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n. 5 | maio a agosto de 2016 PDF

134 Pages·2017·2.71 MB·Portuguese
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N. 5 | MAIO A AGOSTO DE 2016 N. 5 | Maio a Agosto de 2016 ISSN 2446-7189 A revista de Estudos de Cultura da UFS é um periódico do Núcleo de Estudos de Cultura da UFS, Pólo autónomo internacional do CLEPUL: HISTÓRIA, CULTURA E EDUCAÇÃO, que foi criado com o intuito de congregar pesquisadores das grandes áreas de Ciências Humanas, de Ciências Sociais e Aplicadas e de Letras, Linguística e Artes, para que, numa relação recíproca e não hierárquica de trocas e empréstimos, possam romper-se as limitações disciplinares que difi cultam perspectivas renovadoras de refl exão sobre a cultura moderna e contemporânea, com ênfase no estudo de seus aspectos organizacionais e representacionais. EDITOR CHEFE Luiz Eduardo Oliveira CONSELHO EDITORIAL Antonio Ponciano Bezerra (Universidade Federal de Sergipe) Anderson Zalewski Vargas (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Celso João Carminati (Universidade do Estado de Santa Catarina) Claudete Daflon dos Santos (Universidade Federal Fluminense) Delmir José Valentini (Universidade Federal da Fronteira do Sul) Dilton Cândido Santos Maynard (Universidade Federal de Sergipe) Élsio José Corá (Universidade Federal da Fronteira Sul) Enrique Rodrigues-Moura (Universidade de Bamberg) Frank Nilton Marcon (Universidade Federal de Sergipe) Francisco das Neves Alves (CLEPUL / Universidade Federal do Rio Grande/ Biblioteca Rio-Grandense) Gladys Mary Ghizoni Teive (Universidade Federal de Santa Catarina) Hippolyte Brice Sogbossi (Universidade Federal de Sergipe) João Adolfo Hansen (Universidade de São Paulo) João Carlos Relvão Caetano (CLEPUL / Universidade Aberta de Portugal) Jonatas Silva Menezes (Universidade Federal de Sergipe) Jorge Carvalho do Nascimento (Universidade Federal de Sergipe) José Carlos de Araújo Silva (Universidade do Estado da Bahia) José Eduardo Franco (CLEPUL / Universidade de Lisboa) José Rodorval Ramalho (Universidade Federal de Sergipe) Luiz Eduardo Oliveira (CLEPUL / Universidade Federal de Sergipe) Maria Ivonete Santos Silva (Universidade Federal de Uberlândia) Maria Regina Barcelos Bettiol (CLEPUL) Marcus de Martini (Universidade Federal de Santa Maria) Norberto Dallabrida (CLEPUL / Universidade do Estado de Santa Catarina) Paulo de Assunção (CLEPUL / Universidade São Judas Tadeu) Raquel Meister Ko. Freitag (Universidade Federal de Sergipe) Regina Helena Pires de Brito (Universidade Presbiteriana Mackenzie) Sandro Marcío Drumond Alves (Universidade Federal de Sergipe) Simone Silveira Amorim (Universidade Tiradentes) Valmir Francisco Muraro (CLEPUL / Universidade Federal de Santa Catarina) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE REITOR Angelo Roberto Antoniolli VICE-REITOR André Maurício Conceição de Souza REVISÃO E TRADUÇÃO Português Luiz Eduardo Oliveira Kate Constantino Oliveira Inglês Emmerly Karoline Nascimento Dantas Leite José Augusto Batista dos Santos Luana Inês Alves Santos Thadeu Vinícus Souza Teles Espanhol Anselmo Guimarães Sandro Drumond Marcío Alves Marengo EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Adilma Menezes Revista de Estudos de Cultura da UFS/Publicação do Núcleo de Estudos de Cultura, Universidade Federal de Ser- gipe. - nº 5, (mai./ago. 2016) – São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, 2015. ISSN. 2446-7189 Quadrimestral 1. Cultura 2. Cultura brasileira 3. Periódico 3. Núcleo de Estudos de Cultura. CDU 008 (050) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Cidade Universitária “Prof. José Aloísio de Campos” CEP 49.100-000 – São Cristóvão – SE. EDITORIAL O século XVIII, cognominado “das Luzes”, é visto, por vezes, de forma mitificadamente luminosa, como o século da Grande Ruptura. É o século da Enciclopédia, da afirmação plena da Razão como senhora onipotente no âmbito cultural, científico e até político. Desenha-se então a ideia de pro- gresso e proclama-se o otimismo no que respeita às possibilidades humanas de construir um mundo novo e uma sociedade aperfeiçoada. Detesta-se o antigo e canta-se o novo como mito mobilizador para a nova universali- dade que se quer construir à luz de um saber edificado e escrutinado pelos critérios e métodos definidos pela única faculdade humana considerada credível para aferir a verdade: a faculdade de raciocínio crítico produtor de pensamento e inteligência credível sobre a realidade. Novas leis, novas filosofias, novas verdades científicas, novas formas de olhar a história, novos modos de entender o homem, nova teologia, nova forma de conceber e exercer o poder, nova arte, nova literatura, nova cul- tura e, fundamentalmente, nova educação. Tudo é dado como novo e ilu- minado, como se tudo tivesse aparecido exnihilo e a anterioridade imediata pouco valesse. Esta imagem da emergência da corrente cultural iluminista