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Terra sigillata PDF

282 Pages·2013·2.46 MB·Spanish
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Índice Introdução 10 I. CHÃOS SALGADOS (MIROBRIGA?): 12 UMA BREVE INTRODUÇÃO AO SÍTIO II. ESTUDOS ECONÓMICOS EM ARQUEOLOGIA 16 CLÁSSICA: UMA SINOPSE III. TERRA SIGILLATASUDGÁLICA: CONCEPTUALIZAÇÃO 20 CERAMOLÓGICA, GEOGRÁFICA E CRONOLÓGICA 1. Conceptualização ceramológica 21 2. Conceptualização geográfica e cronológica 21 2.1.O nascimento da terra sigillata sudgálica 21 2.2.Os centros sudgálicos de terra sigillata 23 2.2.1. Grupo este: La Graufesenque, Aspiran, Jonquières/Saint Saturnin, 23 Le Rozier, Banassac 2.2.2. Grupo oeste: Montans, Crambade, Valéry, Saint-Saveur 25 IV. OBRAS DE REFERÊNCIA UTILIZADAS PARA A ANÁLISE 26 DAS FORMAS LISAS, DECORADAS E MARCAS DE OLEIRO V. METODOLOGIA DE QUANTIFICAÇÃO 30 VI. APRESENTAÇÃO DA FICHA DA BASE DE DADOS 32 DA TERRA SIGILLATASUDGÁLICA VII. CARACTERIZAÇÃO GERAL E EVOLUÇÃO 36 CRONOLÓGICA DO ESPÓLIO 1. Vernizes e pastas 37 2. Formas 38 3. Marcas 40 4. Grafitos 42 5. As importações sudgálicas no quadro das importações 42 de terra sigillata em Chãos Salgados VIII. A TERRA SIGILLATASUDGÁLICA DE CHÃOS SALGADOS 44 EM ESTRATIGRAFIA 1. Nota introdutória 45 2. Construção n.0 1 45 2.1.Descrição geral 45 2.2.Ambiente exterior norte 48 2.2.1. Terra sigillatasudgálica 48 2.2.2. A evolução do conjunto cerâmico ao longo da estratigrafia 49 2.3.Os restantes ambientes 50 2.3.1. A evolução do conjunto cerâmico ao longo da estratigrafia 50 3. O espaço entre as construções n.os 1 e 2 (encosta do museu) 56 3.1. Terra sigillata sudgálica 56 4. Construção n.0 2 56 4.1. Descrição geral 56 4.2. Terra sigillata sudgálica 57 5. Construção n.0 3 (Domus) 57 5.1. Descrição geral 57 5.2. Terra sigillata sudgálica 57 6. Área circundante à construção n.0 3 58 6.1. Descrição geral 58 6.2. Terra sigillata sudgálica 58 IX. A INTERACÇÃO 60 1. A curta/média distância: da Ilha do Pessegueiro ao Baixo Sado 61 2. A Península Ibérica 63 2.1.As produções gálicas ao longo do espaço 63 2.2.As produções itálicas, sudgálicas, hispânicas e africanas 65 ao longo do tempo 2.2.1. Os dados estatísticos 65 2.2.2. Os dados estratigráficos 66 2.3. Aspectos estruturais dos espólios 67 2.4. Distribuição de oleiros: algumas pistas 69 X. RECONSIDERAÇÕES SOBRE ECONOMIA ANTIGA: ORGANIZAÇÃO, 72 PADRONIZAÇÃO E PREÇO NA TERRA SIGILLATASUDGÁLICA 1. Organização 73 2. Padronização 75 3. Preço 76 CONSIDERAÇÕES FINAIS: ALGUNS ENQUADRAMENTOS 78 PARA ESTUDOS FUTUROS ANEXO 1 Análise das formas e oleiros sudgálicos presentes 84 em Chãos Salgados 1. Análise das formas 85 1.1. Formas lisas 85 1.1.1. Pratos 85 1.1.2. Tigelas 99 1.1.3. Taças 111 1.1.4. Marmoreadas 112 1.2.Formas decoradas 113 1.2.1. Cálice 113 1.2.2. Taças 114 2. Análise dos oleiros 130 ANEXO 2 Análise estratigráfica (Chãos Salgados) 134 1. Construção n.0 1 135 1.1. Ambiente exterior norte 135 1.1.1. Estratigrafia 135 1.2.Os restantes ambientes 137 1.2.1. Estratigrafia 137 2. O espaço entre as construções n.os 1 e 2 (encosta do museu) 142 2.1.Estratigrafia 142 3. Construção n.0 2 143 3.2.Estratigrafia 143 4. Construção n.0 3 (Domus) 143 4.1.Estratigrafia 143 5. Área circundante à construção n.o 3 144 5.1. Estratigrafia 144 ANEXO 3 Análise das formas de terra sigillata hispânica, africana, 