ebook img

O continente do labor PDF

88 Pages·2011·28.041 MB·Portuguese
Save to my drive
Quick download
Download
Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.

Preview O continente do labor

o cacaca acã is ca aeaeaQceaeaeaQCiCi r ^ w «fiar* m 4M 1 rtã Ü - ': A VSfe» H i m ^ -. ... * r f m I 1 ¿ 9 ' à T; * ,.;4 — ¡v « a 0 : ' i 0 á1 : a 2 I B í 1 . 4 ki i sg - RICARDO ANTUNES 0 CONTINENTE DO LABOR ~ E D I T O R I A L 88 T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^T^TJ-T-LTJ-T-i-T^T^T^T-í-TJ-T^T^T^T^T^TJ-T^T^T^T-LT Ricardk O CONTINEN rE DO LABOR 111 ANGK - PUC/SP gfixiiiimiii ^ 51737 _ i. FA O é^hcji,. Copyright©BoitempoEditorial,2011 NI Copyright©RicardoAntunes,2011 — 4 - ' Coordenaçãoeditorial Cadaunosevacomopuede, ífMU.lU.D. vr IvanaJinkings unosconelpechoentreabierto, f K f\r* Ii’tue*" EBdiibtoiaran-aaLdjeumneta unoscoontrolasccéodnuulandaesoidlaenmtiadnaod, Assistênciaeditorial enelbolsillo, CaioRibeiroeLiviaCampos otrosenel alma, Preparação unoscon lalunaatornillada MarianaTavares enlasangreyotrossinsangre, . Revisão niluna,nirecuerdos ThaisaBurani [...] Diagiamaçãoecapa Perotodossevanconlospiesatados, AntonioKehI f unosporelcaminoquehicieron, Sobre“ElVendedordeAlcatraces”,deDiegoRivera otrosporel quenohicieron . Produção ytodos porelquenuncaharán AnaLotufoValverde RobertoJuarroz,Segundapoesiavertical CIP-BRASIL.CATALOGAÇÂO-NA-FONTE SINDICATONACIONALDOSEDITORESDELIVROS,RJ Eu,americanodasterraspobres, Dasmetálicaspesetas, A642c Ondeogolpedo homemcontraohomem Antunes,RicardoL.C.(RicardoLuisColtro),1953- Sereúneaoda terrasobreo homem. BoOitecmopnoti,n2e0n1te1.d(oMlaubnodro/dRoictarardboalAhon)tunes.-SãoPaulo,SP: Eu,americanoerrante, Orfáodos riosedos ISBN978-85-7559-178-9 Vulcõesquemeprocriaram|...| 1.Trabalho-AméricaLatina. 2.Trabalho-Brasil. 3.Sindicatos -AméricaLatina. 4.Sociologiadotrabalho. I. Título. II.Série PabloNeruda,PalavrasàEuropa 11-5236. CDD:331.1 CDU:331.1 16.08.11 22.08.11 028913 Ohomem nasAméricas,inclinadoemseusulto, Rodeadopelometaldesua máquinaárdeme, O pobredostrópicos,ovalente Évedada,nostermosdalei,areproduçãodequalquer MineirodaBolívia,olargooperário partedestelivrosemaexpressaautorizaçãodaeditora. DoprofundoBrasil,opastoi Da Patagônia infinita... Entelivroatendeàsnormasdoacordoortográficoemvigordesdejaneirode2009. PabloNeruda,Paratiasespigai 111edição:setembrode2011 P LY \ r BOITEMPOEDITOR1AI TOd$o\0 linking-.Editóte»Amaciado»Lid* Eugostodosquetêmfome li RuaParairuLelie,373 Dosque morrem devontade « 0,34420011S.».nPmiloSP 1)osquesecam dedesejo EI*>,/Iv0h,(vi1Mh1(if(#i'liltMiet)¡i1u31p8no7i1t11i.l1H"1i1Si¡tiotlfu/jliil,M.iíMofJhtl'b(iItHn(i') Adriana* aleIa)nnshnqtutoe,a"rSdeenmha,s,", SUMÁRIO — Prefácio AlbertoL. Bialakowsky 9 Apresentação— AsviasabertasnaAmérica Latina 11 » — Parte1 O trabalho naAméricaLatina I -Ocontinentedolabor 17 — II Por um novo mododevida naAméricaLatina 53 III-Capitalismoedependência 61 IV As lutassociaiseosocialismo lia América Latina noséculoXXI 67 1'41'le II-O Brasil nocontinentedolabor Para Claudia V Passado, presenteealgunsdesafios das lutassociais no Brasil 81 VI