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Henrique Modanez de Sant‟Anna ENTRE REIS, TIRANOS E PDF

218 Pages·2011·2.3 MB·Portuguese
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Henrique Modanez de Sant‟Anna ENTRE REIS, TIRANOS E GENERAIS: IMITATIO ALEXANDRI E DISPOSITIVOS TÁTICOS NO OCIDENTE HELENÍSTICO, 323-255 A.C. Tese de Doutorado Programa de Pós-Graduação em História Universidade de Brasília Orientador: Prof. Dr. Vicente Dobroruka Brasília, janeiro de 2011 IN MEMORIAM PATRIS MEI (1938-2009) Há somente duas fontes das quais qualquer vantagem pode ser retirada: os nossos próprios infortúnios e aqueles de outros homens. Políbio 1.35 iv RESUMO A história política do mundo helenístico não era formada unicamente por comandantes sêniores do exército de Alexandre, o Grande; sob os Diádocos contava-se uma série de ex-oficiais de poder menor ou aventureiros que desempenhavam funções importantes em regiões controladas pelos ex-generais do rei macedônico ou mesmo em territórios que não haviam sido previamente subjugados. Juntamente com os Diádocos, tais comandantes de poder menor moldaram a política do mundo helenístico e transformaram de maneira relevante a sociedade na qual estavam inseridos, contribuindo para a formação da imitatio Alexandri e de seu impacto na arte da guerra do período helenístico. Este era o caso de Agátocles de Siracusa e, em seguida, Pirro do Epiro (com poder obviamente maior que o de Agátocles), que, a despeito das diferenças na esfera de poder e do vínculo com Alexandre, tiveram papel fundamental na concretização das inovações políticas e militares no ocidente helenístico. Esta tese de doutorado apresenta duas hipóteses: em primeiro lugar, que a monarquia de Agátocles era de natureza “helenística”, e que essa “inovação” política se dirigiu às suas tropas mercenárias e não à cidade de Siracusa, onde sua magistratura compulsória era uma simples formalidade; em segundo lugar, que a expedição africana de Agátocles e a experiência militar de Pirro na Magna Grécia e na Sicília provocaram inovações militares em Cartago, primeiramente em nível estratégico e, em seguida, já na invasão africana liderada pelos romanos, em nível tático. Tais inovações, por fim, teriam transformado o exército cartaginês numa autêntica arma helenística. v ABSTRACT The political history of the Hellenistic world was not composed only of the senior commanders of Alexander the Great; under the Diadochi both a number of his minor officers and adventurers played important roles. They were active both in territories ruled by former generals of Alexander and even in territories which had not been subdued by the Macedonian King. With the Diadochi, such commanders with minor power molded the politics of the Hellenistic world and shaped their society, thus contributing to the imitatio Alexandri as well as to its impact on the art of war in Hellenistic period. This was the case of Agathocles of Syracuse, and after him Pyrrhos of Epirus, both fundamental to the concretization of political and military innovations in the western Hellenistic world, despite their differences in power and their connection with Alexander. This DPhil thesis presents two hypotheses. First of all, Agathocles‟ monarchy was of “Hellenistic” nature, and such political “innovation” was proposed to his mercenary troops instead of the city of Syracuse, where his power was a mere formality. Secondly, the African expedition led by Agathocles and the military experience of Pyrrhos in Magna Graecia and Sicily fomented military innovations in Carthage. These innovations were, in the first place, at the logistical level, and after that, during the African invasion led by the Romans, at the tactical level. Such innovations, in the end, would have changed the Carthaginian army into an authentic Hellenistic weapon. vi AGRADECIMENTOS Primeiramente, os agradecimentos de ordem institucional. Ao Professor Vicente Dobroruka, pela confiança inabalável e por toda dedicação. Ao Professor Erich Gruen, pelo comprometimento com o trabalho de co- orientação, realizado em agradáveis reuniões ao longo do meu estágio em Berkeley. Aos Professores Celso Fonseca, Maria Filomena, Carmen Lícia e Anderson Vargas, por todas as críticas, conselhos e auxílio com o aprimoramento da pesquisa. Aos funcionários do PPGHIS da UnB e à coordenação do Programa, pela seriedade com que trataram as minhas freqüentes solicitações. Ao Projeto de Estudos Judaico- Helenísticos, por tudo que ele representa na academia brasileira. Aos financiadores da minha pesquisa, nomeadamente CNPq (bolsa de doutorado no país) e Capes (bolsa de doutorado no país com estágio no exterior), por terem me dado suporte financeiro em todo o doutoramento. Aos funcionários, colegas e amigos que tive o prazer de conhecer na Fundação Hardt, em Genebra. Aos funcionários e colegas da Universidade da Califórnia, Berkeley, pela receptividade e paciência com o meu sotaque. Aos Professores Angelos Chaniotis, Joe Manning, João Gouveia Monteiro, Delfim Leão, Barry Strauss e Gianluca Tagliamonte, pelos conselhos, declarações e cartas de recomendação escritas. Por fim, os agradecimentos pessoais. Aos meus pais, por toda educação que me deram. Espero que eu tenha, a essa altura, os deixado orgulhosos de alguma forma. À Carolina, my Bride to be, por todo suporte emocional em momentos difíceis, principalmente com o falecimento do meu pai. Aos meus amigos Neyller e Fabíola, que são também parte da minha família, e ao meu afilhado Ícaro. Aos outros amigos, colegas de profissão ou das mais diversas origens lúdicas. vii SUMÁRIO Agradecimentos ......................................... vii Abreviaturas ............................................ xi Lista de figuras ....................................... xiv Mapas ................................................... xv Introdução .............................................. 17 Capítulo 1 – Novas táticas, outra guerra: as “inovações tebanas” e o exército reformado de Filipe II e Alexandre 27 1. Epaminondas e o princípio da batalha de Leuctra .... 29 2. “Negócios de família”: como Filipe e Alexandre transformaram a guerra grega .......................... 38 2.1. A infantaria macedônica ......................... 38 2.1.1. Hipaspistai, pezetairoi e asthetairoi ......... 40 2.1.2. Taxis, syntagma, lochos e uso da sarissa ...... 44 2.2. A “Cavalaria dos Companheiros” .................. 48 Capítulo 2 – Os desenvolvimentos da guerra helenística no tempo dos Diádocos ...................................... 53 1. Guerra como ofício: as condições de serviço e os tipos de mercenário ......................................... 53 1.1. Mercenariato, profissionalização e crise econômica ..................................................... 53 1.2. Mercenariato, basileia e doriktetos chora ....... 60 2. Os exércitos dos Diádocos .......................... 64 2.1. Macedônios, xenoi, misthophoroi e pantodapoi .... 66 2.2. Os elefantes de combate ......................... 70 3. As Guerras dos Diádocos ............................ 75 3.1. Eumenes versus Crátero .......................... 75 viii 3.2. Antígono versus Eumenes ......................... 77 3.3. Antígono versus Ptolomeu, Seleuco, Cassandro e Lisímaco ............................................. 86 Capítulo 3 – Poder monárquico e arte da guerra na Magna Grécia e na Sicília helenística ......................... 89 1. Agátocles e a introdução da basileia helenística ... 89 2. O embate pela preservação da unificação política, da morte de Agátocles a Pirro do Epiro .................. 101 3. Pirro e o problema da monarquia helenística ....... 105 4. Agátocles, Pirro e a imitatio Alexandri em campo de batalha .............................................. 111 4.1. A expedição africana de Agátocles .............. 111 4.1.1. O exército de Agátocles ...................... 115 4.1.2. Agátocles, general como Alexandre? ........... 117 4.2. A expedição de Pirro do Epiro .................. 123 4.2.1. O exército de Pirro .......................... 125 4.2.2. O exército republicano romano ................ 127 4.2.3. A batalha de Heracleia (280 a.C.) ............ 132 4.2.4. A batalha de Ásculo (279 a.C.) ............... 137 Capítulo 4 – As duas fases das inovações militares em Cartago ................................................ 141 1. “Nenhum tirano destruirá nossa cidade!”: controle oligárquico e fracasso da tirania em Cartago, 310-255 a.C. ................................................. 141 2. O exército cartaginês ............................. 155 3. As primeiras inovações militares em Cartago helenística ou a transformação logística frente à ameaça grega, 310-307 a.C. .................................. 161 ix 4. As últimas inovações militares em Cartago no período pré-Bárcida ou a transformação tática frente à ameaça romana, 255 a.C. ..................................... 168 4.1. A Primeira Guerra Púnica, 264-241 a.C. ......... 168 4.1.1. A particularidade da primeira guerra cartaginesa contra os romanos ................................... 168 4.1.2. “Como Ágatocles, nós romanos devemos invadir a África!”: o princípio estratégico da expedição africana de Régulo, 256-255 a.C. ............................. 182 4.1.3. Xantipo e a adoção do princípio tático helenístico, 255 a.C. ............................... 187 Conclusão .............................................. 194 Bibliografia ........................................... 199 Anexos ................................................. 212 Anexo 1 – Uma cronologia do mundo helenístico, 323-241 a.C. ................................................. 212 Anexo 2: Figuras ..................................... 216 x ABREVIATURAS AALG – MILNS, Robert. “The Army of Alexander the Great” in: REVERDIN, Oliver. Entretiens sur l‟Antiquité Classique, Alexandre le Grand: image et realité. Vandoeuvres-Genève: Fondation Hardt, 1976. pp.87-136. AHR - The American Historical Review AJA - American Journal of Archaeology ALG1 - TARN, William W. Alexander the Great. Cambridge: Cambridge University Press, 1950. 2 vols. Vol.1 ALG2 – TARN, William W. Alexander the Great. Cambridge: Cambridge University Press, 1950. 2 vols. Vol.1 Apiano – Apiano, Guerras Estrangeiras Arist. Pol. – Aristóteles, Política Arr. Anab. – Arriano, Anábasis de Alexandre Magno Austin. AUSTIN, Michel. The Hellenistic World from Alexander to the Roman Conquest: A Selection of Ancient Sources in Translation. Cambridge, MA: Cambridge University Press: 2008. CA – Classical Antiquity Chaniotis, WHW. CHANIOTIS, Angelos. War in the Hellenistic World. Malden: Oxford: Blackwell, 2005. Consolo Langher - Sebastiana Consolo Langher. Agathocle. Da capoparte a monarca fondatore di un regno tra Cartgagine e i Diadochi. Messina: Pelorias, 2000. CQ – Classical Quarterly Cúrcio. – Quinto Cúrcio, História de Alexandre Magno Daly – DALY, Gregory. Cannae: the experience of battle in the Second Punic War. London; New York: Routledge, 2002 Diod. – Diodoro, Biblioteca Histórica Cássio Dio – Cássio Dio, História Romana Dionísio – Dionísio, Antiguidades Romanas Estrabão – Estrabão, Geografia Eutrópio – Eutrópio, Breviário de História Romana xi

Description:
“Phoenicians, Carthage and the Spartan Eunomia”, AJA. 100, 1979. a referência (na mesma passagem)394 a uma visita em segredo de Mago ao
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