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Os presidentes: a história dos que mandaram e desmandaram no Brasil, de Deodoro a Bolsonaro PDF

336 Pages·2019·4.56 MB·portuguese
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Copyright © 2019 por Rodrigo Vizeu Todos os direitos desta publicação são reservados à Casa dos Livros Editora LTDA. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação etc., sem a permissão do detentor do copyright. Diretora editorial: Raquel Cozer Gerente editorial: Renata Sturm Editora: Diana Szylit Copidesque: Adriana Fidalgo Revisão técnica: Tiago Santos Revisão: Renata Lopes Del Nero, Carol Vieira, Daniela Georgeto e Camila Berto Tescarollo Capa: Douglas Lucas Projeto gráfico: Typo Studio Diagramação: Anderson Junqueira e Mayara Menezes Pesquisa iconográfica: Ricardo Souza e Rodrigo Vizeu Conversão de e-book: Guilherme Peres Os pontos de vista desta obra são de responsabilidade de seu autor, não refletindo necessariamente a posição da HarperCollins Brasil, da HarperCollins Publishers ou de sua equipe editorial. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Angélica Ilacqua CRB-8/7057 V848p Vizeu, Rodrigo Os presidentes : a história dos que mandaram e desmandaram no Brasil, de Deodoro a Bolsonaro / Rodrigo Vizeu. — Rio de Janeiro : HarperCollins Brasil, 2019. ISBN: 9788595086395 1. Brasil - Política e governo - História 2. Presidentes - Brasil - História I. Título II. CDD: 981 19-1867 CDU: 94(81) HarperCollins Brasil é uma marca licenciada à CASA DOS LIVROS EDITORA LTDA. Todos os direitos reservados à Casa dos Livros Editora LTDA. Rua da Quitanda, 86, sala 218 — Centro Rio de Janeiro, RJ — CEP 20091-005 Tel.: (21) 3175-1030 www.harpercollins.com.br Para Mariana, primeira a apostar nesta história de presidentes. Sumário Com quantos presidentes se faz uma República no Brasil, por Lilia Moritz Schwarcz Introdução 1. Deodoro da Fonseca (1889-1891), o homem errado 2. Floriano Peixoto (1891-1894), brutal e popular 3. Prudente de Morais (1894-1898), guerra no sertão e atentado na capital 4. Campos Sales (1898-1902), todo o poder às oligarquias 5. Rodrigues Alves (1902-1906), presidente do Rio de Janeiro 6. Afonso Pena (1906-1909), o primeiro a morrer no cargo 7. Nilo Peçanha (1909-1910), uma novidade na Presidência 8. Hermes da Fonseca (1910-1914), a volta dos militares 9. Venceslau Brás (1914-1918), guerra, greve e gripe 10. Delfim Moreira (1918-1919), doente e breve 11. Epitácio Pessoa (1919-1922), rachaduras no regime 12. Artur Bernardes (1922-1926), o país sob sítio 13. Washington Luís (1926-1930), a soberba precede a ruína 14. Getúlio Vargas (1930-1945), revolucionário e ditador 15. Eurico Gaspar Dutra (1946-1951), o interlúdio 16. Getúlio Vargas (1951-1954), ele voltou 17. Café Filho (1954-1955), transição tumultuada 18. Juscelino Kubitschek (1955-1960), Brasília e dívidas 19. Jânio Quadros (1961), a renúncia 20. João Goulart (1961-1964), o golpe 21. Castelo Branco (1964-1967), as fundações da ditadura 22. Costa e Silva (1967-1969), o presidente do AI-5 23. Emílio Garrastazu Médici (1969-1974), crimes e milagres 24. Ernesto Geisel (1974-1979), tensão e distensão 25. João Figueiredo (1979-1985), o regime escreve seu fim 26. José Sarney (1985-1990), por ele ninguém esperava 27. Fernando Collor (1990-1992), voto direto e impeachment 28. Itamar Franco (1992-1994), hiperinflação e Plano Real 29. Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), vaidade e reeleição 30. Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), amor e ódio 31. Dilma Rousseff (2011-2016), queda econômica e política 32. Michel Temer (2016-2018), reformas e escândalos 33. Jair Bolsonaro (2019-), o baixo clero chega lá Referências Créditos das imagens “Nossos governos vivem a envolver num tecido de palavras os seus abusos, porque as maiores enormidades oficiais têm certeza de iludir, se forem lustrosamente fraseadas. O arbítrio palavreado, eis o regime brasileiro.” — Rui Barbosa “O poder é muito bom, não adianta querer enganar.” — Carlos Lacerda “Não são os cargos que dão liderança. Os cargos têm um mandato certo. As lideranças, quando são lideranças, permanecem no tempo.” — Ulysses Guimarães Com quantos presidentes se faz uma República no Brasil Lilia Moritz Schwarcz Houve