OPartidoComunista Brasileiro(PCB),ostrabalhadores i osindicalismo na historia recentedo Brasil 89 Vil 1968 no Brasil 111 VIII Dimensõesdodesemprego no Brasil 119 IX As formasdiferenciadasda reestruturação produtiva r o mundodo trabalho no Brasil 125 X Sindicatos,lutassociaiseesquerda no Brasil loente!entrea rupturaeaconciliação L3S Pstil! III Panoramadosindicalismo naAméricaLatina XI As principaiscentraissindicaislatino-americanas 153 Pontedos textos 169 Bibllogmliu 1 7 1 M i n i PREFÁCIO* AlbertoL.Bialakowsky 0 continentedolaboréa nova obra de um trabalho contínuo de RicardoAntunes, UmdosgrandesintelectuaiscríticosdaAméricaLatina.Nestaoportunidade,oautor ânalisa nossocontinenteapartirdasbasesdesuaforçadetrabalho,suascoletividades c seus contextos. Agora, como nunca, apresenta o dilema contemporâneo sobre a disjuntiva histórica barbárieou socialismocomoteoriaepráxis necessárias para uma mudançasocialradical. . I'm suaanálisegiroscópicadoentornohistórico ecartográfico continental, far, - |ROver seconstantementenossaobservação,desociedadeemsociedade,paraassinalar presente a existência de extremos abismais nas contradições acumuladas entre a foiçadctrabalhoeasforçasprodutivas,entreosistemaprodutivoeofinanceiro,entre 0 proletariadoeosubproletariado. Nessehorizonteterritorialde“desertificaçãoneoliberal”,assinalaadestrutividade 1superfluidadedocapitalismoaplicadasàdominaçãodaquelesquesópodemsubsistir B#vendadoseuprópriotrabalhoemmeioàscrisescapitalistasqueserepetem.Coloca¬ dnosassima necessidadederepensarosocialismoapartirdeumaperspectivarealista, de repensá-lodiantedodesequilíbrioplanetário,poisdeoutromodoacegueiratorna- Uit,ao mesmotempo,sintomaepadecimento. — B Sóépossívelavançaraocompreenderqueocapital,otrabalhoeoEstado cseus estreitosvínculos-contêmabasedometabolismodosistema,eque,portanto,dissolveilò umondoisdessescomponenteséinútil,poiscomissopermanecemilesosareprodução, opodereamáscarado“mercado”,quesereimpóemnaesferadocapital. Assim, para reverter a superexploração do trabalho, torna-se necessária a fêeffijtruçâode um pensamentosocialque,aoseencarnarem umaforçasocial, não podedeixardeincorporaràtotalidadedotrabalhocoletivo. I Historicamente,essaforçatemsidodispostadeformafragmentada,eminfinitas - divisões; tratase agora de reterritorializá-las, tanto em suas formações moleculares enmu um seus espaços regionais e globais. Por isso, trata-se de Brasil, mas trata sc tieMíHiiatIWHetliiM IN, I ) 10 Ocontinentedolabor também de todaAméricaLatina, poisocontinenteéoconteúdocomo realidadee comoinvençãosociopolítica. Assim, RicardoAntunes, precedendooepílogo da multiplicidade devozesde suaequipe,responsávelpelofechopolicromáticodesuaobra,afirma: Compreenderodesenhocomposto,heterogéneo,polissémicoemultifacetadoquecaracterizaa Apresentação novamorfologia¿laclassetrabalhadoratorna-seimprescindível,visandoeliminarasclivagens que separam os trabalhadores/as estáveise precários, homense mulheres,jovens eidosos, AS VIAS ABERTAS NA AMÉRICA LATINA nacionaiseimigrantes,brancos,negroseíndios,qualificadosenãoqualificados,empregadose