ADVERTÊNCIA Esta produção literária encontra-se sob a proteção das leis que regulam o direito autoral. Nenhuma de suas partes poderá ser reproduzida ou duplicada por qualquer meio e/ou distribuída, a título oneroso ou gratuito, sem o expresso consentimento do autor. É permitida e mesmo estimulada a transcrição de pequenas porções desta obra ou a sua citação verbal, contanto que identificada a fonte. O Autor São Paulo, Julho de 2002 2 CONTEÚDO PREFÁCIO.............................................................................................................................................6 INTRODUÇÃO E AGRADECIMENTOS..........................................................................................8 1. A ESTRÉIA....................................................................................................................................10 1.1 - Base Filosófica Desta Obra e Seu Público-alvo..................................................................10 1.2 - Terapias Alternativas e a “Grande Controvérsia”...............................................................11 1.3 - Fontes Relevantes de Informação........................................................................................12 1.4 - Terapias Alternativas em Minha História Pessoal...............................................................12 1.5 - Vislumbre do que Ocorre “Por Trás da Cortina”................................................................14 1.6 - Quando Algo Bom Pode Trair-nos......................................................................................14 2. VISÃO BÍBLICA DA NATUREZA DO HOMEM....................................................................16 2.1 - Informações Preliminares....................................................................................................17 2.2 - A Visão Bíblica É Criacionista............................................................................................17 2.3 - O Deus da Criação...............................................................................................................18 2.4 - A História da Criação..........................................................................................................19 2.5 - Propósito e Significado da Criação.....................................................................................21 2.6 - O Ser Humano Como Coroa da Criação.............................................................................22 2.7 - A Bíblia Ressalta os Efeitos do Pecado Sobre a Criação....................................................26 2.8 - Nem Tudo Está Perdido: O Concerto da Graça...................................................................30 2.9 - Riscos da Excessiva “Espiritualização” do Ser Humano....................................................31 3. ESPIRITUALISMO E NOVA ERA.............................................................................................33 3.1 - Informações Preliminares....................................................................................................34 3.2 - A Grande Controvérsia........................................................................................................34 3.3 - Visão Espiritualista do Ser Humano....................................................................................37 3.4 - A "Nova" Que "Era" Há Muito Tempo...............................................................................50 3.5 - Espiritual e “Espiritual”.......................................................................................................55 3.6 - As Correntes Elétricas.........................................................................................................57 4. VITALISMO E MESMERISMO.................................................................................................59 4.1 - Vitalismo: Conceito e Posicionamento Atual......................................................................59 4.2 - Bases da Teoria Vitalista.....................................................................................................61 4.3 - Vitalismo Em Diferentes Sistemas Terapêuticos................................................................63 4.4 - Mesmerismo ou Magnetismo Animal.................................................................................64 4.5 - Hipnotismo..........................................................................................................................70 4.6 - Ellen G. White, Mesmerismo, Hipnotismo e Frenologia....................................................72 5. HAHNEMANN E HOMEOPATIA..............................................................................................74 5.1 - Introdução: Significado e Importância da Homeopatia Para os Cristãos............................75 5.2 - Breve Definição de Homeopatia..........................................................................................76 5.3 - A “Velha Medicina” dos Dias de Hahnemann e a Contribuição Positiva da......................78 