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Guerra literária: panfletos da Independência (1820-1823), Volume 1: Cartas PDF

877 Pages·2014·11.596 MB·Portuguese
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ISBN 978-65-5858-067-6 Este é o primeiro volume de uma série de quatro que trazem ao lei- tor uma rica coleção de panfletos escritos à época da Independência do Brasil (1820-1823). Usados até agora de modo parcial e esporádi- J o co por historiadores, os panfletos s é estão aqui disponíveis para todos PROJETO REPÚBLICA: M NÚCLEO DE PESQUISA, u os interessados. A coleção não se DOCUMENTAÇÃO E M ril MEMÓRIA - UFMG o pretende completa, talvez nunca ar L d c ú e o seja, mas é muito mais do que José Murilo de Carvalho ell cia C o a amostra, aproxima-se da totalidade é professor emérito da Universidade B r B a v a s a dos panfletos que sobreviveram e Federal do Rio de Janeiro e membro sile tos lho que estão disponíveis nas principais da Academia Brasileira de Ciências bibliotecas, coleções e arquivos de e da Academia Brasileira de Letras. Os autores dos panfletos da guerra Portugal, Brasil e Uruguai. O que literária da Independência do Brasil estes panfletos nos revelam é um recorreram a várias modalidades lúCia Bastos lado pouco conhecido da Indepen- é professora titular de História literárias. Neste primeiro volume V P G dência, que na época se chamou o a Moderna da Universidade do Es- estão incluídos os panfletos vaza- lum nfle UE de guerra literária, uma guerra tado do Rio de Janeiro, bolsista de dos em forma de cartas abertas. e to R travada desde a revolução liberal do produtividade do CNPq e Cientista Por sua natureza pessoal, por se 1 – s da RA Porto em 1820 até a independência do Nosso Estado/FAPERJ. dirigirem a pessoas específicas e CA In L completa do Brasil, efetivada em d provocarem réplicas e tréplicas, R e I GUERRA LITERÁRIA T p T 1823, com a libertação da Bahia. A e E constituem os textos mais polêmi- S nd R Panfletos da Independência (1820-1823) Embora não sangrenta, essa guerra MarCello Basile cos e agressivos de todo o conjunto ê Á n Volume 1 constitui fonte indispensável para o é professor associado de História de panfletos. De um e outro lado do cia R CARTAS do Brasil da Universidade Federal Atlântico, portugueses e brasileiros (1 IA entendimento dos grandes debates 8 que marcaram a renovação de uma 2 José Murilo de Carvalho Rural do Rio de Janeiro. É autor do duelaram uns contra os outros ou 0 -1 Lúcia Bastos nação e o nascimento de outra. livro Ezequiel Corrêa dos Santos: entre si brandindo essa poderosa 8 2 Marcello Basile 3 um jacobino na Corte imperial arma retórica. ) Organizadores (2001). GUERRA LITERÁRIA Panfletos da Independência (1820-1823) Volume 1 CARTAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Reitora Sandra Regina Goulart Almeida Vice-Reitor Alessandro Fernandes Moreira EDITORA UFMG Diretor Flavio de Lemos Carsalade Vice-Diretora Camila Figueiredo CONSELHO EDITORIAL Flavio de Lemos Carsalade (presidente) Ana Carina Utsch Terra Antônio de Pinho Marques Júnior Antônio Luiz Pinho Ribeiro Bernardo Jefferson de Oliveira Camila Figueiredo Carla Viana Coscarelli Cássio Eduardo Viana Hissa César Geraldo Guimarães Eduardo da Motta e Albuquerque Élder Antônio Sousa e Paiva Helena Lopes da Silva João André Alves Lança João Antônio de Paula José Luiz Borges Horta Lira Córdova Maria de Fátima Cardoso Gomes Renato Alves Ribeiro Neto Ricardo Hiroshi Caldeira Takahashi Rodrigo Patto Sá Motta Sergio Alcides Pereira do Amaral Sônia Micussi Simões José Murilo de Carvalho Lúcia Bastos Marcello Basile Organizadores GUERRA LITERÁRIA Panfletos da Independência (1820-1823) Volume 1 CARTAS © 2014, Os organizadores © 2014, Editora UFMG Este livro, ou parte dele, não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização escrita do Editor. _________________________________________________________________________ G934 Guerra literária : panfletos da Independência (1820-1823) / José Murilo de Carvalho, Lúcia Bastos, Marcello Basile, organizadores. – Belo Horizonte : Editora UFMG, 2014. 4 v. : il. (Humanitas) v. 1. Cartas – v. 2. Análises – v. 3. Sermões, diálogos, manifestos – v. 4. Poesias, relatos, Cisplatina ISBN: 978-65-5858-067-6 (PDF) 1. Brasil – História – Folhetos. 