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ESTUDOS LINGUÍSTICOS v.39 n.3 Análise do Texto e do Discurso PDF

417 Pages·2010·3.65 MB·Portuguese
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GEL GRUPO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO ESTUDOS LINGUÍSTICOS v.39 n.3 Análise do Texto e do Discurso ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 707-1123, mai.-ago. 2010 REVISTA ESTUDOS LINGUÍSTICOS GRUPO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO GEL Universidade Federal de São Carlos Departamento de Letras Rodovia Washington Luiz, km 235 CEP 13565-905 - São Carlos - SP – Brasil http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/ [email protected] Comissão Editorial Claudia Zavaglia Gladis Massini-Cagliari Juanito Ornelas de Avelar Luciani Ester Tenani Manoel Mourivaldo Santiago Almeida Marco Antônio Domingues Sant´Anna Maximina M. Freire Olga Ferreira Coelho Vanice Maria Oliveira Sargentini Editor responsável Oto Araujo Vale Revisão e normatização Adélia Maria Mariano da S. Ferreira Rosane de Sá Amado Conselho Editorial Aldir Santos de Paula (UFAL), Alessandra Del Re (UNESP), Alvaro Luiz Hattnher (UNESP), Ana Ruth Moresco Miranda (UFPEL), Angel H. Corbera Mori (UNICAMP), Angélica Rodrigues (UFU), Anna Flora Brunelli (UNESP), Aparecida Negri Isquerdo (UFMS), Ataliba Teixeira de Castilho (UNICAMP), Carola Rapp (UFBA), Claudia Regina Castellanos Pfeiffer (UNICAMP), Claudio Aquati (UNESP), Cláudia Nívia Roncarati de Souza (UFF), Cleudemar Alves Fernandes (UFU), Cristiane Carneiro Capristano (UEM), Cristina Carneiro Rodrigues (UNESP), Cristina dos Santos Carvalho (UNEB), Edvania Gomes da Silva (UESB), Edwiges Maria Morato (UNICAMP), Erica Reviglio Iliovitz (UFRPE), Erotilde Goreti Pezatti (UNESP), Fabiana Cristina Komesu (UNESP), Fernanda Mussalim (UFU), Francisco Alves Filho (UFPI), Gladis Maria de Barcellos Almeida (UFSCAR), Gladis Massini-Cagliari (UNESP), Ivã Carlos Lopes (USP), João Bôsco Cabral dos Santos (UFU), Júlio César Rosa de Araújo (UFC), Leda Verdiani Tfouni (USP), Lígia Negri (UFPR), Luciani Ester Tenani (UNESP), Luiz Carlos Cagliari (UNESP), Maria da Conceição Fonseca Silva (UESB), Maria Helena de Moura Neves (UNESP/UPM), Maria Margarida Martins Salomão (UFJF), Marisa Corrêa Silva (UEM), Marize Mattos Dall Aglio Hattnher (UNESP), Mauricio Mendonça Cardozo (UFPR), Márcia Maria Cançado Lima (UFMG), Mário Eduardo Viaro (USP), Mirian Hisae Yaegashi Zappone (UEM), Mônica Magalhães Cavalcante (UFC), Neusa Salim Miranda (UFJF), Norma Discini (USP), Pedro Luis Navarro Barbosa (UEM), Raquel Salek Fiad (UNICAMP), Renata Ciampone Mancini (UFF), Renata Coelho Marchezan (UNESP), Roberta Pires de Oliveira (UFSC), Roberto Gomes Camacho (UNESP), Ronaldo Teixeira Martins (UNIVAS), Rosane de Andrade Berlinck (UNESP), Sanderléia Roberta Longhin Thomazi (UNESP), Sandra Denise Gasparini Bastos (UNESP), Sebastião Carlos Leite Gonçalves (UNESP), Seung Hwa Lee (UFMG), Sheila Elias de Oliveira (UNICENTRO), Sonia Maria Lazzarini Cyrino (UNICAMP), Vânia Cristina Casseb Galvão (UFG), Vânia Maria Lescano Guerra (UFMS) Publicação quadrimestral Estudos Lingüísticos / Organizado pelo Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo v. 1 (1978). Campinas, SP: [s.n.], 1978 Publicada em meio eletrônico (CDROM) a partir de 2001. Publicada em meio eletrônico (http://www.gel.org.br/) a partir de 2005. Quadrimestral ISSN 14130939 1. Linguística. 2. Linguística Aplicada 3. Literatura I. Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 713 ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO O diálogo de ficção entre personagens nos contos de Luiz Vilela: uma análise da oralidade no texto escrito Gil Negreiros ........................................................................................... 715 ANÁLISE DO DISCURSO Língua e literatura: saber com sabor Beth Brait ............................................................................................... 724 As vozes sobre a imigração: o dialogismo em um texto a respeito da imigração no Brasil pós-guerra Alexandre Marcelo Bueno .......................................................................... 736 A constituição do ethos na canção popular brasileira Álvaro Antônio Caretta .............................................................................. 747 De (terra) colonizada a (língua) colonizadora: um olhar sobre a relação entre língua e identidade Ana Carolina Vilela-Ardengh ...................................................................... 759 A subjetividade e a constituição do ethos de uma empresa em uma comunicação de desastre Ana Lúcia Magalhães................................................................................. 770 Argumentação em textos: revistas impressas do universo corporativo Cleonice Men da Silva Ramos ..................................................................... 781 A inter-relação de aspectos discursivos em processos complexos de produção e de interpretação textual Gustavo Ximenes Cunha ........................................................................... 