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Lacan e a clínica da interpretação PDF

174 Pages·1996·39.202 MB·Portuguese
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facebook.com/lacanempdf A ESTÉTICAD AIN TERRETPAÇÃO A açãdoop sicanaploidseserta ap reendapi adradti ert rêsdi ­ mensõaep so:l íates itcar,a teé gtaiá cat( iLacaca n1,9 58N)on .ív d tático enocm oanitgorrraa dmueol si berddoma oddeio n terpre­ tatiuvmoav, aq uees lteev ac oenmdta i retamoees nttiseli on gu­ ladrec adaan alAi psotlaí.ét icaocam pod ed iscudssopãsro i nd­ pioaqs u see e stsaurjáe sei steto r adteuar m aa nálAise e.s tratégia rege oscam inhopso ssívneadi isr edçacã uor coam,o p oexre mplo om anedjato r ansferêAn táctiipacao. d seerd efinicdoam oocam ­ pod ed iscudsafos rãmoda as i ntervenções. Pensamoqsu éen on ívtáetli qcou see po defa lard eu maes té­ ticad ai nterpretEamção ou.tpe rasrs peaiivnaste rpretacotmivaso, ah ermenêbuítibcala ii can,t erpdreatc auçãloto uuara c rídtai ca artoee ,s tildoa p rópirnitae rpretnaãéçãod o e cisNiovcas oo. d a psicanáalfo irsme.ca o mseo co loca u&lmaapo defaze r todaa diferençac oennsttriect oumíuo-m laina ce rprecação ouoo mou m comentávraziioAo. perspectiva estétincaã estáo portantod escartada, mas oomo&lar dela sem incorrern umat omaddepoa s ição sobre o estiloa,rigo r problemeá tiicam produtiva? Nosshai pótéqese u oe fundameesnttéodt aii nrtoe rpretação 7 Ctmm111 INGO l!Nz DuNKER em psicanálise pertence ao campo da retórica. No o cas cujo programa é a compreensão de fatos artísticoc;sàl das Cstéti. tcerctueoi rOai a cn rdoitaçé ãrpeoio a rfucecenrpcadçaa- mdo,o e dnB otea J1 'l o .U ,N f za o oe ficao cáus ocs 1'.1d a m ad ppa.. Is eii sn canmteerálpnirtseee t aaseÇ Pa• oar nti.Ua _roz d dCO e e unUlllsllltiaa. a eficácia da raie_, a. e d o si J·e n-.c1 0 na-oo tería mos nem' rnCleesd ufSSe mos reconhecer uma mcerpretaçao. ra, a retó 'nca .éJ uscarn lllocolll o . �reo de investigação em que a linguagem e a fala são consideracJ catnPo dvmoeaí cd seueslro liesgn datdee nacran ddi.e d suafo mcroamm reaoçfl ãueomx ad_a oo ar ,és tueat. caje pi.t eon. . gEomsa ,fu pnriçãncoi pdaislrns o e, net 1asaecoqcou s annituo.. A extração retórica de cenos pro. cedimentos intetpreta ttvosve constituindo um ca. m. po. de pesqmsa. ac.erca das relações entre psIlii- canálise e outras d1sc1plmas como a literatura, a poe.çia ot lancilo so. Esfiat de ae' loin vgeu1.a 0g edme (aFporor.resx1 mtearça) -eo a mté ami. s eusmad o'1 ca1. ognram al qáutiancad (oM seah ony ), em esté'tica da' m cerpretaça-o·, isto, e, no quad ro d o diálogo intperednisas- ciplinar. Não o escolhemos tanto pela amplitude desta empreitada quanto por partilhannos da tese de que o fundamento mesmo da poesia e da literatura é a retórica. RETÓRICA E FILOSOFIA Consideremos a retórica como um modo de lidar com a pala­ vra originado na Magna Grécia do século VI a.e. De acordo com 2.enão, ela se define como "a ciência do bem dizer". Historica­ mente a retórica possui uma dupla vinculação, de um lado à me­ dicina, onde se manifesta como um método de cura pela palavra, 8 UCAN E A alNJCA DA INTERPIIJAÇÃO especialdmeesenntvneoa Escol lvaid deEo p idTaalum réot.o do, champasdioog seir ae,feà core n duoçãoud ireçãdoaa lmsea­ cag gunodd oese jdoeq uefmale a esen conntrara aiz d ai dédiea psicoterapia. Poro utrloa adre ot,ó serivi can aàipo llaí eú caà poérst uiaca , presennçaod isaJrssoofl st�i coo. casoesco ldasas re tóridcase GórgeiI ass ócrates. Ar etcoómrpiucanass himaoce náemri oq uneasci aafil osofia platôniroT-aarfillio sscseocaro fiacacté elpríelizacatea .n tativad e superadçãadoxtto , dao pinniãsãouo j,àed ietam onsquuaçãeo , compuassnihmau mt impeon doecor n hecivmarieávdn,ret loa,­ tinvãouo,n iveArsre atló.ser v iêasca,s iqmu,esti oanu,adm vaez quviesa a peconnass tiotpuiineri ã õnopes r opriamcoenhnecite­ menAst por.im erierasfl exsoõberosqe u éeu mdae monstração emergenmoq uasdirom uldtâecn reoís tiiscat eàrem táóteri icaca des olpuarçãaaoc rdiassem atemáptiitagcasó riPrcas.o rurando sisteomspa rtoicezard iemnevnotlnovasdis ed moosn set rações, tenedmvo i sta arai sttra,opod tdiéeçãlmofalio arcase mt rêsà pos dear gumeon troescut:jó fiorim