2. Brasil – História – Independência, 1822 – Folhetos. I. Carvalho, José Murilo de, 1939-. II. Bastos, Lúcia. III. Basile, Marcello Otávio Neri de Campos. IV. Série. CDD: 981.03 CDU: 94(81) _________________________________________________________________________ Elaborada pela Biblioteca Professor Antônio Luiz Paixão – FAFICH-UFMG Este livro recebeu apoio da Fapemig. COORDENAÇÃO EDITORIAL E PREPARAÇÃO DE TEXTOS Michel Gannam ASSISTÊNCIA EDITORIAL Eliane Sousa DIREITOS AUTORAIS Maria Margareth de Lima e Renato Fernandes COORDENAÇÃO DE TEXTOS Maria do Carmo Leite Ribeiro REVISÃO DE PROVAS Roberta Paiva e Marina Rodrigues PROJETO GRÁFICO Cássio Ribeiro, a partir de Glória Campos – Mangá FORMATAÇÃO E MONTAGEM DE CAPA Cássio Ribeiro PRODUÇÃO GRÁFICA Warren Marilac EDITORA UFMG Av. Antônio Carlos, 6.627 | CAD II / Bloco III Campus Pampulha | 31270-901 | Belo Horizonte/MG Tel: + 55 31 3409-4650 | www.editoraufmg.com.br | [email protected] AGRADECIMENTO ESPECIAL Os organizadores desta publicação agradecem, de modo especial, o total apoio que receberam da Fundação Biblioteca Nacional nas presidências de Eduardo Portela e Pedro Corrêa do Lago. No então Setor de Obras Raras, Suely Dias foi infatigável em providenciar a fotografia e a digitalização dos panfletos lá existentes que constituem a grande maioria dos que vão aqui publicados. AGRADECIMENTOS A tarefa de buscar, selecionar, transcrever, anotar e editar os panfletos da Independência exigiu grande trabalho e contou com a colaboração de muitas pessoas e instituições. A Biblioteca de José Mindlin, com a aquiescência do proprietário e com a eficiente colaboração de Cristina Antunes, localizou e microfilmou os panfletos que constam de seu acervo. Posteriormente a nosso contato, ela foi transferida para a USP com o nome de Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Graças à intermediação de Esther Caldas Bertoletti, com a ajuda dos professores Maria Lêda Oliveira e Gilson Sérgio Matos Reis, o mesmo foi feito pela Biblioteca Nacional de Portugal. Com intermediação da professora Ana Frega, a Biblioteca Nacional (Ministerio de Educación y Cultura, Uruguai) e o Departamento de História del Uruguay (Faculdade de Humanidades e Ciências de la Educación, Universidad de la República) digitalizaram e nos enviaram os panfletos de sua coleção referentes ao pe- ríodo. Maria Izabel Mazini do Carmo atualizou a ortografia e a professora Júnia Furtado, com seus alunos, encarregou-se de conferir a transcrição que ainda passou por revisão final dos organizadores. Os textos em latim foram traduzidos por Rafael Domingos de Souza e, subsidiariamente, por José Murilo de Carvalho. Colaboraram na feitura dos índices onomásticos e das notas biográficas os estudantes Paulo Roberto Carneiro Pontes, Cláudia A. Caldeira, Bianca Martins de Queiroz e Marcelo Dias Lyra Júnior. O projeto só foi levado a bom termo graças ao apoio financeiro da Fapemig, concedido na presidência do professor Mário Neto Borges, com a intermediação da professora da UFMG Heloisa Maria Murgel Starling, diretora do Projeto República, auxiliada por Bruno Viveiros Martins e Rafael Cruz. A Editora UFMG enfrentou o desafio de publicar obra de tamanho porte. NOTA EDITORIAL A publicação de textos antigos sempre enfrenta problemas que exigem tomada de decisões editoriais. No caso presente, as principais dificuldades foram: a frequente má qualidade dos originais, devida à impressão falha ou à precária conservação; os reiterados erros tipográficos, inclusive nas muitas citações em línguas estrangeiras; e as referências muito abreviadas às obras dos autores citados. Adotaram-se os seguintes critérios editoriais: atualizar a ortografia, inclusive dos nomes próprios, exceto para as tipografias e títulos de panfletos, jornais e livros; manter a pontuação e o uso de maiúsculas originais; utilizar colchetes para indicar ilegibilidade de palavras ou dúvidas em sua leitura; traduzir as citações em língua estrangeira, exceto espanhol; e completar, sempre que possível, as referências abreviadas. A manutenção da pontuação oitocentista acarretará não pequena dificuldade para o leitor de hoje, que necessitará de algum tempo para se adaptar, mas foi julgada importante para conservar algum sabor da época. Para reduzir a interferência nos textos, sempre que erros tipográficos eram óbvios, não se recorreu aos colchetes. Os panfletos provenientes da Cisplatina escritos em espanhol não foram traduzidos nem tiveram a ortografia atualizada. As traduções de citações foram colocadas em pé de página, com nota do tradutor (N.T.), quando houve complementação das referências. Em alguns casos, foram acrescentadas notas explicativas dos organizadores (N.O.). Nota dos autores dos panfletos, quando necessário para a clareza do texto, foi indicada com N.A. Cada volume é acompanhado de índice de nomes, organizado por ordem alfabética do último sobrenome. Sempre que possível, os nomes incompletos foram completados, utilizando-se colchetes para indicar a parte acrescida. Prefácio CONHECIMENTO PARA A CIDADANIA A circulação de informações de forma livre e acessível é um dos pilares das sociedades democráticas. Seja no século XIX, como retratado nas páginas deste Guerra literária, seja na atualidade, a difusão de conceitos e a troca de opiniões são fundamentais para que as pessoas construam sua visão de mundo. A partir disso, elas poderão, com mais propriedade, defender pontos que consideram