146 ânforas e lucerna do ambiente exterior norte da construção n.0 1 de Chãos Salgados 1. Terra sigillata hispânica 147 1.1. Tritium Magallum 147 1.1.1. Formas lisas clássicas 147 1.1.2. Formas lisas hispânicas 150 1.1.3. Formas clássicas decoradas a molde 150 1.2.Andújar 150 1.2.1. Formas lisas clássicas 150 2. Terra sigillata africana 151 2.1.Terra sigillata africana A1 151 2.1.1. Hayes 9A = Lamboglia 2a 151 2.2.Terra sigillata africana A1/2 152 2.2.1. Hayes 26=Lamboglia 9b ou Hayes 27=Lamboglia 9a 152 2.3.Terra sigillata africana A2 152 2.3.1. Hayes 14 152 2.4.Terra sigillata africana C2 153 2.4.1. Hayes 50A/B 153 2.5.Terra sigillata africana C3 154 2.5.1. Hayes 50B 154 2.6.Terra sigillata africana D1 – 1.a fase 154 2.6.1. Hayes 61B 154 2.6.2. Fragmentos de fundo decorados 155 3. Ânforas 155 3.1. Produções africanas 155 3.1.1. Classe 33 (= Africana I “Piccolo”) 155 3.2.Produções béticas 156 3.2.1. Forma indeterminável 156 3.2.2. Classe 23 (= Alm. 51c = Keay XXIII) 156 3.3. Produções lusitanas 156 3.3.1. Classe 20/21 156 3.3.2. Classe 23 (= Alm. 51c) 157 4. Lucernas 158 4.1.Provinciais 158 4.1.1. Forma indeterminável 158 ANEXO 4 Quadros 160 ANEXO 5 Plantas e mapa da Península Ibérica com bibliografia 180 anexa respeitante aos sítios representados ANEXO 6 Análise do exemplar de Drag. 30 centro-gálica 188 presente em Chãos Salgados ANEXO 7 Estampas 190 ANEXO 8 Ficha da base de dados e catálogo da terra sigillata sudgálica 232 e centro-gálica de Chãos Salgados BIBLIOGRAFIA 282 Introdução Desde 1995 que temos vindo a realizar um trabalho de estudo da terra sigillataproveniente das escavações antigas e recentes do sítio de Chãos Salgados (Santiago do Cacém), o qual tem sido usualmente identificado com a Mirobrigadas fontes literárias de época clássica. No passado, vários trabalhos relacionados com esta problemática foram realizados. Fernando de Almeida anunciou o estudo dos materiais que se iam avolumando (Almeida, 1964), algo que não concretizou. O único estudo elaborado no âmbito do trabalho deste arqueólogo foi o de Maria Pereira, em 1971, sobre um pequeno lote cerâmico que englobava peças de origem itálica, sudgálica, hispâ- nica e africana. Pelo menos parte deste espólio encontra-se hoje no Museu Nacional de Arqueologia. Em 1976-1977, Luísa Ferrer Dias apresenta um estudo de classificação de um vasto espólio depositado no Museu Municipal de Santiago do Cacém, que incluía fragmentos de origem itá- lica, sudgálica e hispânica. Infelizmente, não obtivémos autorização de estudo desse espólio por parte da direcção do referido museu, pelo que nos restringimos ao estudo das peças publicadas. Em 1985, Maria L. C. Artur publica os resultados das escavações que havia coordenado na década de 50, em parceria com Afonso do Paço. De entre o espólio catalogado, encontram-se vários fragmentos de terra sigillata. Diga-se, porém, que a apresentação dos materiais é mani- festamente insuficiente. Em 1988, três fragmentos de terra sigillatafoceense tardia — depositados no Museu Municipal — são dados a conhecer por Manuela Delgado, num estudo mais vasto do actual território português. Já nos finais da década de 90, o signatário publicou dois artigos sobre terra sigillata. O primeiro, referente ao espólio descontextualizado das antigas escavações, depositado nas Ruínas Romanas de