desempregados,dentretantasoutrasdiferenciações...Isso,emnossoentendimento,sóépossível partindociasquestõesvitaisqueemergemnoespaçodavidacotidiana. Trabalho,tempodetrabalhoedevida;degradaçãoambiental,produçãodestrutiva,propriedade (incluindo intelectual),a mercadorização dos bens (água, alimentos), são alguns temas certamentevitaisqueossindicatos(eatorescoletivos)nãopodemmaisdesconsiderar. Ocontinentedo-laboroferece um olharanteaosdilemasdomundodotrabalho,mas Um olhar latinoamericano,ainda que contemple também o quevem ocorrendo no naconSset,eclaoçmãoodpeenssuaamscorsi,aRçõicesarcdoonAstnittuuin,edsiaénutemdaouctoornitminpernetsecliantdinívoe-la,msuearincoavnao,obumra çmduansdloutdaossscohcaiamisadéopso“rpcaeísretsoagvlaonbçaald,ohsi”s,tócroimcos-muausnmdaiazle,lanso.sSseaoleuintuivraernsoãodoabtrdaibcaaldhoo marconecessário. olharlatino-americano;emverdade,elarecusaaposturadecurvar-seperanteocentro BVançado,desprezandodemodoelitistaoquesepassanonossocontinente. BuenosAires,8deagostode2011 Três partescompreendemestelivro. A primeira reúne textosescritossobre aAméricaLatinaacercada temáticado tmmho,dadependência,daslutaspopularesedealgunsdos tantosdesafiospresentes BO nossocontinente. Nela, estãocompreendidostextosquecontemplamo temado Socialismohojeeanecessidadeimperiosaevitaldecriaçãodeumnovomododevida, libeloaosconstrangimentosdocapitaledesualógicadestrutiva,nosmarcosdeuma (SCledudcquesedesenvolveusobosignodasubordinação. Seu textoinicial,quedáotítuloaopresentevolume,foiescritooriginalmente Ittino partedaenciclopédiaLatinoamericana*.Porém,comofoireduzidoealterado de forma significativa para adequar-se à referida publicação, encontra agora sua divulgação integral. Seu sentido informativo foi preservado, procurando oferecer Willcenáriopanorâmicosobreomundodotrabalho,suasprincipaislutaseembates presentes na AméricaLatina.Alémdisso,visaintroduziraquestãodotrabalhopara o Irlinr Interessado neste continente, e possui, por isso, um caráter introdutórloi ((cid:127)sitilo para nãoespecialistas. A segunda parte oferece um balançosintético das lutas sociais e sindicais no Jmlll do século XX e início do XXI.Seus textos condensam reflexões e pesquisas IIMttfes«obreocasobrasileiro,paísqueteimaemdarascostasparaaAméricaLatina, (flM)ras vezes sem se dar conta de queé parteviva dela.O passado e o presente do Buleillsnio, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o PartidodosTrabalhadores (PT), o significado de 1968 para nossa história, a precarização do trabalho e o . desempregocosignificadodogovernoLulasáoapresentadosemseis textos Sít» (ioiifropn,¿UOfi,(N,li,) AsviasabertasnaAméricaLatina 13 12 Ocontinentedolabor Jáaterceiraparteofereceumbrevepanoramadescritivodosindicalismolatino- umaumentodesmesuradodaconcentraçãodariqueza,aampliaçãodapropriedadeda -americano por meio de suas principais centrais sindicais.Esta parte também foi terra,ocrescimentodosagronegócioseoavançodoslucroseganhosdocapital. originalmente escrita em forma de verbetes para a citada Latinoamericana, e sua Foiaindaumperíododegrandeexpansãodasempresastransnacionaisedocapital republicaçãoagrupadaeintegraldeve-seespecialmente