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Tembetá - conversas com pensadores indígenas PDF

210 Pages·2019·6.271 MB·Portuguese
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li® sw Mg JÉ ■■ • ' ; < TEMBETA TEMBETA CONVERSAS COM PENSADORES INDÍGENAS VOLUME I AILTON KRENAK ÁLVARO TUKANO BIRACI YAWANAWÁ ELIANE POTIGUARA JAIDER ESBELL SÔNIA GUAJAJARA ORGANIZAÇÃO IDJAHURE KADIWÉU SÉRGIO COHN coordenação editorial Sérgio Cohn organização Sérgio Cohn e Idjahure Kadiwel projeto gráfico e fotos Sérgio Cohn agradecimentos especiais Kaká Werá e Ana Paula Simonaci distribuição EdLab C629u Tembetá - conversas com pensadores indígenas. Org. Sérgio Cohn e Idjahure Kadiwéu. Rio de Janeiro, Azougue Editorial, 2019. 206 páginas. ISBN 978857920228-5 1. Krenak, Ailton. 2. Tukano, Álvaro. 3. Yawanawá, Biraci. 4. Potiguara, Eliane. 5. Esbell, Jaider. 6. Guajajara, Sônia. 7. Cohn, Sérgio. 8. Kadiwéu, Idjahure. I. índios do Brasil - história. 2. índios - direitos fundamentais. CDD 926.58 [20191 Beco do Azougue Editorial Ltda. www.azougue.com.br azougue — mais que uma editora, um pacto com a cultura APRESENTAÇAO Por Idjahure Kadiwêu e Sérgio Cohn Tembetá surgiu do desejo de realizar um projeto editorial que difundisse para um público amplo as ideias e trajetórias de importantes pensadores indígenas em atuação no Brasil desde o final da década de 1970, quando ganhou corpo a mo­ vimentação de diversos povos indígenas pela defesa de seus direitos à terra, à diferença, à autonomia. Uma luta plural, que contou com a presença de povos e lideranças de todo o nosso território. Embora alguns dos protagonistas dessa luta tenham conquistado reconhecimento em contexto nacional e internacional, muito dessa história ainda é desconhecida mesmo entre o público especializado. Um olhar aos pilares institucionais da cultura brasileira demonstra como a mídia, a educação e a história ainda não absorveram essas experiên­ cias de forma consistente. Embora estejamos vivendo um aumento de interesse nos últimos anos, especialmente em resposta a empreendimentos como a Usina de Belo Monte e seus graves impactos humanos e ambientais e à difusão da terrível situação do genocídio Guarani-Kaiowá, ainda são pou­ cas as publicações acadêmicas ou editoriais sobre este tema. Tembetá pretende contribuir na descolonização da for­ mação de nossa memória, valorizando vozes indígenas que tem atuado em diferentes áreas nas últimas décadas: movi­ mento social, artes, literatura, cinema, direito, antropologia. Para além da resistência das tradições culturais, trata-se da demarcação e ampliação de territórios de subjetividade. É im­ portante lembrar que estamos vivendo nestas últimas quatro 5 décadas o fortalecimento do protagonismo e da autonomia das vozes indígenas, buscando a expressão de suas reivindica­ ções, culturas e singularidades sem tutela ou intermediação. Em conversas sobre o projeto, em especial com Ailton k Krenak, um parceiro e entusiasta de primeira hora, Tembetá se desdobrou de um livro único de entrevistas com pensadores indígenas variados em uma coleção de livros, no qual cada volume traz não apenas uma entrevista inédita, mas tam­ bém uma coletânea de textos, documentos e depoimentos da pessoa homenageada. Esta ampliação respondeu a um reconhecimento da importância desses pensadores, além da reunião e constituição de uma memória de suas atuações e trajetórias que, como afirma Ailton, são fundamentais de se difundir não apenas para o público geral, mas também para as novas gerações de pensadores indígenas. A memória desta luta por autonomia e protagonismo ainda se encontra esparsa e muitas vezes de difícil acesso, estando em curso a constituição de uma bibliografia, da qual acreditamos queTembetá se tornou uma importante referên­ cia. Para isso, a edição é pensada de forma a ser acessível a qualquer pessoa, não apenas aos especialistas, indigenistas, pesquisadores ou antropólogos, visando a criação de um diálogo mais amplo e coletivo. Kaká Werá, um dos pioneiros da literatura indígena no Brasil, entrou como parceiro na organização inicial dos volumes. No desdobramento do projeto, buscamos autores que abrangessem distintos contextos e culturas, nas cinco regiões do país, assim como uma equidade entre os gêneros. Prioritariamente, visamos a publicação de pessoas que foram pioneiras no movimento indígena no Brasil, mas também abrindo espaço para a nova geração, que tem atuado de forma consistente na política e na sociedade atual. 6 Os livros foram divididos em três seções: Entre-visões, que traz uma entrevista inédita com o homenageado, revisitando a sua trajetória biográfica; Sobre-visões, que traz documentos e depoimentos da atuação do homenageado dentro do movi­ mento indígena, político e cultural mais amplo; e Cosmo-vi­ sões, que traz depoimentos e textos sobre as particularidades da cultura de seus povos. Frente ao momento de franco ataque do Estado brasileiro aos direitos indígenas, especialmente às conquistas da Cons­ tituição de 1988, decidimos que a coleção não buscaria apoio institucional, sendo realizada apenas a partir do recurso de assinaturas dos leitores. Esta independência editorial nos parecia fundamental para o desvinculamento simbólico de marcas de governos que estão atuando contra os povos in­ dígenas e a biodiversidade. Sendo uma coleção de alto custo editorial, por conta da necessidade de viagens e pesquisas, ti­ vemos que lidar permanentemente com a escassez de recurso. Mesmo assim, a coleção seguiu, tendo já realizado oito volumes, que somam em conjunto mais de mil páginas, dedicados a Ailton Krenak, ÁlvaroTukano, BiraciYawanawá, Daniel Munduruku, Eliane Potiguara, Jaider Esbell, Kaká Werá e Sônia Guajajara. Estão em realização volumes sobre Davi Kopenawa, Fernanda Kaingáng, Mac Suara Kadiwéu e Tonico Benites, totalizando os 12 volumes propostos originalmente, sendo ainda possível a inclusão de volumes extras à coleção. Toda antologia tem suas escolhas e precisa lidar com limitações de acessos, recursos, agendas e aceites. Além da disponibilidade de material editorial para a produção de um livro. Seria impossível apresentar a diversidade de nomes que atuaram de forma fundamental no movimento indígena deste período. De qualquer forma, buscamos criar um panorama 7

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