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O Imperio (1800-1889) PDF

591 Pages·1947·9.614 MB·Portuguese
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HISTÓRIA DO BRASIL 1800 - 1889 4.0 VOLUME .'', 4tJ Exemplar 1862 BIBLIOTECA PEDAGÓGICA BRASILEIRA Sirie 5.• BRASILIANA Vol.178-C PEDRO CALMON * HISTÓRIA DO BRASIL O IMPERIO 1800-1889 * 4.0 VOLUME COMPANHIA EDITORA NACIONAL .São Paulo -Rio de Janeiro -Recife -Bahia -Pará - Pôrto Alegre 1947 1947 IMPRESSO NOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL Printed in the United States of Brazil ~ r INDICE EXPLICAÇÃO . 9 l - AMERICA E EUROPA A guerra de 1801 - Conquista das Missões. 13 II :- A CORTE NO BRASIL O ultimo recurso - Invasão de Junot - Chega da á Bahia - A abertura dos portos - Ensino medico 19 III - 0 GRANDE GOVERNO Unhares - A instadação da Corte - Os atos de cisivos - O surto comercial - Os tratados in gleses - Cidade nova - Progresso - Estran geiros ilustres - Conquista de Cai ena. IV - A POLITICA DO REI A princesa ·e o Prata - Diplomacia de Strang ford - Artigas - O Brasil Reino - Conde da Barca - A c.onquista da Cisplatina - A ocupa ção 61 V - PROSPERIDADE GERAL O Conde dos Arcos na Bahia - Norte e sul - Provincia do Rio - A mão de obra . 91 • VI - A REVOLUÇÃO DE 1817 • 6 de Março - A repressão - A 2."- Divisão - A crise em esboço - Coroação - T.c>m.az Antonio . 105 VII - A REVOLUÇÃO DE 1820 Palmela - No Pará e na Bahia - A adesão do Rei - O ,.regresso de D. João VI.. 122 VIII - 0 PRINCIPE D. PEDRO A Regencia - A idéia brasileira - De Coim bra. . . - José Bonifacio - A sedição de Goiana - A solução monárquica . 136 IX - 0 PRINCIPE FICOU! O movimento de opinião - 9 de Janeiro - .Ex pulsão de Avilez - Conselho de procuradores - Os deputados em Lisbôa - As Juntas pro- vinciais - Viagem a Minas A luta na Bahia - Defensor perpétuo . 150 6 Pedro Calmon X - FUNDAÇÃO DO IMPERIO Jornada a S. Paulo - Ipiranga - Imperador - A primeira contenda 170 XI - A GUERRA DA INDEPENDENCIA Armada imperial - Libertação da Bahia - Piauí e Maranhão - No Pará - O ultimo reduto. 181 XII - A CONSTITUINTE Os representantes - Destituição dos Andradàs - O projéto - Dissolução da Assembléa . 196 XIII - 0 PRIMEIRO REINADO Choque de idéias - A Constituição - Em Per nambuco - Confederação do Equador - A vi toria da "Bõa ordem" - Os "periquitos" - Re conhecimento do lmperio . 205 XIV - ÜUERRA DAS PROVINCIAS UNIDAS Momento propicio - A sublevação uruguáia - Passo do Rosario ~ Bloqueio e corsarios - Paz de 1828 226 XV - D. PEDRO I E OS LIBERAIS A Assembléa - Más finanças - Leis importan tes - A sucessão portuguêsa - Barbacena - Colunas e Jardineira - Turbulencia - A abdi cação . 239 XVI - A REGENCIA • Os equívocos - Correntes - As sociedades - Feijó no governo - Os africanos - Restaura dôres - O Senado - O fracassado golpe de Estado - Os "caramurús" dominados - Des agregação - Nas províncias - A revolta de Ouro Preto - O Ato Adicional . 263 XVII - 0 PERIODO DE FEIJÓ O Regente forte - Farrap6s! - Cabanos! - A fronteira do norte - Declínio da revolução - A Republica de Piratiní - A quéda de Feijó - Os dois partidos . 294 XVIII - A REAÇÃO MONARQUICA Ministério das capacidades - A Sabinada - Retrocesso - Recrudescencia da luta - Balaiada - Caxias . 310 XIX - 0 INICIO DO SEGUNDO REINADO A Maioridade - "Quero já!" - Os liberais de História do Brasil 7 cima - Coroação do Imperador - As lei! rea cionárias . 327 XX ·- As AGITAÇÕES LIBERAIS O erro de 1842 - Levante em Sorocaba - A revolução em Minas - A pacificação do Rio Grande - Oribe e Rosas . 340 XXI - 0 PODER PESSOAL O domínio conservador - Politica externa - O tratado inglês - A tarifa de 1843 - "Atraz da cortina ... " - A ascenção dos conservadores - A revolta praieira . 352 XXII - 0 APOGEU DO IMPERIO Extinção do tráfico - "Californias" - Plano de guerra - A campanha de 1851 - Caseros - Os tratados uruguaios . 370 XXIII - ECONOMIA, CIVILIZAÇÃO E PROGRESSO Quadro geral - Bancos - Fin1mças do Estado - Trabalho e colonização - O café - Mauá - Renovação urbana - Telegrafo - Rodovias - Estradas de ferro - Navegação - Projeção co- mercial . 383 XXIV - A CONCILIAÇÃO Poder providencial - A idéia da conciliação - Novas provindas - Ministério de Paraná --:- O cólera - A liga - A questão bancaria - Epilogo - da conciliação - 1860-1862 . 