5.4 - Homeopatia Antes de Hahnemann......................................................................................80 5.5 - Resenha Biográfica de Hahnemann.....................................................................................81 5.6 - A Onipresente Energia Vital................................................................................................83 3 5.7 - Unicidade do Autor e Sua Obra...........................................................................................84 5.8 - Características da Personalidade e da História de Hahnemann e........................................85 5.9 - Pensamento Homeopático Pós-Hahnemanniano.................................................................98 5.10 - Homeopatia e Astrologia...................................................................................................99 5.11 - Homeopatia e Hinduísmo................................................................................................100 5.12 - Homeopatia e Vodu.........................................................................................................101 5.13 - Homeopatia Associada às Demais Terapias Místicas.....................................................101 5.14 - Homeopatia e Kabala (Cabala)........................................................................................102 5.15 - Homeopatia e Espiritualismo...........................................................................................103 5.16 - Homeopatia Como Culto.................................................................................................104 5.17 - Homeopatia Como “Ciência”..........................................................................................107 5.18 - Homeopatia Como a “Terapia Definitiva”......................................................................109 5.19 - Ellen G. White e Homeopatia..........................................................................................110 5.20 - Hahnemann, Homeopatia e “Inspiração”........................................................................116 5.21 - Conclusão do Capítulo....................................................................................................121 6. IRIDOLOGIA..............................................................................................................................124 6.1 - O Olho e a Saúde Humana................................................................................................124 6.2 - Breve Histórico da Iridologia............................................................................................125 6.3 - Definição e Sinonímia.......................................................................................................125 6.4 - Métodos Variantes e Semelhança com a Frenologia.........................................................129 6.5 - A Suposta Conexão Neuro-Óptica....................................................................................129 6.6 - Iridologia: Ciência ou “Técnica” Divinatória?..................................................................130 6.7 - Compromisso da Iridologia com Misticismo e Espiritualismo.........................................132 6.8 - Conclusão do Capítulo......................................................................................................134 7. ACUPUNTURA E TÉCNICAS AFINS.....................................................................................135 7.1 - Breve Exposição Sobre a Acupuntura...............................................................................135 7.2 - Glossário de Acupuntura, Reflexologia e Técnicas Afins.................................................136 7.3 - Acupuntura e Homeopatia.................................................................................................142 7.4 - Acupuntura e Anestesiologia.............................................................................................142 7.5 - Tentativas de Explicação Racional Para a Acupuntura.....................................................142 7.6 - Acupuntura, Ocultismo e Cristianismo.............................................................................143 7.7 - Técnicas Fisiológicas Semelhantes à Acupuntura.............................................................144 8. VARETAS MÁGICAS, PÊNDULOS E MAGNETOS............................................................145 8.1 - Breve Histórico e Definição das Técnicas Magnéticas.....................................................145 8.2 - Glossário do Capítulo........................................................................................................147 8.3 - Base Filosófica do Funcionamento de Varetas, Pêndulos e Magnetos.............................148 8.4 - Façanhas das Técnicas Magnéticas...................................................................................150 8.5 - Pêndulos, Magnetos e Homeopatia...................................................................................151 8.6 - Compromisso das Técnicas Magnéticas com o Ocultismo...............................................152 8.7 - Técnicas Magnéticas e Cristianismo.................................................................................154 9. OUTRAS TERAPIAS ALTERNATIVAS MÍSTICAS............................................................157 9.1 - Introdução..........................................................................................................................157 9.2 - Glossário de “Outras Terapias Alternativas”.....................................................................157 9.3 - Equipamentos de Pseudo-diagnóstico...............................................................................196 4 10. A FÍSICA QUÂNTICA JUSTIFICA AS TERAPIAS MÍSTICAS?.......................................197 10.1 - Introdução........................................................................................................................197 10.2 - O Que Vem a Ser a Física Quântica?..............................................................................199 10.3 - Importância de Deepak Chopra Para as Medicinas Energéticas.....................................202 10.4 - O Questionamento dos “Velhos Pressupostos” em Nossa Visão de Mundo...................203 10.5 - Os “Novos Pressupostos” da Mundivisão de Chopra e Seu Paralelo Com a Magia.......205 10.6 - A Visão de Chopra Confrontada Com a Visão Cristã Bíblica........................................210 10.7 - A Lamentável Confusão Entre Física Quântica e “Misticismo Quântico”.....................213 11. TERAPIAS ALTERNATIVAS COM BASE FISIOLÓGICA................................................219 11.1 - Introdução........................................................................................................................219 11.2 - Confiança em Deus..........................................................................................................220 11.3 - Luz Solar.........................................................................................................................222 11.4 - Água................................................................................................................................224 11.5 - Equilíbrio (Temperança)..................................................................................................225 11.6 - Ar (Respiração)...............................................................................................................227 11.7 - Nutrição...........................................................................................................................229 11.8 - Repouso e Relaxamento..................................................................................................231 11.9 - Exercício..........................................................................................................................233 11.10 - Algumas Palavras Sobre Fitoterapia..............................................................................235 11.11 - Conclusão do Capítulo...................................................................................................235 12. TENSÕES EM TORNO DO CONCEITO DE “CURA”:........................................................237 13. EXISTE UMA SAÍDA ACEITÁVEL?......................................................................................237 12.1 - Conceito de Cura Sob Diferentes Filosofias....................................................................238 12.2 - Quando Holismo É Sinônimo de Espiritualismo.............................................................243 12.3 - Medicina de Resultados...................................................................................................246 12.4 - Quando “Cristãos” Aceitam Práticas Espiritualistas.......................................................249 12.5 - Problemas Com as Profissões Associadas da Área de Saúde..........................................252 12.6 - O Que Dizer da Medicina Oficial?..................................................................................257 12.7 - O Dano Que Uma Doutrina Demoníaca Pode Causar.....................................................259 12.8 - Creio Que Existe Uma Saída Aceitável...........................................................................260 14. REFERÊNCIAS...........................................................................................................................263 5 PREFÁCIO Há algum tempo venho acompanhando o intenso trabalho do Dr. Hélio Grellmann na elaboração deste material. Foram muitos meses de pesquisa, suor e oração, mas acho que valeu a pena. O tema desse livro é importantíssimo para todos os cristãos. Uma vez eu estava conversando um jovem cristão e ele me contou que há muito vinha sofrendo de um problema na coluna “que ninguém conseguia solucionar”. Desanimado, resolveu procurar uma alternativa e achou que a Acupuntura seria o ideal. Foi, fez o tratamento e... sarou! - Mas você sabe que isso é bem contrário à filosofia cristã, não