da fotografia”. Suas imagens são obrigatoriamente muito coloridas e podem trazer de cachorros-quentes infláveis gigantes a nomes famosos como Madonna, Eminem, Pamela Anderson, Uma Thurman, David Beckham, Paris hilton, Leonardo DiCaprio, Britney Spears e Rihanna. # davidlachapelle.com vai chover ANTES DE ENTRAR NO MUNDO de abajures de penas de pavão e de razão que não a de ser exagerada. A atriz espanhola de nariz de tu- jarros em formato de abacaxi, um aviso importante vem das páginas cano e rosto assustadoramente marcante é o kitsch em forma de ser de um livro que, apesar da capa pouco chamativa, é considerado a humano. Almodóvar diz que soube que ela seria a Atriz de seus filmes purpurina bíblia do kitsch. Em The Artificial Kingdom: On the Kitsch Experience, a assim que a viu pela primeira vez. “Lembrei dos quadros cubistas de Pi- historiadora Celeste Olalquiaga apresenta o resultado de anos de pes- casso”, contou o diretor em uma entrevista ao jornal El País. “Ter Rossy quisa que engrandece o universo kitsch e cala a boca dos conserva- de Palma em meus filmes é mais forte do que ter minha assinatura nos dores protegidos em seus ternos monocromáticos. Logo no primeiro créditos iniciais. Mostrá-la ao público é explicar o que é o meu cinema.” capítulo, a autora dispara: Não por acaso, a atriz também é presença constante em desfiles de “É preciso esclarecer que kitsch e mau gosto são atitudes e Jean Paul Gaultier e Thierry Mugler. modos de vida distintos. O mau gosto é um ato inconsciente: a pessoa, Mais difícil do que entender o rosto truncado de Rossy de o quadro, a música jamais quiseram ser assim chamados. Ou alguém Palma, no entanto, é saber de fato como o termo kitsch surgiu. Sabe- O kitsch virou pop, virou cult e vem transformando o mundo em um conhece aqui algum pintor que diz adorar fazer ‘quadros de mau gos- mos sua origem: é invenção dos alemães. Mas daí em diante come- grande jardim habitado por flamingos de plástico to’? Já o kitsch tem muitos dos elementos do chamado mau gosto, ça a confusão. Alguns estudiosos afirmam que a palavra surgiu entre mas não disfarça, não se preocupa com o julgamento do público. Ser pintores da Alemanha em torno de 1870. Mais especificamente, entre PoR BRuNO mORESChI kitsch é escolher ser exagerado, chamativo, bizarro. O kitsch tem cons- um grupo de artistas que costumavam pintar paisagens com cores ciência do que é. E mais: se orgulha muito disso.” diferentes das reais: lago de águas rosas-choque, floresta de árvores Pedro Almodóvar, o rei kitsch do cinema, não escolheu Rossy azul-calcinha e o sol emanando raios luminosos de todas as cores. de Palma para ser sua musa (bem antes de Penélope Cruz) por outra Já grande parte dos linguistas associam o kitsch a uma anti- 18 ABD CONCEITUAL DEz 2013/JAN 2014

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chamado jenga, a casa repousa no tranquilo vilarejo de Kumamoto, no Japão . crianças, como Friedrich Fröbel, Maria Montessori e Rudolf Steiner, além de
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