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0 QUE OS COMPUTADORES NÃO PODEM FAZER: Crítica da Razão Artificial PDF

300 Pages·1975·12.697 MB·English
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I fafich/ufmg^bíblioteca] 0 QUE OS COMPUTADORES NÃO PODEM FAZER Crítica da Razão Artificial - Prefácio de ANTHONY OETTINGER ' fie. 4 20 'Olílof/fy I I iiiiiHiiiiiiiiniiiiiiiiiiiiii k 507098807 - A CASA DO LIVRO ELDORADO S.A. Rio de Janeiro 1975 Título do original em inglês: WHAT COMPUTERS CAN’T DO (A Critique of Artificial Reason) Copyright © 1972 por Hubert L. Dreyfus Utilizou-se o seguinte material, com permissão: A ilustração da página 7, de Computers and Thought, de autoria de Feigenbaum e Feldman. Copyright 1963 por McGraw- Hill, Inc. Utilizada com permissão de McGraw-Hill Book Com­ pany. As citações do Capitulo 2, de Ross Quillian, republicadas de “Semantic Memory”, in Semantic Information Processing, editada por Marvin Minsky por permissão da Imprensa do M.I.T., Cambridge, Massachusetts. Copyright 1968 pelo Massachusetts Institute of Tecnology. As citações do Capítulo 2, de Thomas G. Evans, republi­ cadas de “A Program for the Solution of a Class of Geometric- Analogy Intelligence Test Questions” in Semantic Information Processing, editada por Marvin Minsky por permissão da Im­ prensa do M.I.T., Cambridge, Massachusetts, Copyright 1968 pelo Massachusetts Institute of Technology. As citações do Capítulo 7, de Anthony Oettinger, republi­ cadas de American Documentation, julho 1968, vol. 19, n.° 3, pág. 295-298, com sua permissão. Copyright 1968 pela American jety for Information Science, 1140 Connecticut Avenue, z' Washington, D.C. 20036. biblioteca obiwersitaria a (f ü F M .6 c 5070588-07 :4s Todos os direitos reservados para a língua portuguesa pela A CASA DO LIVRO ELDORADO S.A. Rua da Quitanda, 27 Rio de Janeiro — Brasil 1 A meus pais Sumário Prefácio ..................................................................................... If Agradecimentos .......................................................................... 15 Introdução ............................................................................. 17 l.a Parte. Dez Anos de Pesquisa no Campo da Inteli­ gência Artificial (1957-1967) ..... 43 1. l.a Fase (1957-1962) Simulação Cognitiva I Análise do Trabalho nos Campos da Tradução de Idiomas, da Solução de Problemas e do Reconhecimento de Padrões .......................... 45; II A Importância Fundamental do Fracasso na Ten­ tativa de se Lograrem Resultados Previsíveis ... 56 2. 2.° Fase (1962-1967) Processamento da Informação Semântica .................................. 92 I Análise de Programas de Processamento de In­ formação Semântica ........................................... 94 II Significação das Dificuldades Atuais .................... 110' Conclusão ........................................................................... 113 2. ’ Parte. Pressupostos que Sustentam o Otimismo Per­ sistente .......................................... 117 Introdução ........................................................................ 1191 3. O Pressuposto Biológico .........................................................123 4. O Pressuposto Psicológico ............................................... 128 r ■i I Prova Empírica para o Pressuposto Psicológico da Metodologia Científica da Simulação Cognitiva 135 II Argumentos a priori para o Pressuposto Psico­ lógico ................................................................ 140 .5. O Pressuposto Epistemológico ....................................... 157 I Um Argumento Equivocado Produzido pelo Êxito da Física .................................................... 160 II Um Argumento Equivocado Produzido pelo Êxito da Lingüística Moderna .................................... 166 <6. O Pressuposto Ontológico .............................................. 177 Conclusão .......................................................................... 199 .3." Parte. Alternativas dos Pressupostos Tradicionais .. 203 ■ Introdução ......................................................................... 205 7. O Papel do Corpo Humano no Comportamento Inteligente ................................<...................................... 209 ■8. A Situação: Comportamento Ordenado sem Recorrer a Regras ........................... 234 '9. A Situação como Função das Necessidades Humanas 254 Conclusão ..................................................... 264 •Conclusão: O Âmbito e os Limites' da Razão Artificial .. 267 'Os Limites da Inteligência Artificial ................................. 269 O Futuro da Inteligência Artificial ................................. 276 INotas ........................................................................................... 295 A diferença entre a mente matemática (esprit de géo •métrie) e a mente perceptiva (esprit de finesse): A razão pela qual os matemáticos não são perceptivos é que eles não vêem o que está diante deles e que, acostumados aos princípios exatos e planos da matemática, e só racioci­ nando após inspecionarem e darem uma disposição a seus princípios, perdem-se em questões de percepção em que os princípios não possibilitam tal disposição... Tais prin­ cípios são de tal ordem sutis e numerosos que se torna necessária uma sensibilidade delicadíssima e bem clara para percebê-los... e para proceder-se a um juízo correto e justo quando são percebidos, sem ser possível demons­ trá-los numa determinada ordem, em sua maioria, como na matemática, porque os princípios não se revelam para nós do mesmo modo e porque seria um problema infin­ dável assim proceder-se. Devemos ver a questão imedia­ tamente, de um só olhar, e não por um processo de racio­ cínio, pelo menos até certo ponto... Os matemáticos de­ sejam enfocar as questões de percepção matematicamente, tornando-se ridículos, consequentemente ... a mente ... fá-lo de modo tácito, natural, sem regras técnicas. — Pascal, Pensées. 