M I aiores nvenções H da istória Uma Classificação Cronológica Tom Philbin as 100 maiores invenções DA HISTÓRIA Uma Classificação Cronológica 1; : Tradução Flávio Marcos e Sá Gomes DIFEL SUMARIO 9 INTRODUÇÃO 1. A Roda.........................................................................H 2. A Lâmpada Elétrica.....................................................15 3. A Impressão com Tipos Móveis.................................21 4. O Telefone....................................................................25 5. A Televisão....................................................................29 6. O Rádio.........................................................................34 7. A Pólvora......................................................................37 8 . O Computador de Mesa............................................41 9. O Telégrafo..................................................................45 10 . O Motor de Combustão Interna...............................49 11 . A Caneta/O Lápis........................................................55 12 . O Papel.........................................................................58 13. O Automóvel................................................................63 14. O Avião.........................................................................67 15. O Arado.........................................................................73 16. Os Óculos..................................................................77 17. O Reator Atômico.......................................................81 18. A Bomba Atômica.......................................................85 19. O Computador Colossus............................................89 20 . O Vaso Sanitário.........................................................93 21 . O Rifle...........................................................................96 22. A Pistola.......................................................................101 23. O Sistema de Encanamento......................................106 24. O Processo de Transformação de Ferro em Aço.. 111 25. O Fio...........................................................................114 26. O Transistor................................................................117 27. O Motor a Vapor.......................................................121 28. A Navegação a Vela..................................................125 29. O Arco e a Flecha.......................................................129 30. A Máquina de Solda..................................................133 31. A Ceifadeira................................................................136 32. O Motor a Jato.........................................................191 33. A Locomotiva..............................................................194 34. A Anestesia..................................................................147 35. A Bateria....................................................................132 36. O Prego......................................................................156 37. O Parafuso..................................................................160 38. O Aparelho de Raios X ............................................163 39. A Bússola....................................................................168 40. As Embarcações de Madeira.......................................171 41. O Estetoscópio...........................................................175 42. Os Arranha-Céus.....................................................179 43. O Elevador..................................................................185 44. O Relógio....................................................................188 45. O Cronômetro...........................................................192 46. O Microscópio...........................................................197 47. O Braille......................................................................200 48. O Radar......................................................................203 49. O Ar-Condicionado..................................................207 50. A Ponte Pênsil...........................................................210 51. O Termômetro...........................................................215 52. A Incubadora.............................................................219 53. A Tomografia Computadorizada............................223 54. O Aparelho de Ressonância Magnética.................226 55. O Drywall (Divisórias de Gesso Acartonado).............229 56. O Motor Elétrico.......................................................233 57. O Arame Farpado.......................................................237 58. O Preservativo...........................................................241 59. O Telescópio.............................................................245 60. O Eletrocardiógrafo..................................................249 61. O Marca-Passo...........................................................253 62. A Máquina de Diálise Renal.....................................257 63. A Câmera Fotográfica..............................................261 64. O Sistema de Posicionamento Global......................265 65. A Máquina de Costura..............................................269 66. O Filme Fotográfico..................................................273 67. A Máquina de Fiar....................................................276 68. O Tijolo......................................................................281 69. A Câmera Filmadora................................................285 70. A Dinamite.................................................................289 71. O Canhão....................................................................292 72. O Balloon Framing....................................................296 73. A Máquina de Escrever............................................301 74. O Motor a Diesel......................................................305 75. A Válvula de Triodo a Vácuo...................................309 76. O Motor de Indução de Corrente Alternada .... 313 77. O Helicóptero...........................................................317 78. A Máquina de Calcular...........................................321 79. A Lanterna Elétrica..................................................324 80. O Laser......................................................................327 81. O Barco a Vapor........................................................333 82. O Aparelho de Fax....................................................336 83. O Tanque Militar......................................................339 84. O Foguete.................................................................343 85. O Descaroçador de Algodão...................................348 86. O Moinho de Vento..................................................351 87. O Submarino.............................................................355 88. A Tinta........................................................................359 89. O Interruptor de Circuito.......................................362 90. A Máquina de Lavar..................................................365 91. A Debulhadora................................ 369 92. O Extintor de Incêndio...........................................372 93. O Refrigerador...........................................................377 94. O Forno..................... 