UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO CURSO MESTRADO BERENICE LAGOS GUEDES DE BEM O GAÚCHO, A DOMINAÇÃO MASCULINA E A EDUCAÇÃO NA FRONTEIRA SUL-RIO-GRANDENSE: O PASSADO NO PRESENTE (A presença da dominação masculina na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e algumas de suas repercussões no processo educacional e na trajetória profissional das professoras-alunas casadas (ou em união estável) do Programa de Formação de Professores em Serviço/Pedagogia da URCAMP/Bagé no início do século XXI). PELOTAS 2004 Dados de catalogação na fonte: (Clarice Raphael Pilownic – CRB-10/490 ) G924g Guedes De Bem, Berenice Lagos. O gaúcho, a dominação masculina e a educação na fronteira sul- rio-grandense: o passado no presente; a presença da dominação mas- culina na fronteira do RGS com o Uruguai e algumas de suas reper- cussões no processo educacional e na trajetória profissional das pro- fessoras-alunas casadas (ou em união estável) do Programa de For- mação de Professores em Serviço/Pedagogia, da URCAMP/Bagé no início do século XXI./ Berenice Lagos Guedes De Bem. – Pelotas, 2004. 2 v. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação. Universidade de Federal de Pelotas, 2004. 1. Dominação masculina-Fronteira do RS(Brasil)-Uruguai. 2. Professoras-alunas. 3. Mito gaúcho. 4. Processo educacional. 5. Trajetória profissional. 6. História da educação. I. Tambara, Elomar Antonio Callegaro, orient. II. t. CDD 370.193098165 370.98165 BERENICE LAGOS GUEDES DE BEM O GAÚCHO, A DOMINAÇÃO MASCULINA E A EDUCAÇÃO NA FRONTEIRA SUL-RIO-GRANDENSE: O PASSADO NO PRESENTE A presença da dominação masculina na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e algumas de suas repercussões no processo educacional e na trajetória profissional das professoras-alunas casadas (ou em união estável) do Programa de Formação de Professores em Serviço/Pedagogia da URCAMP/Bagé no início do século XXI. Dissertação de Mestrado em História da Educação Para obtenção do título de Mestre em Educação Universidade Federal de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Educação Faculdade de Educação Linha de pesquisa: História da Educação Orientador: Prof. Dr. Elomar Tambara Pelotas 2004 FOLHA DE APROVAÇÃO: BERENICE LAGOS GUEDES DE BEM O GAÚCHO, A DOMINAÇÃO MASCULINA E A EDUCAÇÃO NA FRONTEIRA SUL- RIO-GRANDENSE A presença da dominação masculina na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e algumas de suas repercussões no processo educacional e na trajetória profissional das professoras-alunas casadas (ou em união estável) do Programa de Formação de Professores em Serviço/Pedagogia da URCAMP/Bagé no início do século XXI. Dissertação de Mestrado em História da Educação Para obtenção do título de Mestre em Educação Universidade Federal de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Educação Faculdade de Educação Dissertação defendida em 22 de março de 2004, sendo a Banca Examinadora composta pelos seguintes professores: ___________________________________________ Prof. Dr. Elomar Tambara – Orientador Presidente __________________________________________ Profª Dra. Eliane T. Peres - Examinadora __________________________________________ Profª Dra. Maria Stephanou - Examinadora Parecer avaliativo da Banca Examinadora: __________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ DEDICATÓRIA - Aos meus pais (in memorian) Reverendo Antonio Guedes e Professora Alayde Lagos Guedes, que, desde muito cedo, me ensinaram a lutar contra a discriminação de qualquer tipo e as injustiças, afirmando-me freqüentemente que "homem e mulher Deus os criou, iguais em dignidade e direitos", independentemente de sexo, raça, cultura, religião e classe social. - À minha tia-avó (in memorian) Clarita Gonçalves Ferreira (uma mulher do presente que viveu no passado) que, na minha infância, me acompanhava quando minha mãe saía para trabalhar, contando-me estórias, já naquele tempo, impregnadas de resistência à opressão e a qualquer tipo de dominação e discriminação. - Às minhas filhas Mauren e Ricarda e à minha nora (que também é filha!) Valéria, pelo auxílio, estímulo, companheirismo e cumplicidade, no desejo de que se realizem como pessoas em toda a sua plenitude!... - Às minhas alunas do Programa de Formação de Professores em Serviço/Pedagogia, da URCAMP/Bagé (turmas de 2003) — meu objeto de pesquisa, e também às primeiras turmas do Programa (de 1999), que, tendo confiado em mim, fizeram os primeiros relatos que me impulsionaram a produzir este trabalho e a me dedicar mais ao estudo das relações de gênero e suas conexões com a História da Educação na Região da Fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. AGRADECIMENTOS Este trabalho vem sendo gestado há mais de trinta anos e só foi possível trazê-lo “à luz” porque várias pessoas contribuíram de forma decisiva para sua viabilidade. A estas, o meu carinho, gratidão e respeito: Ao Prof. Dr. Elomar Tambara, intelectual ímpar (primus inter pares), por seu profundo conhecimento sempre disponível a ser socializado, e seu exemplo de competência e crítica, aliados a uma imensa simplicidade e a um grande coração (e por sua ilimitada paciência para comigo!), de quem tenho o privilégio de ser orientanda e poder contar com sua amizade. Acompanhou-me, encorajou-me, valorizou meu trabalho (‘apesar de ser mulher!...’) e acreditou nele, e, embora muitas vezes com opiniões divergentes, ouviu meus argumentos com