aoconjuntode informações financeiro,quealcançaramaltastaxasdelucro,seguindoàriscaacartilhado Fundo queconsolida.SeusautoressaotodosmembrosdonossoGrupodePesquisaEstudos Monetário Internacional. Isso sem falar na existência de parlamentos e judiciários sobreoMundodoTrabalhoesuasMetamorfoses,doInstitutodeFilosofiaeCiências bastantedegradados,emgrandemedidaconiventescomasclassesdominanteseseus Humanas(IFCH)daUnicamp. polosativosdecorrupção. Portanto,aolongodestelivromesclam-selaboraçáoindividualepesquisacoletiva, Mas,seassimfoietemsidoemmuitasregiões,épossívelpercebertambémque escritaunaemúltipla,urnavezqueváriosdostextosforamescritosemcoautoria-é d receituário neoliberalesuapragmáticadestrutivavêm dandomostrasdeexaustão, prudente recordar,sem quenenhumcoautorsejaresponsávelpelo conjuntodeideias eos povosdaAméricaLatinaestãoàfrentedessesnovosembates. e tesesaquiapresentado. Os países andinos, por exemplo, experimentam e exercitam novas formas de poder popular.São vários os exemplosde avanço das lutas desta natureza em . nuestraAmérica - Contra a arquitetura institucional eleitoral das classes dominantes, os povos EstelivrocomeçouasurgirdepoisdeumasériedeviagensquerealizeipelaAmérica Indígenas,oscampesinos,ossemterra,osoperáriosdespossuídos,ascamadasmédias Latina,quandopudecaminharpelosAndeseconhecerumpoucodomododevida assalariadaseempobrecidas,ostrabalhadoresprecarizados,osdesempregados,homense- dcseus povos indígenas, participar de majestosas manifestações populares no iní¬ -mulheres,esboçamnovasformasdeaçãoedelutasocialepolítica,obstandoeopondo ciode2001 naArgentina (evisitarváriasdesuasfábricasocupadase recuperadas, uéaosgovernosegruposque têmsidodominanteshá muitotempo. em distintascidades) e acompanhar osavanços populares em Cuba e nos bairros A história está sendo redescoberta de outros modos e por outrasformas. Nos popularesdaVenezuela. Andes, onde se desenvolveu uma cultura indígena milenar, cujos valores, ideários, Surgiu ainda da percepção das lutas no Uruguai, na Colômbia, no Peru e na sentimentos e espírito comunitário são muito distintos daquelesestruturadossob o Guatemala.Resultoudodiálogocomuniversidades,sindicatos,partidos,assembleias uMitrólec o tempo do capital, renascem eampliam-seas rebeliões,florescem novos populares e movimentos sociais de diversos países; do mergulho na magistral dilos delutas,em um clarosinaldecontraposiçãoàordem queseestruturou desde experiência pré-hispânica do México, com seus muralistas, seus camponeses, seus 0laidododomínioedaespoliaçãocoloniaisque,desdeentão, nãoparamdedrenar operários,suaslínguas.FloresceucomoslançamentosdemeuslivrosAdiósaltrabajo? Ü riquezasdoSul paraoNortedomundo. e Los sentidos del trabajo* na Argentina, na Venezuela, na Colômbia e no México. k Começa a ser esboçada uma nova forma de poder popular, autoconstituinte, Sem que medesseconta,nasciaumprojetoespontâneo,cujoprimeiroresultadoestá moldadapelabase,querecusaarepresentaçãodistanciadadospovoserecuperapráticas . condensado neste pequenolivro. pf Mietnbleiaspopularesmultitudinárias DepoisdededicarduasdécadasaoestudodomundooperárionoBrasileoutras