793 Multiplicidade de leituras e sentidos na análise discursiva de cartas de prisioneiras Igor José Siquieri Savenhago ..................................................................... 803 Dialogismo e responsividade no discurso da SBPC: análise de editoriais da revista Ciência Hoje Luiz Rosalvo Costa ................................................................................... 818 Memória discursiva e práticas de subjetivação na mídia: Men’s Health x Women’s Health Maria de Lourdes Faria dos Santos Paniago; Poliana de Almeida Carvalho e Nogueira ................................................................................. 832 A questão econômica na campanha presidencial americana: a cobertura do New York Times Maria Inez Mateus Dota ............................................................................ 845 O discurso zapatista endereçado aos povos originários da América Latina Maurício Beck .......................................................................................... 857 709 ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 709-711, mai.-ago. 2010 Quem dá mais? & quem ganha mais? – a ambiguidade discursiva nas letras de Noel Rosa Mayra Pinto ............................................................................................. 868 As relações de poder na narrativa fantástica: conceitos e análises Samuel Ponsoni ....................................................................................... 878 Discurso sobre corrupção no escândalo dos cartões corporativos: dizer ou não dizer “CPI da Tapioca” Sidnay Fernandes dos Santos .................................................................... 893 Serviço público ou bem privado? o discurso sobre a tv no jornalismo e na publicidade Silmara Cristina Dela Silva ........................................................................ 906 Identidades em transformação nos discursos do voluntariado Tatiana Piccardi ....................................................................................... 921 LINGUÍSTICA TEXTUAL Manutenção e supressão de marcadores discursivos no processo de retextualização Anita de Lima Simões Rodrigues ................................................................ 930 A mudança de footing numa entrevista televisiva: construção e reconstrução de imagens sociais Bruna Wysocki ......................................................................................... 941 Um estudo sociocognitivo de recategorizações lexicais no “depoimento do orkut” Carla Edila Santos da Rosa Silveira ............................................................. 954 Elaboração de material didático para a disciplina Prática de Ensino de Línguas e Literaturas, do curso de licenciatura em Letras – Português, Espanhol e Literaturas, na modalidade Educação a Distância: uma experiência Edna Pagliari Brun; Maria Emília Borges Daniel ............................................. 969 Diacronia do processo de parentetização em contexto de assim: uma comunicação por cartas Lúcia Regiane Lopes-Damasio .................................................................... 983 Contribuição da teoria da argumentação na língua para os estudos da retórica Mônica Mendes de Silva e Rocha ................................................................ 998 Argumentação e Referenciação no discurso de Lula: a construção discursivo- metafórica da guerra e da paz Renata Palumbo ..................................................................................... 1010 LITERATURA BRASILEIRA O amor romântico em “Buriti” de Guimarães Rosa Elisabete Brockelmann de Faria ................................................................ 1024 710 ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 709-711, mai.-ago. 2010 O sertão literário na contemporaneidade: Guimarães Rosa e Ronaldo Correia de Brito Maria Célia Leonel; José Antonio Segatto ................................................... 1035 Comportamentos modernos: o Rio de Janeiro do início do século XX em crônicas de João do Rio e Lima Barreto Regina Célia dos Santos Alves .................................................................. 1045 SEMIÓTICA A esperança vence o medo: paixões semióticas em discursos presidenciais Adriane Belluci Belório de Castro .............................................................. 1059 Ensino/aprendizagem de língua materna: Uma análise sociossemiótica Silvia Cristina de Oliveira Quadros ............................................................ 1070 O estilo recorrente em Relíquias da casa velha Sílvia Maria Gomes da Conceição Nasser ................................................... 1085 TEORIA E CRÍTICA LITERÁRIA Espaço e palavra, uma Topoanálise de “Famigerado” Ozíris Borges Filho .................................................................................. 1097 Do tempo ao espaço e da escrita à imagem: a espacialização da linguagem na poesia visual Sérgio Roberto Massagli .......................................................................... 1108 711 ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 709-711, mai.