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Termópilas 480 a.C. - A resistência dos 300 PDF

97 Pages·2010·38.851 MB·Portuguese
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E = = né i CNES ONDE: O | | Termópilas 480 a.C A Resistência dos 300 S| Nh EsP e. e NY , A Ne. ; e + Pro | Z : Ú at o o! ] E é no : - | Ra: PUBLISHING Termópilas 480 a.€. GRANDES BATALHAS Termópilas 480 a.C. A Resistência dos 300 Nic Fields Ilustrações de Steve Noon (OSPREY P UBLISHING a i m = Abreviaturas Glossário antilabe Punho de um aspis. DNb Inscrição de Dario de Nagsh-e Rustam (D) aspis Escudo argivo; escudo de forma côncava, com 80-100 em DPd Inscrição de Dario de Persépolis (d) de diâmetro, que se segurava pelo antilabe e por um DPe Inscrição de Dario de Persépolis (e) porpax. FGrHist Jacoby, F. Die Fragmente der griechischen Historiker (Berlin & Leiden, 1923-1958) capacete coríntio Capacete formado por uma unica folha de bronze Fornara Fomara, C. W. Translated Documents of Greece and Rome |: e revestido de pele; o padrão da época. i p Archaic Times to the End of the Peloponnesian War (Cambridge, 1983) doru «Lança dórica»; lança com 2-2,5 m de comprimento, r m LACTOR London Association of Classical Teachers (Associação de Professores com uma ponta de bronze ou ferro e um sauroter. a de Clássico de Londres - Documentos originais) epibates «Soldados das cobertas», hoplita que servia na marinha ç y l (pl. epibatai) numa trireme. r hilotas servos que trabalhavam nas terras dos espartanos Nota do autor a e serviam como ajudantes e tropas ligeiras na guerra. hoplitas Soldado de infantaria fortemente armado e acostumado Nos mapas e nos diagramas 3D que acompanham o texto, e a lutas ombro a ombro na falange. as forças persas aparecem em cor púrpura e as helénicas, a E knemides Caneleiras: peças de bronze para proteger a parte inferior branco. das pemas. kopis Espada pesada, com um único gume e em forma de machete, pensada para cortar. Arma secundária Nota do tradutor dos hoplitas. linothorax Corselete rígido de linho, mais leve e flexível Nalguns casos foi-nos impossível consultar a fonte original de (mas mais oneroso) que o thorax. | referências ou citações dos autores clássicos. Por este motivo, mantis Adivinho que acompanhava a falange. algumas citações grafadas entre aspas são traduções dos livros (pl. manteis) originais. othismos Fase de «empurrão com o escudo» da falange hoplita. panóplia «Armamento completo», panóplia de um hoplita. perioikoi Habitantes livres que viviam nos arredores de Esparta. Careciam de direitos políticos, mas podia contar-se com eles para o serviço militar. polis (pl. poleis) Traduzido tradicionalmente como «cidade-estado», o termo refere-se, na realidade, a uma comunidade política autónoma de helenos. porpax Braçadeira do aspis. pteruges «Plumas». Faixas sobrepostas do linothorax feitas de couro ou de linho rígido. O 2010 RBA Coleccionables, S.A. da tradução sagaris Machado de guerra dos citas que se usava com Pérez Galdós, 36 bis uma única mão, Utilizado nos exércitos persas. 08012 Barcelona (Espanha) sauroter Ponta de bronze colocada na extremidade inferior da lança. www.rbacoleccionables.com strategos General ou comandante da falange. (pl. strategoi) Realização editorial: EDITEC thorax Corselete de bronze campaniforme, confeccionado Edição; Mónica Municio, João Piroto com placas à frente e atrás, Tinha uma peculiar forma Revisão: Maria João Moreno de sino à altura da cintura e do pescoço. Paginação: Alejandra Villanueva trirreme Embarcação com três filas de remos, com um homem em cada um deles. Era o principal barco de guerra Tradução: Beta Projectos Editoriais, Lda. daquele