Na Bolívia, por exemplo, as comunidades indígenas e camponesas vêm pro- duasdécadasrefletindosobreoqueocorrenomundodotrabalhonospaísescapitalistasdo fiurttiulodoalgummodorompercomoconservadorismoeasujeição.Herdeirodeuma None,erahoradefocarosestudosnocontinentedolabor.Erahoradeprocurarcompreender tradição revolucionária,opovoboliviano temdado provasdemuitaforçae rebeldia, oquesepassanestecontinentequenasceuparaserviretrabalhar,masquesabetambém «liiall/,tildo que oavanço popularécada vez mais efetivo, o que aguça eassusta as Conjugarfelicidadecom rebelião,sofrimentocomliberação,espoliaçãocomrevolução. dominantes,emsuasváriastentativasdegolpeecontrarrevolução. Foiduranteessesanosque,aoescreverumpequenoartigo-comclaraeconhecida Na Venezuela,osassalariadospobresdosmorrosedosbairrospopularesdeCaracas Inspiração-,dei-lheo título “AsviasabertasnaAméricaLatina”. Nele,diziaqueao pnthém avançam naorganizaçãopopular.Buscamformasalternativasdeorganização menosalgunsdospaísesdonossocontinentecomeçavamasuperaratragédianeoliberal, dntrabalhonasempresas,ampliandosuaação,eseguememfrentecomamobilização responsável pelodesastresocialdasúltimasdécadas,caracterizadopelosenormesíndices lujuiliti, por melodosconselhoscomunais,noesboçodeoutrodesenhode poderena de piuipeii/açao,expulsão,desposse.ssão,desemprego,empobrecimentoeexploração, pUlta tlr novoscaminhos paraosocialismo noséculoXXI. tanto no tampo como nus cidade* Continente que presenciava, em contrapartida, Na Argentina, quando da eclosão dos levantes em dezembro de 2001, vimos a luta.tio» trabalhadores c trabalhadoras desempregados, denominados piqueteros, qiu d puseram, juntoàsclasses médiasempobrecida», váriosgovernos nos"dias que ‘ihliai ifnaArgentina",()uaindaasfdbrlcá' mupennhn,quedemonstramaInutilidade, rNiliun^#¡mHueshailhnjdt AfkwtW thlfaftUw?(Sjiu Pauly/í iinipjháSil nrfF?/Uhít-fiinjJt vOs superfluidade r desnurlvldadr do»capital» privados sfftiitéàf hrtfafiíhfi Ny|n,Rnií£ftiptt*19^9),(N, 14 Ocontinentedolabor AsrebeliõesnoMéxico,deChiapasatéaexperiênciadaComunadeOaxaca,em 2005 (desencadeada por uma grevede professores da rede pública local), acrescidas daslutasdostrabalhadoreseletricitáriosdesempregadosqueacamparamaosmilhares naCidadedoMéxicoem2010,sãotodasaçõesquemoldamocotidianodomundo do trabalho. No Brasil, a luta do Movimento dosTrabalhadores Rurais SemTerra (MST) contra os latifúndiose a propriedade concentrada da terra, contra o agronegócio e seustransgênicoseagrotóxicos,contraamercadorizaçãodosbenseprodutos,comoa águaeosrecursosenergéticos,éoutroimportanteexemplodaslutassociaisepolíticas que florescem naAméricaLatina,onde também sedestacaa resistência prometeica . doscubanoscontra um bloqueiovenaldosEstadosUnidos No Peru, os indígenase camponeses estão desencadeando levantes cotidianos, comofizeram,em junhode2009,contraogovernoconservadorededireitadeAlan Parte I García, que acumulou índices de crescenteoposição popular.Junto a tantos outros* povosandinos,oslatino-americanosaumentamosespaçosderesistênciaerebelião. O TRABALHO NA AMÉRICA LATINA Istoparanãofalarmosdaslutasoperáriasurbanasdosassalariadosdaindústriae