9 Prefácio Ao escolher a inteligência artificial como tema de dis- secção, Hubert Dreyfus procedeu a uma pesquisa de alta importância pública. Este ramo da ciência é considerado por seus praticantes como a base de versões muito mais poderosas da tecnologia do computador já disseminada em nossa sociedade. Como pode observar quem quer que leia a imprensa diária, muitas pessoas se dilaceram entre esperanças e temores criados pelos computadores digitais, por elas considerados ultra-incompreensíveis e cuja im­ portância, conseqüentemente, não podem avaliar. Mas, assim como a ciência reivindica o apoio público, seme­ lhantemente o público reivindica a análise crítica da ciência. Dreyfus atende a todos ao aventurar-se num campo técnico hermético no papel de um crítico leigo, um filó­ sofo profissional investido da missão de questionar e ana­ lisar os fundamentos do conhecimento. Longe, portanto, de evitá-lo como um intruso desagradável ou de fustigá-lo com invectivas acrimoniosas, a inteligência artificial deve dar as boas-vindas a Dreyfus, sacar sobre suas corretas introspecções, e corrigi-lo publicamente, de modo cortês, mas igualmente firme quando desentendimentos ou in- compreensões possam viciar-lhe a lógica. Dreyfus levanta questões importantes e fundamentais. Poder-se-ia esperar, portanto, que os alvos de suas críticas reagissem com maior inteligência humana do que quando simplesmente gritaram em resposta a suas Investidas iniciais. Os itens postos em questão merecem sérios debates públicos. São 11 demasiado científicos para serem relegados aos filósofos, e demasiado filosóficos para serem relegados aos cientistas. Dreyfus vê torturadamente um lento progresso em todo trabalho fundamental referente à inteligência artifi­ cial. Isto é interpretado mais como um sinal de barreiras impenetráveis do que como o preço normal para a supe­ ração de gigantescas dificuldades técnicas e conceptuais na senda do êxito inevitável. Vê a inteligência artificial como que limitada por seu pressuposto de que o mundo é explicável em termos de conceitos atomísticos elemen­ tares, numa tradição que remonta aos gregos. Esta in- trospecção desafia não apenas a ciência e a tecnologia contemporâneas como também alguns fundamentos da fi­ losofia ocidental. Ele põe em cheque a função básica que as regras desempenham nas idéias assentes do que cons­ titui uma explicação científica satisfatória. Ataca esse ponto com maior intensidade do que a capacidade em princípio dos computadores digitais — limitados que são à obediência às regras — de demonstrar um tipo de inte­ ligência que, segundo sua análise, não pode ser explicado segundo as regras kantianas. O autor é moderno demais para formular suas ques­ tões de um ponto de vista segundo o qual o homem e a mente estão como que apartados do universo físico, fora, portanto, do alcance da ciência. Muito pelo contrário, expõe explicitamente seu pressuposto segundo o qual “não há motivo por que, em princípio, não se pudesse cons­ truir um agente artificial corporificado se se utilizassem componentes em número suficiente semelhantes àqueles que constituem um ser humano”. Em vez disso, assi­ nala que suas questões “só são filosoficamente interessan­ tes se nos restringirmos a indagar se tal robô pode ser feito utilizando-se um computador digital”. Aspecto bas­ tante curioso, em se tratando deste tecnólogo, é que os próprios argumentos filosóficos de Dreyfus induzem-no a considerar os computadores digitais limitados não tanto por serem destituídos de uma mente, mas por não possuí­ rem um corpo. Esta conclusão emerge do contraste entre a capaci­ dade dos seres humanos de “acertar no alvo” em aspetos importantes de seu ambiente, desprezando, ao mesmo tempo, miríades de irrelevâncias, e a dificuldade gigan­ tesca (e admitida) da inteligência artificial de determinar 12 o que é importante, quando o ambiente apresentado a um computador digital ainda não foi submetido artificial­ mente, de algum modo, a seu sistema. A afirmação cen­ tral deste tema é que “as pessoas experimentam os objetos existentes no mundo como já inter-relacionados e plenos de sentido. Não há justificativa para o pressuposto de que experimentamos primeiro fatos isolados, ou flagrantes de fatos, ou percepções momentâneas de flagrantes de fatos isolados, atribuindo-lhes então significado. Este o- ponto que filósofos contemporâneos, a exemplo de Hei­ degger e Wittgenstein, tentam fixar.” A dificuldade da in­ teligência artificial é, de fato, sua clara necessidade de partir — infrutiferamente — do átomo para o todo. Já as pessoas parecem realmente perceber primeiro o todo, só então analisando-o em átomos, se necessário. Isto, ex­ plica Dreyfus à semelhança de Merleau-Ponty, é conse­ quência de possuirmos corpos capazes de um domínio crescente mas não analisado de seu ambiente. Tanto a posição de Dreyfus como a da inteligência artificial podem, algum dia, ser corroboradas ou destruí­ das por novas provas da própria inteligência artificial, da psicologia, da neurofisiologia ou de outras disciplinas cor­ relatas. A menos (e até) que isto aconteça, a obra de Dreyfus representará para o leigo lúcida análise de um difícil assunto de grande interesse público. Para o cien­ tista da Cibernética, vinculado ao progresso de sua espe­ cialidade e a um conhecimento mais profundo do uni­ verso, Dreyfus apresenta vigoroso desafio à idéia genera­ lizada de que o “conhecimento consiste num imenso de­ pósito de dados neutros”. É fora de dúvida que Dreyfus não é um neutro. Anthony G. Oettinger Laboratório de Computação de Aiken, da Universidade de Harvard. 13

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