periodo. Titulo original: Thermopylae 480 BC: Last Stand of the 300 Primera edição na Grã-Bretanha, 2007. Osprey Publishing Ltd. O 2007 Osprey Publishing Ltd. www.ospreypublishing.com ISBN Obra Completa: 978-84-473-6796-2 ISBN Volume 2: 978-84-473-6884-6 Depósito Legal: M-23.393-2010 Impressão e encadernação; Dédalo Ofiset, S.L. Impresso em Espanha, Printed in Spain São rigorosamente proibidas, sem a autorização escrita dos titulares do copyright, sob as sanções estabelecidas nas leis, a reprodução parcial ou total desta obra por qualquer meio ou procedimento, compreendendo a reprografia e o tratamento informático, e a distribuição de exemplares através de aluguer ou empréstimo público. O editor fez todos os esforços possíveis para obter as autorizações pertinentes de todo o material reproduzido neste livro. Se se verificar alguma omissão, pedimos que nos façam chegar por escrito a reclamação correspondente para corrigir o e rro. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ORIGENS DA CAMPANHA CRONOLOGIA 12 COMANDANTES EM CONFRONTO 13 Leónidas, rei de Esparta * Os reis de Esparta Xerxes, Grande Rei da Pérsia EXÉRCITOS EM CONFRONTO 21 Os gregos * Os persas PLANOS EM CONFRONTO 41 O plano grego * O plano persa INÍCIO DA CAMPANHA Jo A batalha naval de Artemísio A BATALHA DAS TERMÓPILAS 62 Os dias prévios à batalha e Primeiro dia « Segundo dia Terceiro dia e Entre a história e a lenda O DIA SEGUINTE 90 O CAMPO DE BATALHA, HOJE 93 BIBLIOGRAFIA 94 INDICE 95 INTRODUÇÃO té aos dias de hoje, a batalha com três dias de duração pelo controlo do estreito desfiladeiro das Termópilas continua a ser matéria len- W dária, uma luta heróica em que Leónidas, o rei dos espartanos (e, como ele acreditava, descendente do próprio Héracles — Hércules para os romanos —, o semideus que tinha matado um leão com as suas próprias mãos), e 300 homens especialmente escolhidos morreram heroicamente na tentativa de atrasar o avanço dos persas. Uma geração depois deste confronto de vida ou de morte surgiu entre os gregos a crença de que os espartanos, obedientes às suas férreas leis, nunca se retiraram, uma crença que surgiu da própria batalha. Portanto, não é surpreendente des- cobrir que de todas as batalhas a que os gregos chamavam «guerras médi- cas», as Iermópilas ocupem um lugar de honra e orgulho, um desses epi- sódios nos quais, por citar as palavras de Michel de Montaigne, «as derrotas triunfantes rivalizam com as vitórias» (Dos Canibais, 1580). A morte no campo de batalha era entendida como a maior das virtudes espartanas e a imagem dos bravos espartanos enfrentando as hordas persas no rochoso Busto de Heródoto (Atenas, desfiladeiro continua a inspirar os leitores modernos. Museu Ágora, | 39/5270). Na Antiguidade, o desfiladeiro das Termópilas, situado cerca de 150 km Cópia romana do original grego. a norte de Atenas e o último corredor defensível na Grécia sobre o istmo Heródoto foi o primeiro que de Corinto, estava aprisionado entre as montanhas, por um lado, e o mar, transformou os acontecimentos por outro. O desfiladeiro em si mesmo estreitava em vários pontos, e foi na do passado em tema de investigação e verificação, chamada «Porta Central», onde tempo atrás os focenses da zona tinham definição esta da palavra construído um muro defensivo que conduzia à costa, que os gregos deci- historie. O seu trabalho, diram organizar a sua resistência com os seus escudos de bronze e as suas uma verdadeira obra-prima, barreiras de lanças. O que então aconteceu foi um reflexo da máxima de é a principal fonte do desenvolvimento das guerras Arquíloco: «A raposa conhece muitos truques, o porco-espinho apenas um» médicas. (Colecção do