dosserviços,dostrabalhadoresimigrantes— queagoralançam-senãosónofluxoSul- -Norte,mastambémnofluxoSul-Sul,vivenciandoasagrurasepenúriasdaexploração queatingeospovoslatino-americanosemseupróprioterritório. Nãoestarãoospovosandinos,amazónicos,indígenas,negros,brancos,homense mulherestrabalhadoresdoscamposedascidades,operárioseoperárias,aproclamarem queaAméricaLatina nãoestá maisdispostaasuportara barbárie,asubserviência,a Iniquidadeque, em nomeda “democracia daselites”,assumem defatoa postura do império,daautocracia,datruculência,damisériaedaindignidade? Nãoestaremospresenciandooafloramentodeumnovodesenhodepoderpopular, construído pela base, peloscamponeses, indígenas,operários,assalariados urbanos e rurais,quecomeçamnovamenteasonharcomumasociedadelivre,verdadeiramente - latino americanaeemancipada? Nãoestaremoscomeçandoatecer, redesenhare mesmopresenciaras novasvias libertasnaAméricaLatina? I O CONTINENTE DO LABOR1 ? 'ÍlW POUCO DA NOSSA HISTORIA DOTRABALHO I * continente latino-americano nasceu sob a égide do trabalho. Antes mesmo do inicio da colonização europeia, especialmente espanhola e portuguesa, a América I atina era habitada por indígenas nativos que trabalhavam em uma economia hn.r.ida nasubsistência,produzindoalimentosagrícolaseutilizandoacaça,a pesca, 0 i xtradvismo agrícolaea mineração deouro e prata, entreoutrasatividades, para jiaiantirsuasobrevivência. Nessafasepré-colonial,otrabalhocoletivoeraopilardaprodução.Foisomente nu liltidoséculoXVqueseiniciou umenormeprocessodecolonizaçãoquemarcoua histúiia do trabalhodenossocontinente.Impulsionadapelaexpansãocomercialque 1arai triizava a acumulação primitiva em curso na Europa,aAméricaLatina passou a íu cobiçada pela nascente burguesia mercantil e pelos Estados nacionais recém ousthuidos novelhocontinente.Foiassimqueseiniciouoprocessodecolonização * (cid:127)lilupda na AméricaLatina. A presença inglesa na colonização da América do Norte teve um caráter phdomina.ntementevoltadoparaacriaçãodecolóniasdepovoamento,istoé,receptoras ila|"«pulai, toeuropeiaexcedente,enredadaemdisputaséticasereligiosas.Muitodistinta Irii 4colonizaçãoibérica(espanholaeportuguesa)naAméricaLatinaque,desdeoinício, st (cid:127)tilai uii/ou pelaorganizaçãode colóniasdeexploração,voltadasparaincrementaro prui' .ui dr acumulaçãoprimitivadocapitalemcursonos paísescentrais,conformea . pi*' í-a li lima leita pelohistoriador marxistabrasileiroCaio PradoJr. . . t 1ili,M ii,.ui ilcstc textocontou com oapoiodosseguintes pesquisadores: Bruno Duráes,Claudia !infíiH'i Iii.inielRomero,FilipeKaslan,GeraldoAugustoPinto,HenriqueAmorim,IsabellaJinking/.. M¡Hnisi,iiliSilvacSilvioCavalcante.Porsetratardetextoescritooriginalmenteparaaenciclopédia l-guiiiiitiiiiiii'iiihc clt,,o uso de notasde rodapéfoi redu/idu un mínimo,tic modoquesitas forties liildiiightliiusi'sijtioportunamenteinadasnaliibllogiuliu¡: mldestelitto,iVgrandevalialolaestcíente Mtietátirudi I«¡thintti«utalert atanova(tug,), /Hilariat/e/auuiaaataa,l»,niraí AméricaIaitoa(México 11 I sigloVeintiuno,In,stitutodi IvauIg,tiionesNmin!