Mirobriga, que incluía um vasto conjunto de terra sigillataafricana, de Andújar, de Tritium Magallum e foccense tardia, bem como cerâmica africana de cozinha (Quaresma, 1999a). O segundo, debruçado sobre o espólio de terra sigillataafricana D, proveniente das escavações orientadas por Filomena Barata, na área do Centro Interpretativo e na Domusexistente entre a calçada e a Capela de S. Brás. O estudo da terra sigillatasudgálica surge, assim, numa segunda fase. Esperamos, com ele, apontar pistas para o conhecimento da evolução do povoado ao longo do século I d.C. Estudámos os fragmentos depositados nas Ruínas Romanas de Mirobriga, bem como outros depositados no Museu Nacional de Arqueologia — a maior parte deles descontextualizada, sendo que constitui a maioria do espólio deste trabalho — e as peças objecto de inventário nas publicações referidas. Enquanto decorria o estudo deste espólio, apercebemo-nos da origem centro-gálica de um dos fragmentos, aliás já apontada por Fernando de Almeida (1964), e decidimos incorporar as con- siderações sobre ele tecidas em anexo. As peças inventariadas neste estudo possuem a numeração constante no Inventário Geral de Miróbriga (“Mir-34-89”, etc.) ou a referência bibliográfia (“Pereira, 1971, n.02”, etc.). Quando possuem estampa no presente trabalho são referidas com o número de estampa e de inventário [“n.0112 (Mir-25-2)”, etc.]. Gostaria de agradecer os auxílios ou esclaracimentos que me foram prestados ao longo da elaboração deste trabalho, em particular ao Prof. Carlos Fabião, a quem coube a tarefa de orien- tar, mas também à Dra. Catarina Viegas e à Prof. Conceição Lopes. A Fátima Dias Pereira, pelo desenho da peça n.0305, e a José Raúl Tiago, pela digitalização da Fig. 2 do Anexo 5. Da mesma forma, devo agradecer o incentivo transmitido por amigos e colegas, como Rita Ramos, Margarida Monteiro e Paulo Mendes Pinto. Por fim, à Dra. Filomena Barata, que me deu o primeiro dos incentivos para que realizasse este trabalho. Este trabalho de investigação foi realizado enquanto bolseiro de mestrado da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Ministério para a Ciência e a Tecnologia), entre Março de 2001 e Fevereiro de 2002. INTRODUÇÃO 11 I. Chãos Salgados (Mirobriga?): uma breve introdução ao sítio O sítio de Chãos Salgados, concelho de Santiago do Cacém (ver Anexo 5, Figs. 1 e 5), ao qual se tem atribuído frequentemente o topónimo de “Castelo Velho”, termo relativo à elevação onde se ergueu o povoado da Idade do Ferro e posteriormente o forumromano, está implantado na franja ocidental da Serra de Grândola/Cercal, na unidade de paisagem a que Orlando Ribeiro denominou “Alentejo litoral com elevações” (Ribeiro, 1991, p. 188), pelo que outro aspecto fun- damental é a sua relação com a faixa costeira, distando cerca de 17 km da actual Sines (Barata, 1997, p. 40, 1998, p. 62-5). Os vários investigadores que desenvolveram actividade neste sítio identificaram-no geral- mente com o nome Mirobrigadas fontes clássicas e residiu sobretudo nesse aspecto a motiva- ção dos estudos destes autores. Recua ao século XVI, com André de Resende, a primeira descrição do sítio e estudo epi- gráfico (Barata, 1997, p. 19). As primeiras escavações foram realizadas sob a orientação de Frei Manuel do Cenáculo, nos inícios do século XIX (Barata, 1997, p. 20). Após