autor) (fr. 201 West), pois uma força de cerca de 7.000 hoplitas, com Leónidas na qualidade de comandante-chefe, resistiu ao exército de Xerxes durante dois dias, até que um pastor indígena se ofereceu para guiar os persas até à reta- guarda grega por um desfiladeiro de montanha, o «caminho de Anopeia». Quando os persas atacaram, no terceiro e último dia, os gregos começa- "am a lutar com as suas lanças, e quando estas foram destruídas, empunha- NA PÁGINA ANTERIOR, Quando ram as suas espadas. Quando estas se partiram, atacaram os persas com unhas Napoleão viu a pintura Leónidas e dentes. Quando Leónidas caiu por fim, os gregos enfrentaram o inimigo nas Termópilas (Paris, Museu quatro vezes antes de conseguirem recuperar o seu corpo. Antes de os gre- do Louvre), perguntou a Jacques-Louis David por que gos oporem resistência pela última vez numa pequena colina, mataram mui razão se dera ao trabalho de tos persas «muito distintos» (Heródoto 7, 224, 93, incluindo os meios-irmãos pintar os vencidos. No entanto, de Xerxes. Os tebanos possivelmente renderam-se até ao último homem, mas o artista considerava esta pintura as setas persas aniquilaram os restantes. Quando encontrou o corpo de Leó- a sua obra-prima e, no final da nidas, Xerxes mandou decapitar o cadáver e espetar a cabeça num poste no sua vida, comentou: «Suponho que sabeis que ninguém, à campo de batalha. As Termópilas significaram um ponto de inflexão nesta excepção de David, poderia ter parte das guerras entre os persas € os gregos, na medida em que constituí- pintado Leónidas». (Esther Carré) a m a base de tudo o que iria suceder posteriormente. vin | da o E de à ORIGENS DA CAMPANHA Império Persa formou-se de forma repentina graças às vitórias de Ciro, o Grande (c. 550-530 a.€.), da mesma forma como seria destruído pouco mais de dois séculos depois, graças às vitórias de Alexandre Magno. Como todos os impérios, foi fundado sobre as ruínas de outros, mas contrariamente aos que o precederam, em vez de perma- necer confinado aos limites territoriais do Próximo Oriente, o Império Persa expandiu-se para além destes. Como vassalos dos medos, um povo da sua própria raça, os persas ocuparam os profundos vales que se esten- diam nas imediações da cidade de Anshan, a leste daquele que actual- mente continuamos a apelidar de golfo Pérsico, que naquela altura se encontrava muitos quilómetros para o interior da sua localização actual. Pársis (Fars), uma terra fechada ao mar, aprisionada entre a cordilheira de Zagros, as montanhas que separam o Irão moderno e a fronteira ira- quiana, era pobre e rochosa. Robustos montanheiros treinados no uso do arco e da flecha, os persas eram excelentes soldados de infantaria, embora necessitassem de um líder capaz de se tornar algo mais que um mero cabe- O Oriente encontra-se cilha e explorar toda a sua força e vigor. Proveniente do seu montanhoso com o Ocidente neste kylix remo, Ciro começou por vencer os medos do norte para depois se voltar ático de figuras vermelhas para oeste, para os domínios do lídio Creso (546 a.C.). Depois de se apo- (Edimburgo, Museu Real, derar do trono mais rico do mundo, o infatigável Ciro regressou a leste 1887, 213). Nele aparece um soldado de infantaria para capturar a Babilónia (539 a.C.), antes de encontrar a morte numa persa enfrentando um hoplita estranha batalha entre os masságetas das fronteiras nordestinas do seu grego fortemente protegido. império (530 a.C.). «Sou Ciro, que deu aos persas um império e foi rei da No Oriente era costume usar Ásia», reza O críptico epitáfio escrito no seu modesto túmulo em degraus. armaduras forradas de linho Para os persas daquele tempo, era suficientemente