essenciais e pressionar por mudanças, exercendo, em última instância, seus direitos de cidadania. A presente obra traz uma interessante contribuição ao mostrar o papel dos panfletos políticos publicados entre os anos de 1820 e 1823, período que cobre a Independência brasileira. Aqui estão reunidos exemplares que circularam no Brasil, em Portugal e na Província Cisplatina, então parte do Império luso. Como apontam os autores, esses panfletos cumpriam o papel de levar notícias e informações a uma plateia mais ampla, composta não apenas pelas camadas letradas, mas também pelos segmentos pouco instruídos ou mesmo iletrados da sociedade. Tal tarefa exigia cuidados especiais, como a redação de forma simples e direta e o uso de técnicas de argumentação e persuasão fornecidas pela retórica. Interessante como a obra, que aparece como fonte de consulta para estudantes, pesquisadores e curiosos, espelha uma importante batalha da atualidade: a divulgação de informações sobre ciência, tecnologia e inovação para toda a sociedade. Se, por um lado, é fundamental para que as pessoas conheçam e opinem sobre temas que afetam diretamente sua vida, por outro, a divulgação científica lida com a especificidade de falar a um público variado sobre temas algumas vezes complexos. Enfrenta, ainda, a resistência de parte da população apegada a um estereótipo que coloca a ciência – e os cientistas – em um mundo à parte, descrito por adjetivos como “maluco”, “difícil” e “distante da realidade”. Na verdade, a ciência está presente em todos os momentos de nosso cotidiano: nos alimentos mais saudáveis, em novos medicamentos e tratamen- tos, em produtos que facilitam nossas tarefas rotineiras, nas tecnologias que facilitam nosso trabalho e nossa comunicação. Ela é, ainda, fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação. Temos afirmado, insistentemente, que qualquer país desenvolvido, econômica e socialmente falando, só o é quando tem uma sólida e robusta plataforma não apenas científica, mas também tecnológica. Exemplos não faltam na Europa, na América do Norte e na Ásia, com destaque mais recente para a Coreia do Sul – país de pequenas dimensões e poucos recursos naturais –, que soube investir na educação e em ciência e tecnologia, mudando o patamar de qualidade de vida de suas sociedades. Daí a importância de se divulgarem as conquistas, os avanços e as polêmicas envolvendo esse campo do saber. A divulgação da ciência para a população, assim como da história, contribui, também, para a educação de crianças, jovens e adultos ao apresentar temas e estimular o debate, comple- mentando a educação formal oferecida nas escolas. Ela é capaz de munir a sociedade de informações que lhe possibilitem opinar e se posicionar sobre temas diversos. E, no caso dos órgãos públicos, funciona como uma prestação de contas dos investimentos, já que os recursos utilizados para o fomento à área têm origem em fontes públicas. Por isso, várias entidades têm se esforçado para abrir canais de troca de informações e aprendizado. Em Minas Gerais, a FAPEMIG mantém, há 15 anos, um programa de divulgação científica chamado Minas Faz Ciência. Por meio dele, são produzidos revista, conteúdo para internet, vídeos e programas de rádio sobre pesquisas desenvolvidas no Estado. Além disso, financia iniciativas de popularização da ciência por meio de editais específicos e promove parcerias diversas com instituições nacionais e internacionais, possibilitando a instalação de novas coleções e novos espaços de ciência no Estado. No Brasil, ciência, tecnologia e inovação ainda estão longe de ter o mesmo apelo que a política e o futebol. Mas esse cenário pode mudar quando as pessoas enxergarem o quanto esse campo exerce influência na qualidade de vida e no desenvolvimento econômico e social do país. Por isso, obras que contribuam para divulgar resultados de pesquisas, promovendo a circulação do conhecimento, são tão importantes. Apresentar esses resultados e essas conquistas equivale a criar um ciclo positivo, em que ciência, tecnologia e inovação sejam encaradas pelas pessoas como valores a serem defendidos e preservados. Gostaria, finalmente, de registrar nossos cumprimentos aos organizadores desta edição pela competente contribuição à história do Brasil, numa coletânea que é única e pioneira e que muito orgulha a FAPEMIG ao participar de sua disponibilização para a sociedade brasileira. Mario Neto Borges Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) CONTEÚDO DOS VOLUMES Volume 1 – CARTAS Introdução geral A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL NARRADA PELOS PANFLETOS POLÍTICOS 11 CRONOLOGIA (1820-1823) 47 INTRODUÇÃO AO VOLUME 1 63 CARTAS 73 ÍNDICE ONOMÁSTICO 867 Volume 2 – ANÁLISES INTRODUÇÃO AO VOLUME 2 ANÁLISES, REFLEXÕES, PROJETOS ÍNDICE ONOMÁSTICO

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