sabe? Perguntei. - Sei, mas o que importa é que eu sarei!... Bem, essa é uma situação complicada. - Acho que todos temos obrigação de buscar ajuda e cura. - Também acho que, uma vez curado, ele não ficou com nenhum resíduo tóxico que vá causar alguma doença no futuro. A Acupuntura não fez nenhum mal ao corpo dele e ele “sarou”. Então qual é o problema? O grande problema é que se a única coisa que importa é que “eu sarei”, eu também tenho o direito de buscar curas astrológicas, mediúnicas, ou até da feitiçaria, para todos os meus males. “O que importa é que eu sarei!” - Ah mas isso é diferente! - Será? De onde vêm as Medicinas Alternativas? Será que é importante que o tratamento que eu faço seja aprovado por Deus? Qual é a proposta de Deus para o tratamento das doenças? Recentemente o Conselho Federal de Medicina (CFM) passou a considerar ilegal a prática de qualquer tipo de Medicina Alternativa, com exceção da Acupuntura e da Homeopatia, que anteriormente haviam sido reconhecidas pelo Conselho. Junto com a proibição havia o seguinte comentário: “No momento em que indique o uso de terapias não comprovadas, o médico estará violando o Código de Ética Médica. Não basta que tal ou qual procedimento tenha funcionado para uma pessoa. É preciso que a terapia alternativa tenha sua eficácia demonstrada cientificamente. Caso isto ocorra, deixará de ser alternativa. Ou seja, o reconhecimento científico a colocará no campo médico. Antes disso, não. Portanto o médico está proibido de prescrevê-la.” Vários médicos protestaram junto ao Conselho. Para eles a exigência de comprovação científica é absurda, uma vez que “não há como comprovar cientificamente os fenômenos espirituais”... O caso da Acupuntura e da Homeopatia foi um pouco diferente. Nenhuma das duas apresentou qualquer comprovação científica de sua eficácia mas, naquela época, o Conselho achou que seria melhor que ambas fossem exercidas apenas por médicos credenciados. No caso da Acupuntura principalmente, havia razões de segurança. Hoje só médicos podem manusear as agulhas, que na mão de leigos já tinham causado muitos acidentes, vários deles, fatais. A posição cristã difere bastante da do CFM, pois, mesmo que haja no futuro ampla evidência de que tais tratamentos alternativos “funcionam”, existe uma enorme incompatibilidade religiosa entre cristianismo e Medicinas Alternativas chamadas “Vitalistas”, que lidam com “Equilíbrios de Energia”. 6 O Vitalismo, como está amplamente demonstrado neste livro, considera que nenhuma doença é causada por germes, vírus ou qualquer outro agente infeccioso, mas por desequilíbrios das “Energias Vitais”. É interessante notar que autores cristãos também falam que as doenças são conseqüência da diminuição das Energias Vitais ou da Força Vital, mas existem grandes diferenças: - Para as medicinas alternativas “Energia Vital” é basicamente um equilíbrio das “Energias” do bem e do mal. - Para os cristãos a energia vital resulta de um estilo de vida saudável. - Para as Medicinas Alternativas, a energia vital vem do Universo, dos cristais, dos ímãs, dos astros que regem cada um dos órgãos do corpo humano. Essa “Energia Vital” poderia ser transmitida de um cristal para uma pessoa, de um magneto para a água e da água para o ser humano como nas águas imantadas, ou, de qualquer substância para a água, como na Homeopatia. - No livro Patriarcas e Profetas, página 114, a autora cristã Ellen White afirma: “Muitos ensinam que a matéria possui força vital: que certas propriedades são comunicadas à matéria e que então ela fica a agir por sua própria energia inerente; e que as operações da natureza são dirigidas de acordo com leis fixas, nas quais o próprio Deus não pode interferir. Isto é ciência falsa, e não é apoiado pela palavra de Deus.” Assim, a Energia Vital dos cristãos e a Energia Vital das medicinas alternativas são incompatíveis e completamente diferentes, com origens diferentes, funcionamentos diferentes e objetivos diferentes. A Bíblia diz claramente que não pode haver equilíbrio entre “energias” do bem e do mal: “Pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial?...E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pois vós sois o santuário do Deus Vivente”. E só dele! “Neles habitarei e entre eles andarei, e Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que, saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor. Não toqueis em nada imundo e Eu vos receberei. E serei para vos Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas diz o Senhor Todo Poderoso.” II Cor. 6:14-18 . A nossa dúvida no início era se seria válido o pensamento: “O que importa é que eu sarei!” A resposta talvez esteja condensada no livro Mente Caráter e Personalidade, vol. II, página 701: “Instrumentos satânicos pretendem curar a doença. Atribuem seu poder à eletricidade, ao magnetismo, ou aos chamados ‘remédios de simpatia’, ao passo que, na verdade, são nada mais que veículos das correntes elétricas de Satanás. Por estes meios, lançam seu encantamento sobre corpos e almas de homens.” “Em muitos casos a vida futura ... é controlada por um poder satânico que parece impossível quebrar”. Recentemente a medicina americana percebeu que o tamanho do mercado das medicinas alternativas é um negócio de muitos bilhões de dólares. Isto levou muitos médicos a mudar radicalmente de postura. Hoje, nos Estados Unidos, as medicinas alternativas são olhadas até com simpatia e são chamadas de “medicinas complementares”. É difícil ir a um congresso médico sem ouvir alguma autoridade falar favoravelmente sobre essa opção. A questão não é, portanto, se a medicina alternativa é ou não reconhecida, nem se funciona, mas simplesmente o que você quer fazer com o templo da sua alma. Boa leitura. Dr. Hélnio J. Nogueira. 