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as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí PDF

21 Pages·2017·3.81 MB·Portuguese
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À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 1 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Monique Paiva Vasconcelos [email protected] Pós-Graduação em Iluminação e Design de Interiores – IPOG Resumo O presente trabalho tem o tema voltado à elucidação das fantásticas soluções arquitetônicas designadas pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí, tendo como foco central a iluminação natural adquirida em algumas de suas mais famosas edificações residenciais: Palau Güell, Casa Batlló e Casa Milà. A principal fonte de inspiração deste profissional foi a natureza, obra divina que o levou às mais incríveis criações. Como objetivo fundamental, o artigo procura analisar e comentar algumas peculiaridades referentes à obtenção de luz natural pela arquitetura trazida como base do estudo, revelando que soluções simples podem ser eficazes. Foi realizado segundo metodologia com pesquisas bibliográficas, análise de fotos e arquivos pessoais. Para finalizar, foi feito um paralelo entre tempos passado e presente, destacando o que se pode tirar de lição com Gaudí para a aplicação prática na arquitetura. Enfim, como consequência, um pouco mais da vida e obra deste incomparável artista que, com seu próprio estilo orgânico, revolucionou a Arquitetura e a Arte de seu tempo, deixando viva sua marca sem precedentes na história. Palavras-chave: Iluminação natural; Antoni Gaudí; Arquitetura orgânica. 1. Introdução 1.1. Breve perfil de Gaudí Gênio? Louco? Santo? Há quem diga que Antoni Gaudí seja tudo isso e mais um pouco. Nascido na Catalunha em 1852, sua família de origem humilde tinha como tradição o trabalho de caldeireiros. Ele atribuía aos seus ancestrais sua exímia visão de espaço e à sua terra natal a acuidade visual com que acreditava ter sido presenteado, dadas excepcionais condições de luz do lugar. “A luz que consegue a máxima harmonia é a que tem uma inclinação de 45°, pois incide nos corpos de maneira que não é de forma horizontal nem vertical. É a que se pode considerar luz média e dá a mais perfeita visão dos corpos e as nuances mais extraordinárias. É a luz do Mediterrâneo” (GAUDÍ, 1915). ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 2 Fonte: http://pt.wikilingue.com/es/Antoni_Gaud%C3%AD (14/12/2010) Figura 1 – Antoni Gaudí – foto oficial para a exposição de Paris de 1910 1.2. Estilo orgânico O tão excêntrico arquiteto ganhou visibilidade por não ter medo de ousar, sempre criando projetos cada vez mais fantasiosos. Atingiu o auge do seu trabalho quando passou a desenvolver um estilo próprio conhecido como orgânico, nunca visto antes, inspirado na perfeição da natureza. Segundo o próprio Gaudí “a linha reta pertence ao homem e a curva, a Deus”. Dessa forma, acreditava que não existia melhor pilar que o tronco de uma árvore (figura 2) ou ossos do esqueleto humano, e que seria necessário prestar atenção nas montanhas para conseguir estabilizar um edifício. Para concretizar toda a fantasia idealizada em seus projetos extravagantes, seria preciso um profissional bastante capacitado, dotado de elevadas noções estruturais. Porém, isso não chegou a ser um problema, pois o próprio Gaudí provou ser um exímio construtor, que possuía total controle de cada detalhe pertencente à sua obra. Dono de profundo conhecimento nas áreas de engenharia e geometria espacial, ele ousou executar inúmeros edifícios de alta complexidade, configurados principalmente por helicóides, hiperbolóides, conóides e parabolóides hiperbólicas (elementos geométricos curvos, amplamente encontrados na natureza). Enfim, o arquiteto mostrou-se tão completo que desenvolvia e executava seus projetos desde o alicerce até os mínimos detalhes do mobiliário, conseguindo uma verdadeira integração do produto final e dominando a arte de agregar aspectos estruturais, estéticos e funcionais, todos ao mesmo tempo. ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 3 Fonte: acervo pessoal, Monique Vasconcelos (2007) Figura 2 – Interior do templo expiatório da Sagrada Família Figura 3 – Arvoredos Gaudí ainda surpreendeu ao aliar formatos espetaculares a vários tipos de materiais, em especial o ferro forjado, o vidro e as cerâmicas coloridas que, trabalhadas na técnica de “trencadís”, espécie de mosaico, viraram uma de suas marcas registradas. “Gaudí chegou a realizar uma arquitetura plenamente visual, cuja verdadeira estrutura é a arquitetura da imagem; como o material da imagem é a cor, o material de sua construção há de ser a cor, apenas a cor; o restante, cimento, tijolos ou ferro, é apenas o material para suporte. Essa totalidade de explicitação visual, essa busca do conteúdo intrínseco das formas, e não de formas que se adaptem a um conteúdo dado, essa construtividade da imagem, em suma constituem as razões da importância histórica de Gaudí” (ARGAN, 1984). 1.3. Luz natural Outra questão de suma importância para este arquiteto era o bom emprego da luz natural, pois acreditava que a iluminação desempenhava um rico papel ao valorizar os contornos sinuosos de suas criações. Isso também o ajudava a melhor organizar os espaços projetados, sempre controlando a intensidade luminosa alcançada em cada ambiente, tornando-a apropriada ao seu uso específico através de soluções como claraboias, janelas, átrios, aberturas zenitais, graduação cromática (com exemplo na Casa Batlló), abóbadas salpicadas com pequenas aberturas (produzindo um efeito de céu estrelado), pátios de luz, entre outras. Seus edifícios costumavam ser orientados ao sul, a fim de fazer o melhor aproveitamento da luz solar da região. Gaudí costumava declarar que a iluminação deveria ser apenas a justa: nem muita, nem pouca. Valorizava a importância da luz na arquitetura e acreditava que a influência da mesma ocorria de maneira diferente, de acordo com a localização no planeta. “Gaudí contrapõe dois tipos básicos de conhecimento: o da geometria desenvolvido tanto pelos habitantes das regiões carentes de luz, como do norte da Europa, como por aqueles que recebem excesso de luz, como os povos das zonas tórridas. Não ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 4 conseguindo ver direito, estes povos acabam por engendrar uma geometria analítica como a dos alemães (carentes de luz solar) e a dos povos tribais das zonas equatoriais (excesso de luz solar). A estes dois tipos de conhecimento, Gaudí contrapõe a sapiência dos mediterrâneos, banhados por uma luz solar equilibrada (incidente a 45 graus), cuja acuidade visual lhes permitiria uma estética apurada e o verdadeiro conhecimento da realidade (analógico, molecular, orgânico e biológico).” (BRUNET, 1949). Portanto, fica evidente que a iluminação tem papel de destaque nos projetos monumentais de Gaudí e que o arquiteto a considerava um elemento vivo, tanto plástico quanto funcional. 2. Metodologia Dividida em duas etapas, sendo na primeira realizada pesquisa de embasamento teórico e na segunda realizado estudo de casos selecionados. Na pesquisa teórica foram feitas buscas relacionadas ao tema, como leitura de livros, revistas e materiais oriundos da internet, além de material colhido do acervo pessoal da autora. No estudo de casos realizou-se análise pormenorizada das soluções para iluminação natural em três edificações residenciais de Gaudí: Palau Güell, Casa Batlló e Casa Milà. 3. Estudo de casos As obras coloridas, onduladas e singulares de Gaudí acabam por desviar a atenção de seus visitantes no que diz respeito à iluminação, pois são tantos detalhes a se contemplar que tal quesito até pode passar despercebido. Todavia, não se pode desmerecer o trabalho excepcional feito pelo arquiteto, visto que, se for voltada a atenção para esta questão, será facilmente perceptível a excelente luminosidade que se obtém ao adentrar a grande maioria de seus edifícios. Deve-se levar em consideração que no final do século XIX a lâmpada incandescente acabara de ser inventada, portanto a energia elétrica era pouco utilizada e as edificações tinham de garantir sua claridade natural, ao menos durante o dia. Tomando como exemplo alguns de seus principais trabalhos (Palau Güell, Casa Batlló e Casa Milà – La Pedrera), serão analisadas, em ordem de criação, as mais importantes soluções arquitetônicas para o sucesso da captação da luz natural para o interior de cada prédio. 3.1. Palau Güell O Palau Güell foi uma das precursoras obras residenciais feitas por Antoni Gaudí, ainda antes de desenvolver seu estilo próprio. O edifício foi encomendado para ser a suntuosa moradia do industrial Eusebi Güell e sua família (figura 4). No Entanto, Güell não se tratava de um cliente qualquer, já que era mecenas e amigo íntimo de Gaudí. Outros grandes projetos por ele solicitados deram boa visibilidade ao arquiteto, como o famoso Park Güell, idealizado para ser um condomínio com conceito de cidade-jardim, que acabou se transformando em um parque bastante turístico da cidade. ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 5 Fonte: http://www.palauguell.cat/ (04/2012) Figura 4 – Fachada frontal, Palau Güell Construído entre os anos de 1886 e 1888 em área nobre de Barcelona, a obra desejada por Güell não implicava em uma simples casa, mas um verdadeiro palácio a ser ostentado aos amigos e à sociedade catalã, onde exibiria mostras privadas de concertos e exposições de arte. Dessa maneira, Gaudí projetou o edifício com seis pavimentos, sendo que cada um possuía um estilo próprio, já que eram destinados a atividades diferentes, ficando a residência dividida conforme a seguinte configuração:  O porão → estábulo  O andar térreo → recepção  A sobreloja → escritório  O primeiro andar → casa  O segundo andar → dormitórios  O terceiro andar → sótão No porão, destacam-se a rampa helicoidal, para possibilitar o acesso dos cavalos, e os grossos pilares fungiformes (figura 5). Sua iluminação é facilitada por uma comunicação com um pátio externo, além de algumas aberturas feitas nos pavimentos superiores, a fim de permitir a passagem de luz. ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 6 Fonte: http://www.palauguell.cat/ (04/2012) Figura 5 – Sótão, Palau Güell Os portões da entrada principal do Palau Güell, que são situados no pavimento térreo e dão ingresso à recepção, foram confeccionados com um belo trabalho de ferro forjado, constituídos por um conjunto de ondulações na sua parte superior, onde exibem as iniciais do proprietário. Estas peças vazadas permitem o livre trânsito de luz e ventilação e oferecem um peculiar efeito: quem estiver posicionado pelo lado de fora dos portões não consegue visualizar o que tem por dentro (figura 6), já quem está dentro tem a perfeita visão da rua (figura 7). Fonte: http://www.gaudidesigner.com/ (05/2012) Fonte: http://www.gaudidesigner.com/ (05/2012) Figuras 6 e 7 – Vistas externa e interna do portão de ferro, Palau Güell Ao observar a fachada principal, nota-se a existência de janelas retilíneas localizadas lado a lado, mais numerosas no nível correspondente ao primeiro andar, onde ficam as funções básicas da casa. Estas janelas são utilizadas por Gaudí para garantir a boa iluminação no interior da residência, pois internamente estão dispostas conforme galerias que banham completamente os espaços com luz natural (figura 8). Janelas internas e vitrais variados também fazem o intercâmbio de iluminação e ventilação entre pavimentos distintos (figura 9). ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 7 Fonte: http://www.gaudidesigner.com/ (05/2012) Fonte: http://www.gaudidesigner.com/ (05/2012) Figura 8 – Vista das janelas, Palau Güell Figura 9 – Vista das janelas internas, Palau Güell No entanto, a solução de maior destaque no Palau Güell foi a construção de uma ampla sala central, totalmente interna ao prédio. Com dimensões aproximadas de 80m² por 17m de altura, este salão consegue atingir três pavimentos (a casa, os dormitórios e o sótão), sendo que ao redor dele estão situadas todas as dependências da moradia, que tiram proveito da iluminação desse “pátio central” (figuras 10 e 11). O fechamento do espaço foi feito por uma cúpula, originada por um paraboloide de revolução, revestida com peças de mármore hexagonais perfuradas em posições determinadas. A criação de Gaudí permitiu que a claridade externa fosse filtrada pelos orifícios, provocando um interessante efeito de céu estrelado. Ao longo do salão, compondo com os demais elementos, diferentes vitrais povoam o ambiente e trazem mais luz e cor para o recinto. Além das vantagens luminosas e de ventilação alcançadas pelo salão interno, também se pode acrescentar o aspecto lúdico, pois surpreende os visitantes da casa com uma simulação da abóbada celeste e impressão de amplitude, além de proporcionar maior interação entre os antigos moradores, já que tinham a possibilidade de vislumbrar também as janelas dos outros cômodos e o salão inferior. Fonte: http://www.blogvambora.com.br/ (04/2012) Fonte: http://www.cocoonbarcelona.com/ (05/2012) Figuras 10 e 11 – Vista inferior do salão interno, Palau Güell ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 8 Através do primeiro piso se pode ter acesso ao terraço externo, nos fundos do edifício. De lá, visualiza-se a fachada posterior com sua tribuna, que mais