co ,é a pedirsualasãéoúq,cou ,eo tepmo orb jeapt rioivvnoad iree ataop, o dítfuincoci,oa n qau e partidreu ms isretfeemrade insccuiqrsaluiv veoaid oaxiso mas aotse oremas. Ost rnêívsed icasl íanntitraescat atdraodsuz.e amn ,o svseoors , trtêisdp eoargsu menfutnodsam enatdtai ticsa:d, o míndiafoo r ­ mad,ai nterpdreesta eesçãuto iq,lu assoeo, c iamoàres t órai ca; estratédgoia,m ídnodi ioa gnedó ats rantsifecrêocun jcmooidus a , operandid iéal écoatm iomca o tfoir;n almapoe líntitcqeau tr,ea ­ dutezmoda o psr indpionsotra tameennvtsuooaaxl, iv oimdáotis ca. Nesttera balhexoami naremoasp eana asp roxeimnatrerçã eot óri ca l)JIIEI (Hl&IIAl11sol!IZ cendida na sua dimensão tática. o, e..:n. cerpretJ. çi..o en dos ..... ro ou-mentos dialétioos e- apodíticos e, po l'tan- A vaJora.a�a e da pclícica. se dá em funçao de sua capacidade to ' da�escta-�tégi a d oxa (opinião) e estabelecer wn conh,---ri.-ucnto de.-,,,d4, ulu.sr- a:s-co é, s uficiencemente form, a.l para ser transmitid o ou e�n,si., na�d �--A.. o <;_ d..11o 1· cad0is OJISO6]os6 fia caqu de ad rae esrotnáca su 1•pe a1•ta.s sa O p ebloa mcr rc{tit caóri d co a dsinevegu1 aJara.a· uscardça e sua um wc.. d• isaa a usesou qduesetin seartáia raiop.ro Npori alimdo itpeara isso u m1-� •cu.u-' ni·i a. à Mstpi. nrod cer ó luocdÇàOcu..es t oer d, ao 6 1qosoue6 seaem opõegera àsl.M preesmtenosemõesP ulantãivoearsamalibzan"bioutejUilU.sL dco1ee recorom, nq. caue rep._,_.,...-...,.. cra ncata arm -palra- aavra filo (psoh 6mmak a. Aponal a)v, raexp é rp�h 'IZT'm4k o peonrigo p'" o qrque u ea como mei. o da dialéóca é função da, rura e do conheàmento , m as comova_,cw __ ,0 da recóric:a envenena e mata. Os pen·gos da recóric:a são dara.mente ar.es.. ta. dos pela tradição filosófica que proaua a I" den aº dad e d as �aas e sua tradução . num discurso que as espelhe. Ap alavra smgular e a verdade parcial que ela craz consigo respon�em, no entanto, exatamente às pre­ censões da psicamflise. Mais recentemente autores como !ric Laurent, Alain Badiou, inspirados em Lacan, mas também nietts­ cheanos e heideggerianos vêm pondo à prova os limir.esdo discur­ so universalii.ante. abrindo espaço dessa maneira para o ressurgi­ menro da antiga questão retórica. O oompromisso da retórica não é mm a verdade, mas rom a verossimilhança, não é oom o univer­ sal e necessário, mas rom o partiadar e o oontingence. Isco levará um mmentador romo Zittk (1993) a afirmar que "a retórica re­ presenta. na filosofia, o que não pode ser pensado de outra manei­ linguagem." ra senão na Se a dialética filosófica é oooperaciva e 10 IACAN E A alNICA DA INIHPREllflO c0nduz à ascese rumo à verdade, a retórica é narrativa e agonlst:íca. Ouuo p.r o�b lem�a que a r.e tórica constituía para a filosofia é que sua transnussao nao po d ena ser integral. Há um elemento idios- sincrático em sua assimilação. &se demento foi historicamente diminado, transformando-se a retórica num simples conjunto de técnicas para ornamentar a fala e a esaira, estas sim de fácil trans­ missão. A história da filosofia pode ser considerada. nesra perspeo. tiva, como a história da ecdusão da retórica pela dialética e pela axiomática. O que não pode ser perfeitamente ensinado amsiste na arte de inventar idéias e de dispô-las de modo o provocar cercos efeitos, a inventw, segundo a designação de Hortêncio e Cícero. A invmtio deve levar em conta a solidificação das fónnulas retóricas e seu desgaste no tempo e por isso convida à criação e ttansfonnação do estilo. A retórica é o lugar de origem da questão do estilo, da estillstica. l.ACAN E A RETÓRICA As referências diretas de Lacan à retórica não podem ser desconsideradas. Tomemos para tanto o texto "A metáfora do Su­ jeito" (1961) que representa a síntese de um debate entre Lacan e um dos responsáveis pelo renascimento dos estudos retórioos na década de 1950, Perelman. A obra de Perelman é marcada tanto pela preocupação em formalizar e classificar as figuras ret6rias, quanto por prorurar um debate aberro com a filosofia, visando mostrar o aspecto retórioo de algumas de suas questões auciais. O impacto causado pela filosofia da linguagem anglo-sax6nica 11

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