381 95. A Bicicleta.................................................................385 96. O Gravador...............................................................389 97. O Derrick...................................................................395 98. O Fonógrafo.............................................................399 99. O Sprinkler...............................................................403 100. O Gravador de Vídeo.................................................407 ) ■ . AGRADECIMENTOS.....................................................413 INTRODUÇÃO Este livro agrupa e organiza em ordem de importância o que consi dero as 100 maiores invenções da história, “maiores” no sentido de que essas invenções tiveram o impacto mais significativo sobre a hu manidade no decorrer da História. Mas o que necessariamente sig nifica “impacto”? Significa o fato de se preservar ou prolongar a vida, torná-la mais fácil ou melhor, ou alterar o modo como vive mos? A resposta é tudo isso e até mesmo mais — ou menos —, já que se acredita que não é possível aplicar um critério estrito para a im portância de uma invenção, mas é preciso que se tenha uma visão abrangente dela. Ao coligir esta lista, senti a necessidade de definir, na medida do possível, qual seria o significado de invenção em contraposição ao de descoberta. A princípio, por exemplo, acreditei que a penici lina merecería um lugar nesta lista. Afinal, foi o primeiro antibió tico, salvou um número incalculável de vidas (de fato, as infecções teriam dizimado os feridos na Segunda Guerra Mundial se a penici lina não estivesse disponível) e levou ao desenvolvimento de muitos outros antibióticos. Mas, ao refletir sobre isso, não pude caracte rizar a penicilina como uma invenção, já que ela não surgiu do nada, como produto de uma reflexão criativa. Na realidade, ela foi desco berta em 1928, graças a uma meticulosa observação: ao examinar placas de Petri contendo estafilococos (bactérias que causam doen ças em humanos e animais), Sir Alexander Fleming percebeu que a amostra havia sido acidentalmente contaminada por bolor e que toda bactéria que entrava em contato com ele desaparecia. Investi gações posteriores revelaram que o bolor podia matar uma vasta va riedade de bactérias, e assim surgiu a penicilina (pouco antes da Segunda Guerra Mundial, dois cientistas conseguiram sintetizá-la, tornando-a utilizável). Por outro lado, o telefone surgiu como conseqüência de o seu inventor, Alexander Graham Bell, ter sonhado em produzir um aparelho que permitisse que as pessoas falassem umas com as outras a longa distância. Ele trabalhou muito para desenvolver essa má quina, até que um dia ele pronunciou em seu aparelho: “Sr. Watson, venha aqui, eu gostaria de vê-lo.” Portanto, a diferença essencial entre uma invenção e uma des coberta é que a primeira é um ato de pura criação, enquanto a se gunda .não é. Em alguns casos, verdade seja dita, não será tão simples diferenciar se algo deveria pertencer a esta lista ou em qual posição deveria ser classificado. Por exemplo, como deveriamos classificar a insulina? E o plástico? A linguagem faria parte das in venções? Tudo isso teve um enorme impacto sobre a humanidade. Mas a insulina, assim como a penicilina, foi descoberta. O mesmo pode ser dito do plástico. A linguagem, por outro lado, é uma facul dade humana originária da química cerebral e que evoluiu no de correr do tempo. Em outras palavras, a linguagem é produto da evolução, não uma invenção. Uma pergunta que não podemos deixar de fazer: como seria a vida sem as invenções? Por exemplo, se o liquidificador não fosse inventado, que impacto isso poderia ter? Não muito (a não ser para um barman). Por outro lado, pense como seria a vida sem o tele fone, a televisão, o rádio, o avião ou o motor de combustão interna. A diferença é gritante. Acredito que os capítulos deste livro fornecerão mais do que simples informação. Há uma série de narrativas interessantes e repletas de detalhes, e meu objetivo é fornecer ao leitor não so mente informações, mas também uma experiência de leitura que seja agradável. Divirta-se. Biga romana. Photofest 1 A R O D A Olhe ao seu redor e tente encontrar em sua casa alguma coisa que não tenha absolutamente qualquer relação com a roda. Quase toda máquina, todo equipamento, todo objeto confeccionado pelo ho mem possui de certo modo uma ligação com a roda. Apesar de não sabermos o momento e o local exatos da sua invenção, muitos acreditam que a roda surgiu a partir de um tronco de árvore rolante. Suspeita-se que posteriormente evoluiu para uma tora cortada transversalmente, uma roda um tanto pesada e que bradiça, mas que pelo menos podia rolar. Alguns métodos rudi mentares de transporte de objetos já eram bastante comuns, como o simples trenó ou o travois, construídos a partir de duas estacas en trelaçadas a uma armação, atadas a um animal ou ao viajante que a arrastava, mas este método era evidentemente inferior à roda. O que se sabe com certeza é que as rodas mais remotas eram confeccionadas com três tábuas de madeira fixadas a um suporte e entalhadas em forma de círculo. Este era um modo de se cons truírem rodas mais robustas do que as confeccionadas em uma única tábua, principalmente se levarmos em conta que a invenção da roda precedeu a invenção das ruas. A representação pictográfica mais antiga de uma dessas rodas é originária dos sumérios, por volta de 3500 a.C., na qual se vê a roda sob um trenó. _ A mudança que tornou a roda mais leve e prática foi o raio, que surgiu por volta de 2000 a.C. em carroças da Ásia Menor. Nessa cpoca, a roda era utilizada como meio de transporte, em charretes ou carroças produzidas para todo tipo de trabalho. A agricultura, o comércio a longa distância e a guerra precisavam de rodas. A biga, por exemplo, se constituía originalmente de um mo delo de quatro rodas, puxado por dois ou quatro asnos selvagens, chamados de “onagros”, e evoluiu para o arrojado veículo de duas rodas puxado por garanhões e que tanto nos acostumamos a ver no cinema e na televisão. Ao aliar a leveza e o tamanho do modelo da carroça, os eixos leves e as rodas montadas sobre raios e boas cou raças para os cavalos, a biga revolucionou a arte da guerra. Os grandes exércitos do segundo milênio antes de Cristo, como o dos egípcios, dos hititas da Anatólia, dos arianos da índia e dos mi- cênicos da Grécia, fizeram uso desse veículo extremamente rápido e ágil em manobras. A biga deixou um rastro de devastação da China à Creta Minóica, chegando a atingir a Grã-Bretanha, durante todo o período que antecedeu Alexandre, o Grande, quando foi substituí da pela cavalaria. Uma contribuição crucial dos romanos ao desenvolvimento da roda foi o amplo esforço na abertura de estradas. A construção e manutenção de um império exigiam que a comunicação e a mobi lização de recursos, do comércio e do exército fossem boas. As estradas permitiram isso. As estradas romanas conservaram-se por séculos. Na realidade, um número considerável de estradas roma nas ainda está em uso na Grã-Bretanha. Com o decorrer do tempo, a própria roda continuou a evoluir. Foram desenvolvidos cubos de ferro, que deram às rodas uma força extraordinária no centro, onde elas eram fixadas a eixos lubri- ficados. Até mesmo as rodas que quebravam podiam ser recons
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