404 XXV - QUESTÕES INTERNACIONAIS A questão de Christie - O "lenço branco" - Cri se uruguaia - "Casus belli" - Pródromos da "guerra grande" 416 XXVI - GUERRA DO PARAGUAI Os antecedentes - O 2.0 López - Invasão de Mato Grosso - lmprovização militar - Politica parlamentar - As alianças - Laguna - Ria cuelo - Uruguaiana - A campanha - Tuiuti - Curupaití - De novo Caxias - 3 de Novem bro - Humaitá - Batalhas de Dezembro - O conde d'Eu - O fim da guerra . 427 XXVII - PAZ E LIMITES O problema da paz - Os tratados de 1872 - En tendimentos e concordla - Os limites do Brasil . 464 8 Pedro Calmon XXVIII - EVOLUÇÃO E REVOLUÇÃO Sobem os conservadores - Surgem os republica canos -Oposição liberal - A questão abolicio nista . 471 XXIX - 0 LIBERALISMO IMPERIAL Após guerra - Visconde do Rio Branco - A lei de 28 de Setembro - Questão dos bispos - Caxias no Governo - A questão eleitoral . 477 XXX - SOB O SIGNO DA ELEIÇÃO DIRÉTA O ministério de Sinimbú - Ministério de Saraiva . - Ministério de Martinho Campos - Ministério de Paranaguá - Ministério de Lafayette - Mi nistério Dantas . 491 XXXI - 0 ABOLICIONISMO E O FIM DO IMPÉRIO Movimento de idéias - Sexagenarios - A ques tão militar - O Imperador e o país - A terceiré! regencia - Lei aurea - Oitenta e nove - Am biente economico - De junho a Novembro 500 XXXII' - A REPUBLICA . 526 XXXIII - A CULTURA NO IMPÉRIO A epoca de Cairú - Imprensa - História - Geografia - Ciências naturais - Medicina - Direito - Belas artes - A fase de Gonçalves Dias - A filosofía Realidades brasileiras 534 INDICE ONOMASTICO . 566 EXPLICAÇAO U M volume por seculo - foi o plano desta obra. O 4.º, que trata da História do Im perio, abrange o seculo XIX, de 1800 - quando, para o Brasil, amanhece ao som longínquo das guerras q1,1e transformam o mundo, a 1889, quando caíu a monarquia. O Imperio estende se da chegada da côrte portuguesa, que vem fun dá-lo, à implatação da Republica, em que ter minou, na sua evolução metódica, liberal e ma cía. A historia do Brasil nesse período trans corre sob os auspícios de um trôno: D. João VI, que o crea, o·. Pedro I, que o emancipa, D. Pe dro II, que o eleva e consolida. Mas não se faz à volta da instituição que o serve: ela é o aces sório ou o símbolo de sua unidade; a projeção política de sua continuidade histórica; a repre sentação exterior de sua soberania sobrecarregada de tradição, autoridade e ordem. Ordem, auto ridade e tradição corrigem as tendencias revolu cionárias, desintegrativas e provincialistas que, não fôra o Imperio em 1822, e a solução lega lista de suas dificuldades em 1831, teriam dado outra direção, talvez outra fisionomia à inexpe riencia nacional nas fases dramaticas da forma ção, da organização, do impetuoso crescimento do Brasil independente. Entre 1800 e 1808, a colonia alarga-se em prejuizo da vizinhança. De 1808 a 21 goza as regalias de metropole bem amada. Cohvulsiona-se na sua crise de auto- 10 Pedro Calmon nomia em 21 e 22. Ingressa na familia dos póvos livres com a originalidade do seu sistema impe rial, que escandaliza a America mas lhe afaga os sentimentos conservadores e cautos. D. Pedro I perde-se, porque não se separou conveniente mente dos interesses europeus; D. Pedro II salva se, porque os sobrepujou. A Regencia exalta, pro va, desgasta a vocação republicana das elites inspiradas pelo liberalismo de 1830. O segundo Reinado é uma bandeira de paz. Respirámos a atmosféra variavel dos factos extrangeiros. Flu tuámos na sua onda ideologica. Reflectimos o seu romantismo, o seu legitimismo, o seu socia iismo. O que foi popular em 1822, na éra da Santa Aliança, merecia agressão e vilipêndio em 1831, na éra carbonaria. O que foi a idolatria das ruas em 1832, delas fugia magoadamente em 1840. À euforia constitucional da monarquia de Luiz Filipe correspondeu o optimismo burguês da monarquia de D. Pedro II. Em 1848 estremece nos seus pilares o regime. Firma-se, honesto e sólido, em 1850. Está no apogeu em 53. E' po deroso em 64. Identifica-se com a nação em 65. Sofre em 70 a grande prova das reformas que lhe sacodem a estrutura, remodelam o arcabouço, modificam a face e desorientam a marcha. O manifesto de 70 com a sua nota estridente de republica à americana, traz nos écos democrati cos a mensagem universal. O Imperio, porem, não fica atraz do seu tempo. Põe-se à frente dele nas suas transformações prudentes ou ousadas; é tolerante, plastico, proteico; liberaliza-se com os ministros de índole revolucionaria, con serva-se, retráe-se com os ministros de pulso reacionário e rijo. Afinal revolta-se contra si

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