explícito. ou de couro, que eram mais leves e confortáveis que os O seu filho mais velho e sucessor, Cambises, concretizou os planos do pai «homens de bronze» gregos. e conquistou o Egipto. Com as gentes do seu império, que viviam junto do mar, os gregos da Asia Menor e os fenícios, criou uma armada para subirem o delta do Nilo. Reuniu então o veterano exército de Ciro, avançou sobre Gaza e atravessou a faixa de deserto que se estende para lá desta. Uma durís- sima batalha na fronteira egípcia, em Pelúsio, na qual os gregos da Ásia Menor pod jo lutaram de ambos os lados, decidiu o destino do país (525 a.C.). Na viagem d ri E de regresso, algures na Síria, Cambises morreu e entrou na história. Ro o t Após um breve interlúdio de desacatos e revoltas, Dario (c. 522-486 a.C.) Peri a conquistou a maior parte do actual Paquistão, apoderou-se de todas as terras À i t até ao Indo, e depois atravessou as estreitas águas do Bósforo e infiltrou- r -se na Europa (513 a.C.). Embora as tribos transdanubianas tenham frus- ae d trado o seu avanço, o exército, que Dario tinha deixado atrás de si no seu ç P regresso à Ásia, conquistou a Trácia e chegou até ao Estrimão, e também ro d i a Macedónia v parece ter oferecido ao Grande Rei os simbolos formais da E T submissão, a «terra e a água» (512 a.C). Apesar deste revés nas grandes pla- RA nícies da Cítia, Dario entrou com o pé direito na Europa e «empurrou» ; as fronteiras da Pérsia precisamente até às portas da Grécia continental. É + ar, 7 * “ E Um persa e um ateniense lutam sobre o corpo sem vida de um persa, num ladrilho (Londres, Museu Britânico, GR 1816, 6, 10, 158) do templo de Atena Nike, em Atenas. Realizado cerca de 425 a.C., foi sugerido que a cena representa a batalha de Maratona, uma vitória elevada à categoria de mito, cuja importância emula façanhas tais como a vitória sobre as amazonas. (Colecção do autor) ea a a à xs je as a= EA R O Ée pa n, Ree 7 HM ú sd ds e= AS eR AN We do aos “e EPo UM PE O AE cad adae a 4 Sps ao É: Como resultado da conquista da Lídia por Ciro, os gregos entraram em conflito pela primeira vez com os medos «portadores de setas» na Anatólia do Egeu. Depois de uma frustrada revolta na Lídia, na qual participaram alguns deles, muitas das suas cidades foram tomadas de assalto e às restan- tes foi-lhes ordenado que se submetessem ao poder dos persas. Consta que os espartanos enviaram um embaixador a Ciro, que foi advertido de que se mantivesse afastado dos seus irmãos gregos da Asia Menor. «Quem são os espartanos?», foi a fria resposta de Ciro. Finalmente, os gregos da Ásia Menor submeteram-se. Mais tarde, durante o reinado de Dario, ocorreu uma rebe- hão generalizada a partir de Bizâncio, no norte, até Chipre, no sudeste; foi a chamada revolta jónica (499494 a.C.). Surpreendentemente, no início os gregos da Ásia Menor triunfaram. Em parte, isto parece ter-se devido à len- tidao da mobilização dos persas. Os rebeldes pediram ajuda aos seus paren- tes da Grécia continental, mas apenas Atenas e Erétria responderam, embora tenham virado as costas quando a sorte da guerra ficou do lado persa. Nas remotas terras da Anatólia, com a vantagem das suas linhas de comu- nicações internas e das suas forças superiores, Os persas foram capazes de lutar em vários teatros de operações ao mesmo tempo e de utilizar os vales dos rios como meio de ataque; as comunicações eram muito mais difíceis para os gregos, que estavam isolados pelas montanhas que envolviam as suas resguardadas comunidades litorais. O Alto-Comando persa também tinha experiência na organização de expedições em grande escala e, portanto, estava em poder dos meios e dos conhecimentos logísticos