-ago. 2010 712 ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 712, mai.-ago. 2010 APRESENTAÇÃO do vol. 39 (2010) A presente edição da Revista Estudos Linguísticos dá sequência à formulação proposta nos volumes precedentes, assegurando assim a continuidade do projeto da Revista com vistas à consolidação de sua qualificação. Com efeito, a Revista Estudos Linguísticos voltou a figurar no Qualis de Letras/Linguística da CAPES, reivindicação de todas as diretorias recentes do GEL. Essa qualificação nos anima a continuar no mesmo caminho seguido nos anos recentes, buscando melhorar ainda mais o conceito naquela lista. A qualificação ali recebida já constitui um avanço em relação à situação anterior, mas ainda está distante da real repercussão desta publicação junto à comunidade científica. Essa repercussão pôde ser constatada pelo levantamento feito recentemente pela ANPOLL, que classificou a Revista Estudos Linguísticos como um dos mais relevantes periódicos do país.1 No sentido de melhorar ainda mais essa qualificação, algumas inovações estão sendo introduzidas. A partir desta edição, a numeração de páginas será contínua em todo o volume, com vistas a uma melhor conformidade com os padrões internacionalmente aceitos para os periódicos científicos. Além disso, procedeu-se a uma cuidadosa revisão dos artigos, inclusive das versões em inglês dos abstracts. Espera-se, assim, que, numa próxima classificação, a Revista Estudos Linguísticos volte a ocupar o lugar de destaque que corresponde à sua posição na área de Letras/Linguística. No presente número são publicados 85 artigos dos 146 submetidos à avaliação. Todos os artigos são provenientes de comunicações apresentadas durante o 57º Seminário do GEL (2009). Além disso, são publicados três artigos originados de conferências pronunciadas naquela edição do Seminário do GEL, completando assim um total de 88 trabalhos. Os artigos estão distribuídos nos três números que compõem o presente volume, que correspondem aos três eixos temáticos definidos nos volumes precedentes, a saber, “Descrição e Análise Linguística”; “Linguística: Interfaces” e “Análise do Texto e do Discurso”. A Comissão Editorial gostaria de manifestar seu agradecimento aos autores e aos pareceristas, que contribuíram para que esta publicação fosse possível. Alguns nos ajudaram a corrigir algumas falhas no sistema eletrônico de administração da revista. Os trabalhos publicados refletem a grande diversidade das pesquisas produzidas nos domínios da linguagem, não somente no Estado de São Paulo, como em todo o território brasileiro. Oto Araújo Vale Presidente da Comissão Editorial 1 BENTES, A.C. et al. Relatório diagnóstico sobre a avaliação da comunidade de Letras e Linguística relativa aos periódicos do campo disciplinar. Relatório elaborado pela Diretoria da ANPOLL, publicado em http://www.anpoll.org.br. Acesso em: 24 nov. 2009. 713 ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 713, mai.-ago. 2010 714 ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 714, mai.-ago. 2010 O diálogo de ficção entre personagens nos contos de Luiz Vilela: uma análise da oralidade no texto escrito (The fictional dialogue between characters in Luiz Vilela´s short story: an orality analysis in the written text) Gil Negreiros Curso de Letras – Centro Universitário de Itajubá (UNIVERSITAS) [email protected] Abstract: This work aims at examining the orality use in the dialogue development between literary characters. More precisely, we seek to define from the theoretical Conversation Analysis principles the discursive and interactive resources used by the writer in the literary dialogue setting. We adopt Luiz Vilela’s short story for the corpus, in which there are some dialogue marks produced with “oral illusion”. We follow, in the analysis conducted here, the methodological approach set by Preti, who establishes steps for a scientific analysis on the orality phenomenon in the written literature. We investigate linguistic and interactive aspects of the dialogue between characters, evaluating the influence degree of the oral language. Keywords: oral; literary dialogue; Luiz Vilela. Resumo: Objetiva-se, neste trabalho, examinar o uso da oralidade na elaboração dos diálogos entre personagens literários. De forma mais precisa, busca-se definir, a partir de pressupostos teóricos da Análise da Conversação, os recursos discursivos e interativos usados pelo escritor na montagem do diálogo literário. Como corpus, adota-se um conto de Luiz Vilela, em que há marcas, nos diálogos produzidos, de certa “ilusão do oral”. Segue-se, na análise aqui realizada, a perspectiva metodológica defina por Preti, que estabelece passos para uma análise científica do fenômeno da oralidade no texto escrito literário. Investiga-se os aspectos linguísticos e interacionais dos diálogos entre personagens, avaliando o grau de influência da língua oral. Palavras-chave: oralidade; diálogo literário; Luiz Vilela. Considerações iniciais Este trabalho pertence a pesquisas mais amplas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa “A oralidade na ficção literária brasileira”, liderado por Preti e formado por pesquisadores ligados à Universidade de São Paulo (USP) e à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especificamente, objetivamos neste trabalho analisar as marcas orais usadas na construção de diálogo literário, no conto “Dez anos”, de Luiz Vilela. Os diálogos de ficção, aqui chamados de diálogos construídos, não são, obviamente, reais. Contudo, a partir dos esquemas de conhecimento orais do autor e leitor (cf. TANNEN; WALLAT, 1998), é possível que o texto seja elaborado a partir de certas estratégias conversacionais, comuns na conversação face a face. Nesses casos, a construção dos sentidos do texto literário é auxiliada por efeitos conversacionais, por meio do uso de estratégias discursivas empregadas no diálogo a dois. Dividimos nosso artigo em três partes. Na primeira, abordaremos a concepção de oralidade e escrita que sustenta nossa análise. Apresentaremos, na segunda parte, a metodologia de análise, denominada por Preti (2004) de macro e microanálise do diálogo literário para, em seguida, investigarmos as marcas orais presentes no diálogo construído do conto selecionado como corpus. 715 ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 715-723-, mai.-ago. 2010 Língua oral e língua escrita Língua falada e língua escrita, neste trabalho, não são consideradas como variantes separadas, mas como modalidades que podem se aproximar dialogicamente. Isso significa que ambas podem apresentar funções interacionais, envolvimento, negociação, situacionalidade, coerência e dinamicidade. Marcuschi, ao tratar do tema, afirma que essa tendência de considerar língua falada e língua escrita tem a vantagem de perceber com maior clareza a língua como fenômeno interativo e dinâmico, voltado para as atividades dialógicas que marcam as características mais salientes da fala, tais como as estratégias de formulação em tempo real. (2001, p. 33) O autor afirma ainda que as relações entre fala e escrita, nos moldes da tendência, não são óbvias nem lineares, mas são dinâmicas, consideradas dentro de um continuum tipológico de usos e funções. Todas as diferenças entre essas duas modalidades se dão dentro desse continuum, o que certamente acarreta em variações não-lineares, uma vez que são baseadas nas práticas sociais de produção textual. Fala e escrita, assim, fazem parte de um mesmo sistema de língua, realizações de uma única gramática. Desse modo, por um lado, o preconceito, existente em outras perspectivas que tratam fala e escrita em posições dicotômicas, é eliminado, o que pode ser considerado, do ponto de vista científico, mais plausível. Por outro, mesmo livre do problema do preconceito, essa perspectiva traz em seu bojo baixo potencial explicativo e descritivo referente às questões sintático- fonológicas. Daí a necessidade de uma combinação com outras teorias, como a Linguística Textual, a Análise da Conversação, a Sociolinguística Interacional, além de uma possível fusão com alguns pressupostos da perspectiva variacionista, a qual está intimamente ligada à Sociolinguística. Marcuschi, sobre isso, postula que tal combinação é fundamental quando se busca investigar as correlações entre forma, contexto, interação e cognição linguísticos: Por isso, a proposta geral, se concebida na fusão com a visão variacionista e com os postulados da Análise da Conversação etnográfica aliados à Linguística de Texto, poderia dar resultados mais seguros e com maior adequação empírica e teórica. Talvez seja esse o caminho mais sensato no tratamento das correlações entre formas linguísticas (dimensão linguística), contextualidade (dimensão funcional), interação (dimensão interpessoal) e cognição no tratamento das semelhanças e diferenças entre fala e escrita nas atividades de formulação textual-discursiva. (2001, p. 33). A análise que pretendemos realizar está em consonância com a posição de Marcuschi, já que, teoricamente, trabalhamos com os pressupostos da Análise da Conversação, da Sociolinguística Interacional e da Sociolinguística.2 Aqui, o binômio fala/escrita é tratado “enquanto relação entre fatos linguísticos (relação fala/escrita) e enquanto relação entre práticas sociais (oralidade versus letramento)” (2001, p. 33). Posição semelhante à de Marcuschi (2001) adota Koch (2006). A pesquisadora, em trabalho que define as especificidades do texto falado, postula que fala e escrita pertencem ao mesmo sistema linguístico, constituindo duas modalidades de uso da 2 O mesmo trabalho de relação entre as teorias foi realizada em Negreiros (2009), com adaptações. 716 ESTUDOS LINGUÍSTICOS, São Paulo, 39 (3): p. 715-723-, mai.-ago. 2010

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BERRENDONER, A. “Connecteurs pragmatiques” et anaphore. Cahiers de linguistique française somente são citados agregados ao sobrenatural. Isso é observado em: E graças a depois de causarem certo desequilíbrio entre a realidade e o sobrenatural, acabam equacionadas pelas leis e
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