tendeu a cristalizar-se em manuais escolares e em visões mais ou menos simples que passam em muitos livros sobre o período da ilustração. Nesta nova conjuntura, os Jesuítas são tidos como anti-heróis ou protagonistas negativos do novo paradigma. Diabolizados enquanto conspiradores e fau- tores do ostracismo e das anti-Luzes, os inacianos parecem ser os grandes perdedores deste século Assim, sedimentou-se a imagem de que a Grande Ruptura do século XVIII teria permitido a inauguração de uma época de ilustração racional nunca antes vista para a humanidade. Contudo, representa-se na propa- ganda que a possibilidade dessa ruptura só poderia ter sido alcançada mediante a remoção definitiva do grande obstáculo que os Jesuítas e o seu ensino escolástico constituíam. Quer políticos, quer intelectuais investiram REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | N 05 | Mai. Ago./2016 8 | EDITORIAL muitos recursos numa propaganda e em medidas per- compartilharam determinados interesses, empregando, secutórios para eliminar os jesuítas e depositar no “lixo conforme a situação, uma argumentação parecida ou, tóxico” da história todo o seu legado. até, buscando estabelecer compromissos aceitáveis para Esta foi a história que nos foi vendida por uma os dois lados. propaganda, cujos resquícios ainda permanecem até “Ni V. E ignora que no he tenido ociosa la hoje e nos dificultam a construção de uma perspectiva Pluma”: a polêmica produção escrita de um jesuíta daquele século e dos seus atores culturais e políticos durante o Tratado de Limites, de Eduardo Neumann, de maneira menos simplista. Algumas constatações e analisa a trajetória de Bernardo Ybáñez Echavarri, reli- questões orientadoras podem ajudar-nos a compreen- gioso expulso da Companhia de Jesus em 1757, quando der que a Grande Ruptura proclamada pela propaganda ocupava o cargo de capelão da primeira comissão e acreditada pela legião de seus adeptos estava muito demarcadora no rio da Prata. O tema merece atenção mais eivada de continuidade com relação ao passado tanto por conta das circunstâncias da expulsão, assunto do que se fez crer. marcado por desconfianças e intrigas, mas princi- Por um lado, boa parte da elite de intelectuais que palmente pela polêmica gerada a partir da produção fizeram o iluminismo europeu e que depois rejeitaram escrita desse ex-jesuíta, um homem de letras que acio- a Companhia de Jesus foram formados pelos Jesuítas nava a pluma com facilidade contra aqueles que julgava em seus colégios e universidades, que depois os políti- seus inimigos. A inserção dos jesuítas João Daniel e cos das Luzes mandaram fechar. David Fáy no clima de opinião da Ilustraçao ibérica Por outro lado, a própria Companhia de Jesus, e europeia, por sua vez, é um artigo escrito por Beatriz naquele século de grandes possibilidades para repensar Helena Domingues e Breno Machado dos Santos que os paradigmas devido às novas descobertas e teorias analisa o caso de dois jesuítas setecentistas que pos- científicas, passava por um processo de atualização de suem em comum, entre vários aspectos, o fato de terem métodos e teorias, sobretudo nos domínios da mate- deixado registrada sua participação no clima de pensa- mática, física, geografia, cartografia, biologia, medicina mento do século XVIII a partir de sua experiência na ou linguística. É possível que a Ordem de Santo Inácio Amazônia portuguesa. Nessa mesma linha, Análise de fosse a instituição internacional que detinha a informa- documento histórico: a petição de balthasar pucheta, ção mais atualizada em tempo recorde para a época das de Selson Garutti, apresenta uma pesquisa explorató- novidades científicas e filosóficas que se registavam a ria que tem por objetivo uma análise textual de cunho nível global, fazendo-as circular na sua rede intercon- histórico da Petição (documento) apresentada por Bal- tinental e debatendo-as à luz do método escolástico thasar Pucheta ao Governador do Paraguai, acusando da disputatio como hipótese de trabalho intelectual, os jesuítas e suplicando que os índios do Itatim voltem embora nem sempre aderindo às novas teses. a prestar serviço pessoal. É este o desafio que se apresenta aqui a um con- Trabalho e salvação, trabalho e liberdade: a junto de estudiosos que se propuseram a contribuir para Companhia de Jesus e as Luzes diante da escravidão, dois números temáticos de nossa Revista de Estudos de Laurent de Saes, busca mostrar que, para além dos de Cultura, analisando o século XVIII à luz desta rela- elementos de ruptura que separam o pensamento esco- ção complexa entre Jesuítas e Ilustração. No primeiro lástico jesuítico e a filosofia das Luzes, é possível iden- volume, a discussão se inicia com Jesuítas e Colonos tificar uma linha de continuidade referente à postura na Amazônia Portuguesa: contendas e compromis- de inacianos e philosophes diante da questão da escravi- sos (sécs. XVII e XVIII), artigo de Roberta Lobão