paciência, e me introduziu, como pesquisadora, na área da História da Educação, propiciando-me oportunidades de crescimento profissional e pessoal, e uma nova forma de ver e “fazer História”, tornando-se um grande amigo. Professor: pela sua exigência, orientação, paciência e amizade, o meu agradecimento. À Profª Dra. Eliane Peres, amiga, intelectual competente e solícita, pela confiança que depositou em mim desde o primeiro encontro (ainda antes do teste de seleção para o Mestrado), pelo incentivo, compreensão, tranqüilidade e paciência; instigou-me a percorrer os caminhos da pesquisa em relações de gênero e História da Educação, indicando-me e emprestando-me livros e textos que me foram muito úteis, bem como não me deixando desistir do Mestrado quando, por problemas particulares, quase o fiz — Eliane: minha gratidão e carinho! À Profª Dra. Maria Stephanou, que acreditou na relevância da temática e dispôs-se a vir de Porto Alegre (da UFRGS) por ocasião da defesa do Projeto de Dissertação, no exame de qualificação, incentivando-me e fazendo-me sugestões pertinentes que possibilitaram a ampliação do meu horizonte na pesquisa, bem como, através de suas falas e textos esclarecedores sobre a relevância da “memória” na História da Educação, desafiou -me a percorrer novos caminhos e a andar “por mares nunca dantes navegados”. Obrigada. Ao Prof. Mestre Eduardo Arriada, que, de forma solícita, emprestou-me livros e foi sempre receptivo às minhas solicitações, o meu agradecimento. À Profª Dra. Lúcia Maria Vaz Peres, com quem cursei a disciplina “Imaginário, Cultura e Educação”, como aluna especial, e que me “intimou” a fazer o teste de seleção do Mestrado. Introduziu-me no estudo do Imaginário, valorizando o poético, o sonho e o devaneio como outra forma de “ver” e produzir conhecimento (transgredindo as convenções formais de construção científica) e abrindo possibilidade de outras formas de “ser” e “esta r” no mundo. Obrigada, Lúcia, a tua “intimação” me trouxe até aqui. Às colegas da URCAMP/Bagé, Profas Doutorandas Maria de Fátima Cóssio e Rita Cóssio Rodrigues, e Profª Mestre Ana Maria dos Santos, que acreditaram em mim como profissional e me possibilitaram ampliar o trabalho na Universidade, incentivando-me a vencer as dificuldades e a ingressar no Mestrado em Educação. Também estendo meu agradecimento à Psicopedagoga Maria da Graça Aviotti pelo incentivo e insistência para que eu viesse para o P.P.G. – Educação, na UFPEL, e à Profª Maria Diana Fissel Ferrugem, Diretora do Centro de Ciências de Educação, Comunicação e Artes, ao Dr. Adair Teixeira, Diretor do Centro de Ciências Jurídicas, e ao Prof. Mestre Orlando Brasil, Coordenador do Curso de Comunicação Social, da URCAMP/Bagé, pelo incentivo recebido. Amigas e amigos, a vocês o meu carinho! Às minhas alunas do Programa de formação de Professores em Serviço/ Pedagogia, da URCAMP/Bagé/2003, que prontamente aceitaram ser o corpus onde se desenvolveu a pesquisa empírica, respondendo aos questionários, entrevistas e à técnica instigadora que apliquei, confiando em mim a ponto de me relatarem vidas e experiências pessoais e profissionais. Sem vocês, este trabalho não teria sentido! Ao meu irmão Willian Guedes, “Billy”, poliglota, professor de línguas da Universidade, meu crítico e meu amigo, que transpôs para o inglês e o espanhol o meu resumo e, embora muito ocupado, sempre achou tempo e paciência para me ouvir, respeitando-me como pessoa e acreditando no meu trabalho como pesquisadora e como mulher, apesar de, muitas vezes, discordar diametralmente de mim, o que muito me auxiliou. Obrigada, meu irmão. À minha filha Ricarda, que, na plenitude de sua adolescência, suportou pacientemente as constantes “ausências” da mamãe, quando eu vinha, semanalmente, a Pelotas, e o fato de, estando em casa, “estar sempre ocupada, lendo ou escrevendo”, compreendendo o quanto o Mestrado significava para mim, uma vez que era um sonho que tinha sido acalentado e adiado durante 20 anos. Ao meu filho (e ex-aluno) Emanuel Antonio, jornalista responsável e ético (e, ao mesmo tempo, meu crítico ferrenho), que, com posições muitas vezes divergentes, exigiu de mim argumentos contundentes, obrigando-me a buscar mais leituras para fazer frente aos nossos “confrontos em família”. Meu filho, pela tua alegria contagiante e entusiasmo peculiares, e pelo teu constante apoio e auxílio, fazendo buscas na Internet, procurando livros e digitando entrevistas junto comigo, o meu agradecimento e carinho. À minha nora, Valéria, pelo carinho, compreensão, estímulo, companheirismo e auxílio, e porque supriu, junto à Ricarda e ao meu filho, as lacunas deixadas por mim durante este ano e meio. Obrigada! Ao Uirassu, companheiro e amigo “na primavera ou em qualquer das estações”, que suportou minhas ausências e a pouca atenção que lhe dei neste período e, sobretudo, porque, sendo um típico “gaúcho da fronteira”, abandonou preconceitos arraigados pela sua criação, machista e patriarcal, superando-se e conseguindo me ver como pessoa, profissional e mulher, e, apesar de muitas vezes em posições antagônicas, soube respeitar minhas opiniões (embora com muitas delas não concordasse e não concorde). Essa desconstrução de algumas “verdades” que foram incorpo radas e assimiladas durante anos demonstram tua grandeza como pessoa e a certeza de que não me enganei quando escolhi estar ao teu lado, para
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