< - I«ti-titi itH|-, i t i.)sititotin.«OIH.rate , i¡iitui11nãottatadost¡ unitpositríotes nqiit entretanto ---oír no*iupiinlnaseguintes Ocontinentedolabor 19 18 Ocontinentedolabor As principais formas do trabalho existentes em nossa sociedade colonial sentiam de incrementarseusempreendimentos industriais. Inicialmente, portanto-, desenvolveram-seentreosséculosXVIeXIX.Inicialmente,foi utilizadootrabalho -a diversificação dos negócios surgiu das demandas da própria economia agro indígenapormeiodosistemaconhecidocomoencomiendas,umaespéciedeconcessão exportadora, que carecia das indústrias têxtil, alimentícia, metalúrgica etc. Pouco pessoal na qual o colono se comprometia a garantir a subsistencia dos indígenas, a pouco, especialmente na primeira metade do século XX, estasforamse tornando apropriando-sedoseutrabalho.Emespecialnascoloniassobdomínioespanhol,era autónomas,suplantando as próprias atividades ruraisquelhe deram origem.Além comumaexploraçãodotrabalhoindígena,ummododeescravidãovoltadoàextração disso,aomesmotempoqueaindústriafoiimpulsionadapelademandainternaepelas demetaispreciosos(ouroeprata).Alémdisso,tambémnomundocolonialdifundiu- necessidades deacumulação das burguesiasemdesenvolvimento, a Primeira Guerra -seotrabalhoescravoafricano,resultadodeumintensotráficohumanodaÁfricapara Mundialpossibilitouumavançosignificativonoprocessodeindustrialização,oquefez aAméricaLatina,sobocontroledasburguesiascomerciaiseuropeiasemconstituição comqueumfortefluxomigratóriodetrabalhadoreseuropeusviesseparaestecontinente queviviamdeváriostiposdecomércio,inclusiveohumano. (principalmenteparaoBrasil,aArgentinaeo Uruguai)em buscadetrabalho. Foidesseintercâmbiomercantilquesurgiuoescravismocolonial,modalidade detrabalhoquesedesenvolveutantonosterritóriosdominadospeloscolonizadores vpoolrttaudgausespersioqruitaanritaomneansteárpeaarsacaonptrrooldaudçaãsopaegloríscoelsapa(nahpóliasn-tactioomn)oeooCeanrgibeenh-o,* ASINCDOINCSATLIITSUMIOÇÃ:OENDTORETROAOBFAILCHIAOLAISSMSAOL,AARRIAEDSOISTEEANGCIEANEESAERDEOVOLUÇÃO produtordeaçúcar,comercializado no mercadoeuropeu. Adiversificaçãodasatividadesprodutivaseaconstituiçãodo mercado interno Fo|nessemarcohistóricoeestrutural,constituídoespecialmenteapartirdasegunda criaram ascondiçõesparaaimplantaçãodotrabalhoassalariado naAméricaLatina. includedoséculoXIX,quecomeçouaseformaraclassetrabalhadoralatino-americana, Tal modalidadede trabalhofoiestabelecidaapenasaolongodoséculoXIX,em um eentradaprincipalmentenoscentrosexploradoresdesalitre,cobre,prata,carvão,gáse mingolmêse),ntqouecapraascstoeruizaadexoigpierlaaaemxppalniasçããooddoocmaperitcaaldisomcooninsudmusitdroiarle(easipnetcrioadlmuçeãnotedoo ipeetmrólpeeoq,uneanionsdeússttarbiaelteêcxitmil,enntoosssfearbvriiçso.sportuárioseferroviários,naconstruçãocivil trabalhoassalariado nomundocolonial. Marcados desde o início por uma intensa exploração desua força de trabalho, Durante grande parte da sua história, o mundo colonial latino-americano iO trabalhadores se reuniam em torno das primeiras associações operárias, como foi também cenário da constante rebeldia dos escravos negros que, na luta pela