dão. Segundo o autor, se há ruptura quanto à aceitação Carvalho e Karl Heinz Arenz que, partindo do pressu- ou não de títulos que legitimariam a redução à condi- posto de que as tensões entre os dois agentes-chave da ção de escravo, a continuidade emerge quando se trata colonização portuguesa não devem ser compreendidas de refletir sobre as condições da liberdade de índios e como um dado absoluto, analisa nas entrelinhas das negros e o papel pedagógico que o trabalho deve exer- fontes as evidências de que missionários e moradores cer na formação de determinadas populações, supos- REVISTA DE ESTUDOS DE CULTURA | N 05 | Mai. Ago./2016 tamente despreparadas para o exercício dos direitos compartilha conosco os resultados de uma investiga- inerentes à liberdade civil. ção ainda em curso sobre dois manuscritos jesuíticos Em O Martírio dos Jesuítas: Malagrida e a “Idade que se mantêm inéditos, o Libro de Cirugía (1725) e de Razão”, Célia Cristina da Silva Tavares explora as o Paraguay Natural Ilustrado (1771-1776), escritos, contradições existentes entre o uso exemplar do castigo respectivamente, pelo irmão jesuíta Pedro Monte- do jesuíta Gabriel Malagrida no contexto de afirma- negro e pelo padre jesuíta José Sánchez Labrador, ção da “Idade da Razão” na época pombalina. A partir privilegiando a análise das descrições que os auto- da trajetória da vida missionária no norte e nordeste res fazem de saberes e práticas curativas adotadas do Brasil e na corte portuguesa do inaciano italiano, é nas reduções da Companhia de Jesus da Província feita a análise de um jesuíta muito fiel aos ditames tri- Jesuítica do Paraguai. Assim, constata a influência dentinos num mundo em que o império da razão se exercida pelas teorias médicas vigentes na Europa do avizinhava. Luiz Fernando Medeiros Rodrigues, em Setecentos e o diálogo que estes missionários manti- Fundamentos ilustrados do governo pombalino para veram com autoridades da Medicina e da Farmácia, a Amazônia colonial, analisa como, na correspondên- bem como as evidências da apropriação e circulação cia entre Sebastião José de Carvalho e Melo e o duque de saberes e procedimentos terapêuticos nas obras que Manuel Teles da Silva, a convergência de pontos de estes dois jesuítas escreveram, a partir de suas expe- vista sobre os problemas discutidos fez de Teles uma riências nas terras de missão na América. espécie de consultor ad hoc para as estratégias políticas Tenham todos uma excelente leitura. do Marquês de Pombal e como estas ideias ilustradas serviram de fundamentando para um programa de governo na Amazônia portuguesa. Os editores Este número se encerra com A companhia de José Eduardo Franco jesus e artes de curar na américa platina setecentista: Karl Heinz Arenz uma análise de manuscritos jesuíticos inéditos, de Luiz Eduardo Oliveira Eliane Cristina Deckmann Fleck. Neste artigo, a autora Maria Regina Barcelos Bettiol EDITORIAL The eighteenth century, known as the “century of the Enlightenment”, is seen, at times through a mythologically luminous perspective, as the cen- tury of the Great Rupture. It is the century of the Encyclopedia, of the full affirmation of Reason as an omnipotent lady in the cultural, scientific and even political sphere. Then the idea of progress is drawn and optimism is proclaimed as to the human possibilities of building a new world and an improved society. The old is detested and the new is sung as a mobilizing myth for the new universality that one wants to construct in the light of a knowledge built and scrutinized by the criteria and methods defined by the only human faculty considered credible to gauge the truth: the faculty of critical reasoning, producer of thought and credible intelligence about reality. New laws, new philosophies, new scientific truths, new ways of loo- king at history, new ways of understanding man, new theology, new way of conceiving and exercising power, new art, new literature, new culture and, fundamentally, new education. Everything is given as new and enlightened, as if everything had appeared exnihilo and the immediate pastness was of little value. This image of the emergence of the illuminist cultural current tended to crystallize into school textbooks and more or less simple visions found on many books about the period of illustration. In this new context, the Jesuits are regarded as anti-heroes or negative protagonists of the new paradigm. Diabolized as conspirators and supporters of ostracism and anti- -Enlightenment, the Ignatians seem to be the great losers of this century. Thus, the image that the Great Rupture of the eighteenth century would have allowed the inauguration of a time of rational illustration never before seen for the humanity was settled down. However, it is represented in the propaganda that the possibility of this rupture could only have been achie- ved by definitively removing the great obstacle that the Jesuits and their