parece saltar do prédio, sendo composta por trabalhos de ferro forjado, cerâmicas coloridas e persianas de madeira escura, agregando originalidade à edificação (figura 12). Logo acima, situa-se uma sacada que recebeu uma pérgola ondulante, também trabalhada em ferro forjado. No espaço interno correspondente à tribuna assentou-se um banco que se estende por todo seu contorno curvo, pertencente a um ambiente denominado de “fumadouro” (figura 13). Para tanto, as persianas desempenhavam um papel relevante, pois promoviam a circulação de ar, o controle da iluminação e a integração ao pátio externo, porém, sem tirar a privacidade do salão. Fonte: http//www.gaudiallgaudi.com/ (05/2012) Fonte: http://www.gaudidesigner.com/ (05/2012) Figura 12 – Vista externa da tribuna, Palau Güell Figura 13 – Vista interna da tribuna, Palau Güell Na cobertura, Gaudí inovou ao conceber um terraço acessível, com locação de chaminés, além de recursos de captação de luz (figura 14). Seria apenas o primeiro de muitos terraços semelhantes que viria a reproduzir em outras obras de sua autoria. O novo espaço ganhou um conjunto de vinte divertidas chaminés-esculturas que contornam o perímetro do prédio, cada uma com temas, cores e formatos diferentes. Os materiais utilizados também são variados: tijolo aparente, cerâmica, vidro, pedra e mármore. Infelizmente, quando a edificação passou por um processo de restauração iniciada em 1982, a grande maioria das chaminés foi alterada por diversos artistas locais, roubando a verdadeira identidade designada por Gaudí (figura 15). ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 9 Fonte: http://www.gaudidesigner.com/ (05/2012) Fonte: http//www.gaudiallgaudi.com/ (05/2012) Figura 14 – Vista superior do terraço, Palau Güell Figura 15 – Chaminés-esculturas, Palau Güell No topo do edifício também se encontra o lanternim que provê luz ao salão interno, sendo a torre mais alta e centralizada do local, encimada por um catavento em forma de morcego (figura 16). Ao seu redor, são posicionados quatro elementos, tipo conchas, em direções alternadas e com um óculo em cada uma, que são visíveis no alto do salão interno. Em frente às conchas também são dispostas placas de vidro no chão levemente abaulado. Estas abastecem de luz os vitrais, avistados somente pelo interior da residência, encontrados logo abaixo de cada óculo. Em 1984, o Palau Güell foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Fonte: http//www.ipernity.com/ (05/2012) Figura 16 – Lanternim do terraço, Palau Güell 3.2. Casa Batlló ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017 À luz da natureza: as geniais soluções de iluminação natural nas obras do arquiteto Antoni Gaudí Julho/2017 10 Conhecida como a obra mais emblemática de Gaudí, a Casa Batlló foi originalmente construída em 1877 por outro arquiteto para a família de D. Josep Batlló i Casanovas, mas foi Gaudí o grande responsável pela reforma do edifício em 1904, modificando-o radicalmente. Suas principais intervenções foram a transformação da fachada principal, a redivisão dos espaços internos e a ampliação bastante considerável do átrio central. A Casa Batlló é uma excelente amostra de sua arquitetura orgânica, desde a fantasiosa fachada composta por cerâmicas multicoloridas e várias ondulações, com elementos que se assemelham a ossos (figura 17), até seu interior, onde é praticamente impossível encontrar qualquer linha reta. Fonte: www.casabatllo.es/ (03/2012) Fonte: acervo pessoal, Monique Vasconcelos (2007) Figura 17 – Fachada frontal, Casa Batlló Figura 18 – Fachada posterior, Casa Batlló O edifício também é um exemplo primoroso da preocupação do arquiteto com o aproveitamento de luz natural, já que apresenta diversos recursos para alcançá-la. Começando pelo mais simples, o uso de amplas janelas de vidro e sacadas em todo o extenso das fachadas frontal e posterior seria o mais básico meio de receber a luminosidade externa para dentro da habitação. Porém, Gaudí utiliza de outros artifícios internos para que a luz já penetrada consiga se propagar melhor pelos espaços, como portas e divisórias que separam ambientes sem interferir na iluminação. Quando abertas, possuem um vão bem generoso e, quando fechadas, permitem que a claridade ultrapasse através de grandes áreas de vidros transparentes e translúcidos (figura 19). ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 012 Vol.01/2017 Julho/2017

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