7 INTRODUÇÃO E AGRADECIMENTOS Esta coletânea foi escrita como a documentação de minha busca pessoal dos fatores envolvidos nas chamadas terapias alternativas, especialmente as de cunho “energético” ou “vibracional”. Trata-se de um tema difícil, envolvendo conceitos consideravelmente complexos. De um lado, é necessário apresentá-los com um nível mínimo de detalhes, para que se chegue a compreender por que e como determinado aspecto se relaciona com os demais. Por outro, desejo intensamente que este material seja acessível, do ponto de vista intelectual, ao mais amplo número possível de pessoas - não pretendo que o estudo tenha ares de erudição, pois isto limitaria os efeitos práticos que lhe vislumbro e intensamente desejo. Há que se reconhecer, ainda, que a própria utilização do termo é controversa: o que deve ser considerado como “alternativo” na arte e ciência de curar? É aquilo que não é habitualmente ensinado nas escolas de medicina, enfermagem, fisioterapia e áreas afins? Quando certa “técnica alternativa” passa a ser ensinada de modo regular, ou aceita como prática habitual num determinado sistema de atendimento à saúde, deixa de ser “alternativa”? Além disso, muitas vezes constataremos que em certas culturas é “convencional” aquilo que noutras é “alternativo”. Também é certo, segundo o dizer do Dr. Silas Gomes, que “se existe uma medicina alternativa, é porque de alguma maneira as pessoas não estão satisfeitas com o modo como está sendo exercida a medicina científica oficial. Uma das razões que levam ao surgimento e à procura de métodos alternativos é a incapacidade da medicina de curar”. (1) Meu enfoque primordial baseou-se na distinção entre o que é comprovado pela fisiologia, de um lado e, do outro lado, conceitos, práticas e correntes filosóficas que não possuem tal embasamento, sendo antes, como regra, estribadas em certas vertentes da filosofia e no misticismo. Há que se reconhecer ainda que, muitas vezes, a linha divisória é bastante tênue. Descobertas ocorridas nas últimas décadas, sobretudo na esfera da física quântica, sugerem suporte a teorias até então consideradas eminentemente místicas. Procuraremos verificar se tal corroboração efetivamente se concretiza à luz da ciência e dos fundamentos da fé cristã. A distinção torna-se a cada dia mais difícil. Será necessário recorrer sempre a algum referencial imutável - acredito que só existe um que invariavelmente preenche este critério. Observe-se o sistema de numeração de seções e parágrafos presente durante a maior parte do texto. Seu objetivo é facilitar a referenciação interna, bastante freqüente em virtude da inter-relação que vincula os vários temas. Penso evitar, com esta medida, excessiva repetição de informações, ainda que, por necessidade de clareza e reforço, não consiga excluí-la por completo. Sou grato aos milhares de ouvintes que durante anos têm comparecido às palestras que venho proferindo, relacionadas com os temas aqui expostos. Os aportes destas pessoas, e até mesmo seus questionamentos e discordâncias, com freqüência me têm obrigado a examinar em maior profundidade o assunto, conseqüentemente alicerçando sobre bases mais sólidas as minhas convicções. Tal exame tem sido praticado sob intensa oração, e há anos vem envolvendo grande volume de tempo e esforço. Meu especial reconhecimento ao querido amigo e colega, Prof. Dr. Warren Peters, da Universidade de Loma Linda, Califórnia. Provavelmente mais que ninguém, suas pesquisas me estimularam a estudar o assunto, ainda que nem sempre compartilhemos o mesmo ponto de vista. Porções significativas da estrutura deste trabalho e de seu conteúdo devem ser creditadas a ele, especialmente no Capítulo Onze. 8 Sinto-me igualmente em débito com outro colega, Dr. Silas de Araújo Gomes, cujas pesquisas me ofereceram inúmeras contribuições positivas. Escreveu como pioneiro nesta sensível área, no idioma português, de modo que eu apreciaria, simbolicamente, oferecer-lhe o primeiro exemplar desta pesquisa. O Prof. Dr. Urias Takatohi contribuiu de forma direta com este estudo, e fê-lo com magistral propriedade, ao “dissecar” os complexos conceitos da Física Quântica, tornando-os acessíveis aos “mortais comuns”, leigos no assunto, entre os quais me incluo deste já. No Capítulo Dez se encontra esta contribuição que, para mim, representa uma jóia preciosa. Profunda expressão de