A* locledades de socorro e auxílio mútuo, as uniõe—s operárias e, posteriormente, os smuoadeamlidaandceipaabçjãeota, dreafuegsciaravvaimdã-soe. Lneoms bqrueimloomsbaoms,arjeesctuossaanrdeov-osleuçaãotradboaslhnaegrrsoosbdoa yU^nsedllóucillo,sg,ráofrigcoasn,izmadetoaslúprogriccoast,efgeorrrioavsiáprrioofsi,sspioorntauiásriosa,lfeaniatrteeso,uptardaes.iros, carpinteiros, Haiti, em 1791, primeiro dos muitos levantesem nossaAmérica Latina a abolir o Éimportantedestacar,entretanto, um traçoparticularnaconstituiçãodaclasse qtruaebalelhvoouesàcrcaovnos;toituuiaçiãnoddaeouQmuailcoommbuondidoasdPeanlmegarraesl,ivrreevoelctaoldeotisveasdcruarvaonstenoosBarnasoisl Bnptbmftlhóandiocroa.Teamisnpoasísseoscvoivnetnincieanrtaem,mumuiatotradnifseirçeãnotqeudeolsevpoauísseéscduelocsa,puimtalliosnmgoocpernoctreaslsoe 1630-1685. A predominância agrária nos séculos de colonização permitiu que se quit principioucomoartesanato,avançou paraamanufaturae,posteriormente, para desenvolvesseemváriospaísesdaAméricaLatinaumcampesinatoforteenumeroso, #|iande indústria. NaAmérica Latina, este trânsitofoi muito mais rápido, pois cm posteriormente responsável porinúmeraslutassociais,comoa RevoluçãoMexicana íáiliiHpaísessaltou-sequasequediretamentedotrabalhorural,daescravidãoafricanaou de1910,marcadamente popularecamponesa. fitdígnia,paranovasformasdetrabalhoassalariadoindustrial.Ouseja,asexperiênciasde latifúnCdoimopoasretosruillt,asduobodrodsinuardtoouaorbcaanpoi-tainldeustsrtarniaglediroo,sqécuuelaotéXeInXtã-oqpureedsoumbsintiatuvaiunoa (BfBalEuiulrhoopaartpeosarqnualeenmosessomcoonmtianneunftaetunrãeoircoofnohreacmeumauvitiogêdnicsitaindtaossdisatqeumealafsevuidvaeln.ciadas AméricaLatina-eoconsequentetrânsitodassociedadesruraisparaessanovarealidade, Foinestecenárioquegerminaramasinfluênciasanarquistas(ouanarcossindicalistas), começaramasurgiremdiversospaíseslatino-americanososprimeiroscontingentesde PalslUrnsecomunistas,ocorrendo também asprimeiras manifestaçõesoperárias.ea trabalhadores assalariados, vinculados tanto àsatividadesagrário-exportadoras (caso HgMitpaçítn das primeiras greves que paralisaram distintos ramos profissionais As dAargpernutdinuaçfeloninnfUecriurágunaoi,Bpraaíssiels)ecxopmoortaàdsoarteivsiddeadceasrnmesaneudfaetruivraediroass,eosintdraubstarlihaaisd.oNreas fijfUpAMriel/uunçiõaemsstirnadbiaclahisadaorgreesntpinoars,opfíociroesx.eNmapqluo,elseurpgaiírsa,masddasisspouctiaesdaednetsredesorceisailsitsêtnacsiae encontravam ocupação nus lilguríficos,a principal fontedeatividadeprodutiva. fflarqulsus já estavam presentes na comemoração do Primeiro de Maio de 1890, quando »is socialistas buscavam a regulamentação das condições do trabalho por - Quantomais¡i*cumomiasagrário exportadorus, própriasdomundomercantil, meio da ação do listado cosanarquistas propunham o rompimento com o sistema, desenvolviam atividade* relacionadas ao universo capitalista, mals necessidades contrário*queeram às reformasestatuis,

See more

The list of books you might like

Most books are stored in the elastic cloud where traffic is expensive. For this reason, we have a limit on daily download.