scholastic teaching constituted. Both politicians and missionaries and residents shared certain interests, intellectuals invested many resources in propaganda employing, according to the situation, a similar argu- and persecutory measures to eliminate the Jesuits and ment or, even, trying to establish compromises accept- to deposit in the “toxic waste” of history all their legacy. able to both sides. This was the story that was sold to us by an adver- “Ni V. E ignora que no he tenido ociosa la tisement, whose remnants still remain today and make Pluma”: the controversial written production of a it difficult for us to build a perspective of that century Jesuit during the Tratado de Limites, by Eduardo Neu- and its cultural and political actors in a less simplistic mann, analyzes the trajectory of Bernardo Ybáñez way. Some findings and guiding questions may help us Echavarri, a religious expelled from the Society of Jesus to understand that the Great Rupture, proclaimed by in 1757, when he held the position of chaplain of the the propaganda and accredited by the legion of its follo- first demarcation commission on the Prata river. The wers, was much more vivid of continuity with the past subject deserves attention both because of the circum- than had been believed. stances of the expulsion, a subject marked by suspicions On the one hand, a good part of the elite of intel- and intrigues, but mainly by the controversy generated lectuals, who made the European Enlightenment and from the written production of this ex-Jesuit, a man of who later rejected the Society of Jesus, were formed letters who easily triggered the pen against those who by the Jesuits in their colleges and universities, which judged his enemies. then were ordered to be closed by the politicians of The Insertion of the Jesuits João Daniel and the Enlightenment. On the other hand, the Society David Fáy into the opinion climate of the Iberian as of Jesus itself, in that century of great possibilities for well as European Enlightenment, in turn, is an arti- rethinking the paradigms due to new discoveries and cle written by Beatriz Helena Domingues and Breno scientific theories, went through a process of updating Machado dos Santos that analyzes the case of two eigh- methods and theories, especially in the fields of mathe- teenth-century jesuits who have in common, among matics, physics, geography, cartography, biology, medi- several aspects, the fact that they recorded their partic- cine or linguistics. It is possible that the Order of Saint ipation in the eighteenth century by thinking climate Ignatius was the international institution that had the from their experience in the Portuguese Amazon. In most up-to-date information in record time for the era the same vein, Historical Document Analysis: the of global scientific and philosophical novelties, circula- petition of Balthasar Pucheta, by Selson Garutti, pres- ting them in its intercontinental network and debating ents an exploratory research that aims at a textual anal- them in the light of the scholastic method of disputa- ysis of a historical nature of the Petition (document) tio as a hypothesis of intellectual work, although not presented by Balthasar Pucheta to the Governor of Par- always adhering to the new theses. aguay, accusing the Jesuits and begging that the Indians This is the challenge presented here to a group of Itatim return to render personal service. of scholars who have proposed to contribute to two Work and Salvation, Work and Liberty: The thematic issues of our Revista de Estudos de Cultura, Company of Jesus and the Lights in the Face of Slav- analyzing the eighteenth century in the light of this ery, by Laurent de Saes, seeks to show that, in addi- complex relationship between Jesuits and Illustration. tion to the elements of rupture that separate scholastic In the first volume, the discussion begins with Jesu- Jesuitical thought and the philosophy of Lights, it is its and Settlers in the Portuguese Amazon: disputes possible to identify a line of continuity regarding the and compromises (17th and 18th century), article by position of ignatian and philosophes on the question of Roberta Lobão Carvalho and Karl Heinz Arenz, who slavery. According to the author, if there is a rupture as started from the belief that the tensions between the to the acceptance or not of titles that would legitimize two key-agents to Portuguese colonization should not the reduction to the condition of slave, the continuity be understood as an absolute data. Their article ana- emerges when it is a question of reflecting on the con- lyzes between the lines of the sources the evidence that ditions of Indians and black people’s freedom and the

Description:
Chapecó: UNOESC, ano 17, dez. 2003, p.301-348. Disponível para as cidades de Faenza, Ravena, Brisighella e Ímola. Em uma carta datada de
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