reconhecimento e gratidão, é o mínimo que me cabe manifestar a ele, e acredito estar fazendo-o em nome de todos os leitores desta obra. Ao Dr. Belmiro d’Arce, devo o fato de haver-me levado a estudar em maior profundidade os aspectos relacionados com a homeopatia, buscando conhecer seus verdadeiros fundamentos com um nível de determinação e profundidade ao qual jamais dantes me havia proposto. Creio que o consegui, muito além de minhas expectativas iniciais. As revelações que se me foram apresentando ao longo dos anos, e em boa medida aqui alinhavadas, surpreenderam muitas vezes a mim próprio. O Dr. Hélnio Nogueira tem sido de longa data um estudioso dos temas aqui analisados e, talvez sem sabê- lo, muito me inspirou a avançar, mormente quando a trilha parecia perder-se no emaranhado de aparentes contradições. Foi por demais importante o seu aporte a uma das seções do Capítulo Cinco, além de outros pontos. Como se isso não bastasse, honrou-me aceitando o convite para prefaciar esta obra, o que certamente a valoriza. Devo dizer, entretanto, que a responsabilidade pelas conclusões expostas em qualquer seção do presente trabalho e em seu todo, sobretudo se em algum aspecto se revelarem equivocadas, é exclusivamente minha. Finalmente, sendo esta uma obra que lida com assuntos acentuadamente polêmicos, é possível que em vários pontos os conceitos que expresso com vigor desagradem a alguém. Por bondade, se este for o seu caso, jamais o tome como uma ofensa pessoal. Como cristão, acredito que estamos em meio a uma terrível batalha, e se me manifesto através de termos enérgicos em certos pontos, é por acreditar que preciso emitir um brado de advertência. Confronto idéias, não pessoas. Agradeço por sua compreensão. 9 CAPÍTULO UM A ESTRÉIA 1.1 - Base Filosófica Desta Obra e Seu Público-alvo 1.2 - Terapias Alternativas e a “Grande Controvérsia” 1.3 - Fontes Relevantes de Informação 1.4 - Terapias Alternativas em Minha História Pessoal 1.5 - Vislumbre do que Ocorre “Por Trás da Cortina” 1.6 - Quando Algo Bom Pode Trair-nos 1.1 - Base Filosófica Desta Obra e Seu Público-alvo Milhões de pessoas estão hoje tomando consciência do relacionamento existente entre corpo, mente e espírito ao se buscar a saúde total. Na qualidade de médico cristão com razoáveis anos de treinamento tradicional, humanístico e clínico, despertei bastante cedo na vida - muito antes de obter a formação profissional na área da saúde - para o conceito de “homem integral”. Sempre me senti intrigado e desafiado por este conceito. Um conceito que, diga-se de passagem, permeia toda a Bíblia, que para mim prossegue sendo por excelência o Livro das Origens. Como cristão adventista do sétimo dia, meu sistema de valores baseia-se fundamentalmente na Bíblia, e por esta razão o Livro dos livros é freqüentemente citado - mais que isto, serve como parâmetro de julgamento dos demais sistemas de valores. Não existe cristianismo sem Cristo, e a Bíblia é, acima de qualquer outra coisa, o Livro de Cristo. Será inevitável, em muitas oportunidades, uma radical divergência entre a visão cristã dos processos de curar e as propostas de outras correntes filosóficas. A ampla maioria das assim chamadas terapias alternativas assenta-se sobre um definido alicerce espiritualista. Em minha opinião e na de praticamente qualquer cristão que se conserve fiel à doutrina bíblica, cristianismo e espiritualismo são irreconciliáveis, a despeito de muitos pretenderem empreender ou já haver empreendido a síntese entre ambos. Como cristão adventista do sétimo dia, meu sistema de valores baseia-se fundamentalmente na Bíblia, e por esta razão o Livro dos livros é freqüentemente citado A ampla maioria das assim chamadas terapias alternativas assenta-se sobre um definido alicerce espiritualista. Em minha opinião e na de praticamente qualquer cristão que se conserve fiel à doutrina bíblica, cristianismo e espiritualismo são irreconciliáveis, a despeito de muitos pretenderem empreender ou já haver empreendido a síntese entre ambos. Sinto-me consternado ao observar que tantos cristãos sinceros (ao lado de outros cujo comprometimento com Cristo é duvidoso) ainda não se deram conta da importância vital, ETERNA, deste ponto. Conforta- me, por outro lado, verificar que muitos indagadores genuínos da verdade o perceberam e estão ativamente empenhados em torná-lo conhecido a outros. Espero, ainda, que em existindo divergência de pensamento, as pessoas consigam separar as idéias dos relacionamentos. Mesmo diante de diferenças irreconciliáveis no plano ideológico, podemos e devemos conservar o respeito mútuo interpessoal. Mais que isto, entendo que aqui se encontram em jogo valores que ultrapassam vastamente os interesses do mundo presente, pelo que minha expectativa é de que este trabalho contribua para a vida eterna de muitos. Esta exposição dirige-se, pois, primariamente, a cristãos. A cristãos que prosseguem acreditando que a Bíblia é a revelada vontade de Deus, a expositora genuína de quem é o homem, de onde proveio e para 10
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