a descrição do sítio por Leite de Vasconcelos (Vasconcelos, 1914), várias campanhas de escavação foram empreen- didas ao longo do século XX, por Cruz e Silva (Cruz e Silva, 1944, 1945, 1946), Afonso do Paço e Maria de Lurdes Costa Artur (Artur, 1983) e Fernando de Almeida, autor que consagrou vários artigos (Almeida, 1963, 1968, 1988) e uma monografia (1964). Na primeira metade dos anos 80, uma equipa luso-americana desenvolveu escavações e, após uma série de artigos par- ciais (Biers et al., 1976-1982, 1983, 1984; Biers, Biers e Soren, 1982) publicou a primeira mono- grafia com tratamento estratigráfico sobre o sítio (Biers et al., 1988). A partir da década de 90, o projecto científico das Ruínas Romanas de Mirobrigatem vindo a ser desenvolvido sob a orientação de Filomena Barata, englobando vertentes de escavação, pros- pecção e valorização (ver sobretudo Barata, 1997, 1998, 1999a, 1999b, 1999c; Quaresma, 1999b). A identificação com o nome Mirobriganão é tida como certa (Encarnação, 1996; Guerra, 1995, p. 94-95). Plínio-o-Velho refere a existência de uma Merobrica, na faixa costeira entre o Tejo e o Algarve, bem como vários oppida stipendiaria, entre os quais se incluía os Mirobrigen- ses qui Celtici Cognominantur (Barata, 1997, p. 17), embora Ptolomeu indique dois topónimos idênticos, que deveriam situar-se não muito longe um do outro (Guerra, 1995, p. 94). São dois os principais argumentos epigráficos que sustentam o debate: uma inscrição funerária, encon- trada a poucos quilómetros de Chãos Salgados, na qual consta um Mirobrigensis Celticus (Almeida, 1964, p. 15; Encarnação, 1984, p. 233), suspeita de falsificação e que, a ser verdadeira, pode até servir de argumento contrário à identificação do sítio com o topónimo clássico, já que a indicação da origo é normal fora do territorium (Encarnação, 1996, p. 134-5; Guerra, 1995, p. 95); e uma outra epígrafe, da qual, parte do texto foi desenvolvida como M(unicipii) F(lavii) M[IROBRIG(ensis)] (Encarnação, 1984, p. 230), o que constituiria uma prova de municipaliza- ção flaviana. Esta hipótese de desenvolvimento do texto é relativizada por Encarnação (1996, p. 133), apesar de uma outra epígrafe referir um Splendidissimus Ordo, o que revelaria a existência de uma estrutura municipal. Na mesma ordem de razões carece de confirmação a nomenclatura de civitaspara este povo- ado, bem como possíveis delimitações de territoriumdaí decorrentes. Segundo Alarcão (Serrão e Marques, 1990, p. 167) esse território hipotético confinaria a Sul com a civitasde Arandis, tendo o rio Mira como fronteira; a Oriente, com a civitasde Pax Iulia, tendo o rio Sado como separa- dor; e a Norte com a civitasde Salacia. A escassez de dados arqueológicos, nomeadamente quanto ao seu contexto (Ferreira et al., 1993; Soares e Silva, 1997), não permite igualmente certezas quanto à dinâmica sócio-política romana do povoado. Tido como um “santuário campestre” por Almeida (1968), detentor da tri- logia normal constituída pelo templo central, banhos e circo, foi igualmente interpretado por I. CHÃOS SALGADOS (MIROBRIGA?): UMA BREVE INTRODUÇÃO AO SÍTIO 13

Description:
xistosa, como altamente corrosiva para as cerâmicas neles depositadas. tus Ilicitanus (González Prats, 1984), Ibiza (apenas contando marcas,
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