um tempo em que, para “passar de ano”, as crianças precisavam declinar os nomes de todos os presidentes do Brasil. A tarefa não era nada fácil, mas tampouco tão difícil; ainda mais quando comparada à dos “colegas” americanos e europeus. O fato é que o Brasil teve muitos presidentes da República. Só não teve mais, pois, em 1822, viramos um país independente, mas com o formato de uma monarquia cercada de repúblicas por todos os lados. Talvez por isso, nossa Primeira República, que se iniciou em 1889 com um golpe civil-militar, nasceu divulgando, nas imagens oficiais e na propaganda política, a ideia de juventude. Adotamos a imagem de uma mulher branca de peitos (quase) descobertos, cabelos esvoaçantes e um barrete frígio na cabeça — numa alusão aos símbolos da República Francesa — e tratamos de jogar os problemas e a barbárie da escravidão no colo da extinta monarquia. Quem sabe tal batalha imagética nos ajude a entender o caráter oscilante do começo de nossa vida republicana, e de seus presidentes militares, e porque hoje somos uma República, mas cujo hino é aquele da monarquia. Não que nos falte um Hino da República, a despeito de ele não ser nosso Hino Nacional. E Rodrigo Vizeu o cita, neste belo e oportuno livro, a partir da estrofe mais emocionante: “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”. Gostaria, porém, de lembrar de outra parte do mesmo hino de 1890: “Nós nem cremos que escravos outrora tenham havido em tão nobre país”. O sistema escravocrata havia terminado apenas há um ano e meio, sendo o Brasil a última nação ocidental a abolir tal regime de trabalhos forçados e que contou com mão de obra africana compulsória, e já ninguém lembrava dele? Isso mostra como a república brasileira nasce escondendo, não incluindo vasta parte da população e disfarçando o tamanho da desigualdade herdada da escravidão, mas que continua a grassar no país. Portanto, a palavra de ordem, “liberdade”, tão cara aos mores do republicanismo, soava forte no hino, mas não no dia a dia do regime. A monarquia também estendeu sua assombração por sobre os primeiros presidentes civis da República, os quais, a despeito de professarem seu rompimento com o antigo regime, como bem revela Vizeu, eram basicamente formados (como não podia deixar de ser) na escola do Império, que se notabilizou, entre outras coisas, na busca de perpetuar as bases do poder político e econômico vigentes e muito espelhados, naquele contexto, nas riquezas que provinham do café, o nosso ouro negro. Vizeu segue em frente, com os presidentes brasileiros fazendo de tudo um pouco: foram duros e liberais, cumpriram mandato ou o interromperam, tiveram vida fácil ou muito difícil, foram populares ou muito criticados, autoritários ou democráticos, conheceram contestações pacíficas ou violentas, adotaram a República ou fizeram dela um badulaque. Os presidentes traz, portanto, um compilado dessas tantas histórias, muitas vezes divertidas, por vezes tristes, sempre saborosas. Resultado de uma iniciativa de Vizeu, que tem imenso pendor e jeito de historiador, o livro representa o resultado de um podcast idealizado pelo autor para a Folha de S.Paulo. Apresentado de forma simpática pelo próprio jornalista — que também cuidou da pesquisa, da produção e do roteiro — o programa inspirou-se na série Presidential do jornal The Washington Post, que contou a história dos presidentes norte-americanos durante a traumática eleição de 2016. Vizeu chamou seu podcast de “Presidente da Semana” e, de abril a outubro de 2018, tratou de um personagem diferente, terminando a tarefa no calor da hora, com o último episódio versando sobre o processo eleitoral em que Jair Bolsonaro sagrou-se vencedor. O podcast foi um sucesso, o que mostrou como os brasileiros estão interessados em entender seu passado e, a partir dele, encontrar pistas para compreender o assombro do presente. Tudo indica que este livro seguirá a mesma trilha. No total desfilam 32 presidentes, muito bem narrados e analisados pelo jornalista da Folha, que dialogou com cientistas políticos, historiadores, antropólogos, advogados, jornalistas e economistas. Alguns dos retratados ganharam mais espaço na obra, com dois comentaristas de visões opostas, por

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