necessários para manter os seus exércitos em campanha. Por outro lado, na Assíria os per- sas aprenderam as artes da guerra de cerco, por exemplo como formar montículos junto às muralhas das cidades para as ultrapassar em altura. É assim, um a um, os estados rebeldes foram neutralizados, muitas vezes brutalmente, e cinco anos depois a revolta estava sufocada. Os persas com- pletaram a conquista da Trácia, inclusive das colónias gregas que salpica- vam a costa do Egeu, e submeteram a própria Macedónia.Já só faltava cas- tigar Atenas e a Erétria pela sua intervenção ou, na opinião de Dario, pela sua descarada ousadia. Se é verdade que os objectivos imediatos de Dario eram Atenas e Eré- tria, Os seus planos a longo prazo incluíam a Grécia na sua totalidade. Depois de conquistar estes estados, o rei poderia colocar títeres na qua- Schinias, na baía de Maratona, está virada a leste, para Cinosura. Após 20 anos de exílio, Hípias deteve-se nesta praia juntando-se a Dátis, acreditando que seria instaurado de novo, com a ajuda dos persas, como tirano de Atenas. Heródoto conta-nos que perdeu um dente na areia. (Colecção do autor) lidade de tiranos (já preparados no caso de Atenas) que fossem fiéis aos : valores persas e mantidos pelas guarnições do Império. Depois de estabelecer a cabeça-de-ponte, já era apenas questão de aguar- dar a oportunidade adequada. Deste modo, em 491 a.C., o rei enviou uma embaixada à Grécia exigindo «terra e água» para todos, inclusive para os espartanos; caso contrário, teriam de sofrer as consequências. Resolvidos a resistir, Os espartanos fizeram uma aliança com os atenienses, e ambos exe- cutaram os enviados de Dario, criando um grave conflito diplomático. Consta que os espartanos atiraram os emissários para um poço enquanto lhes ordenavam que tirassem dele a terra e a água para o seu rei. Segui- damente, Dario enviou à região central do Egeu uma incursão punitiva for- mada por um exército transportado por mar. No ano seguinte, uma frota de cerca de 600 barcos que transportavam aproximadamente 25.000 soldados, incluindo a cavalaria, submeteu as Cícla- des para depois tomar Caristo e Erétria em Eubeia. Já restava apenas um breve trecho através do estreito até à Grécia continental e à Ática, onde a força expedicionária tinha chegado em Maratona. Junto dos comandan- tes persas que chegaram a terra, ansioso por se transformar no tirano de Atenas, encontrava-se o ancião, embora ainda enérgico, Hípias. Entretanto, o exército de cidadãos de Atenas, em vez de ficar imóvel, avançou para enfrentar os persas no ponto de invasão. Após um tremendo atraso, os per- sas possivelmente começaram a avançar sobre Atenas, e os atenienses, com os seus aliados platenses (cerca de 10.000 no total), viram-se obrigados a lutar. Foi um triunfo de David sobre Golias. No entanto, Maratona não foi O fim da guerra na Grécia, mas apenas o prólogo de uma série de batalhas maiores: Artemísio, Salamina e Plateias, e, obviamente, as Termópilas. Seguramente, Robert Graves tinha razão quando imaginou que o Alto- “Comando persa pensava em Maratona — que para os atenienses assumiu imediatamente um carácter mítico — como um simples revés no grande esquema dos acontecimentos. Embora num tom subtil, o seu poema é, sem lugar para dúvidas, uma obra importante. Graves era um mestre quando que- ria reflectir o tom de voz exacto da figura que desejava satirizar. Aqui, as pala- vras do porta-voz persa são um claro testemunho de que a arte das manobras políticas estava bem viva há vários milhares de anos. No entanto, a pompa 10 da sua justificação atraiçoa o seu propósito:

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